Cap. 31 - Ayad

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Tudo estava indo bem. Ate Sophia dizer que me ama.

Drog@, drog@, drog@@@@@, .... mil vezes droga. Digo olhando no espelho do banheiro, já que fui idiota o suficiente para não respondê-la e ainda deixá-la sozinha na cama.

Minha cabeça é um turbilhão de dúvidas. Mas paro para pensar em que “duvidas” são essas que tenho? Eu quero ficar com ela, ela é minha mulher, eu estou me sentindo maravilhosamente bem ao seu lado. Então que porr@ de “duvidas” são essas?

E porque me sentir assim, porque o medo Iago? Me pergunto em silêncio, ainda me olhando no espelho.

Passam-se alguns minutos, não sei quantos, mas sei que tempo suficiente para refletir em tudo que está acontecendo na minha mente perturbada.

Volto para o quarto e vejo Sophia já dormindo e com o rosto vermelho e marcado de tanto chorar, acredito eu. Como pude fazer isso com ela?

Poderia não ter dito nada, mas sim continuado ao seu lado e esperado ela dormir para assim me lamentar longe dela ou não. Mas eu fui cruel demais para me afastar e fingir demência a sua declaração.

Precisava disso? Me sinto um moleque agora. Porque eu a abandonei dessa forma?
Soco a parede. Isso doeu, mas a dor em meu peito é maior.

Deito-me ao seu lado com muita dor na mão, vou precisar de um medico, a puxo para mais perto. Ela acorda com meu toque e me repudia.

- não faça isso. Eu só estou confuso, porr@ - falo com suavidade, mas ela continua distante, me olhando – deita aqui – coloco a mão em meu peito para que ela saiba aonde eu quero que ela deite.

Ela chora e eu limpo o seu rosto com as minhas mãos.

- vem – chamo-a mais uma vez.
Ela cede meio desconfiada e em seguida encosta a cabeça em meu peito, mas não diz nada.

- vamos dormir. Amanhã será um novo dia. Vou te proteger, Sophia, nem que seja e mim mesmo – sei que ela me ouve.

Tento abrir e fechar a mão que soquei a parede, mas a dor não deixa. Preciso de um analgésico, mas agora o cansaço me vence.

Acordamos e ela ainda não me olha nos olhos. Tomamos o café da manhã na suíte e não trocamos nenhuma palavra. Um silêncio ensurdecedor paira nessa suíte e percebo que eu terei que dar o primeiro passo. Já que quem fez a merd@ fui eu.

- vamos – ela apenas assente e não me olha.

Merd@. Minha mão ainda dói e está ficando roxa.

- deixe essas sacolas ai, os seguranças vão levar – digo assim que a vejo pegar as sacolas das roupas de banho que usamos ontem.

Ela olha a piscina meio cabisbaixa.

- não aproveitamos a piscina, mas podemos voltar – agora ela me olha.

- tem certeza?

- sim minha doce mulher. Podemos voltar – digo com ternura olhando em seus olhos.

- ela me abraça e me dá um selinho – o que eu faço com essa mulher.

Tudo que eu ofereço a ela em desamor, ela me oferece em dobro com amor e ternura.

Parece que vou quebrá-la ao meio com as minhas merd@s. E quando eu penso que ela vai ficar mal comigo por muitos dias. Ela vem e demonstra esse amor num gesto que pode parecer simples, mas para o meu pobre coração é um gesto grandioso.

Preciso agradá-la e não magoá-la.
Já estamos chegando á cobertura.

Ainda não conversamos direito, mas ela está com a cabeça encostada em meu ombro. Posso dizer então que não estamos tão mal assim.

Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora