spin-off do livro 1
Um Desconhecido Mudou a Minha Vida
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- podemos ir – falo assim que vejo que ela já passou o perfume. Se eu ficar mais algum tempo aqui no quarto dela, eu vou fud’er essa mulher com força do jeito que eu gosto.
- claro, estou muito ansiosa – sua ansiedade era quase palpável.
- espero suprir essa ansiedade – quero que ela se sinta bem ao meu lado.
- tenho certeza que vai.
- não quero te decepcionar mais.
- não vai – ela diz com convicção. Mas nem eu mesmo sei que vou conseguir cumprir esse propósito. ...
Ela parece que pegou um fôlego ao sair na garagem da cobertura. Seu olhar de surpresa é notório, parece que ela não acredita que vai enfim sair um pouco.
- você vai dirigir – ela diz assim que abro a porta do carro na parte do banco da frente.
- sim, hoje somos só eu e você. - obrigada.
- pelo quê? – eu não fiz nada.
- por tudo – ainda continuo sem entender – tudo que está fazendo. Eu sei que você não tem que fazer nada disso – agora eu entendi.
- faço porque quero te agradar e não por obrigação ou imposição Sophia.
Assim que saímos na garagem, avistamos a praia, mesmo de noite a iluminação permite que ela veja a orla, a areia e o mar.
- é ainda mais lindo de perto – seus olhos brilham ao luar da noite.
- podemos parar um pouco se você quiser caminhar na areia e quem sabe tocar na água do Mar – eu estou com muita fome. Mas não resistiria me parar caso ela pedisse.
- eu quero – ela responde como uma criança.
Sorrio de lado.
- paramos quando voltarmos? Pode ser? – diz que sim...
- está falando sério?
Claro que estou.
- não preciso mentir para você Sophia – ela parece satisfeita com o que eu disse.
O silencio reina até chegarmos ao restaurante.
Venho sempre nesse restaurante. Ás vezes sozinho e na maioria das vezes acompanhado dos meus sócios.
Não especifiquei a Heitor qual seria o restaurante que queria vir, mas ele acertou em cheio. E confesso que não tive muita preferência em trazer a Sophia nesse lugar, já que ela não conhece nada e ficaria feliz só em sair um pouco daquela cobertura.
Nos sentamos a mesa, e mais uma vez Heitor acertou, já que pediu um lugar mais reservado para nós.
- come carne vermelha Sophia?
- sim – ela diz me olhando nos olhos. Essa mulher vai me matar de te’são só nesse olhar.
Seu olhar é voltado para o cardápio.
- toma um vinho comigo?
- claro que sim – ela diz baixinho.
- ok – faço sinal para o garçom.
O vinho chega primeiro que o jantar á mesa. Ela geme no primeiro gole.
- que doce – ela diz.
- deixe para gemer só quando estivermos a sós Sophia.
Ela engasga e sorri descontroladamente. Eu acabo sorrindo também.
- você é engraçado Iago – depois dessa cantada, ela me chama de engraçado, como é ingênua essa minha doce mulher.
- um perfeito palhaço se assim você desejar.
Mais uma vez ela se engasga.
- para. Estou passando vergonha. Todos nos olham.
- deixem que olhem – ela arqueia a sobrancelha e olha ao redor.
Comemos e ela me pediu mais um pouco de vinho. Estávamos na segunda garrafa e ela já estava soltinha, soltinha.
Acho que só não está mais solta porque comeu a comida toda. Que por sinal está maravilhosa. Pedimos uma macarronada digna de um restaurante italiano.
.... - vamos ficar por aqui? – acima do restaurante funciona um hotel luxuoso e muito bem freqüentado.
- você vai ficar comigo? – mais é claro. Que merd@ de pergunta é essa? Penso.
- claro que sim.
Ela me olha tentando me analisar.
- você sempre se distancia de mim – agora ela parece depressiva. Cachaça e suas nuances. Sorrio.
- não mais querida esposa – vou tentar não fazer mais isso.
- então vamos, estou de saco cheio de dormir naquele sofá da sala de TV – ela faz um biquinho delicioso. Quero morder esses lábios. Ela está com a língua solta por causa do vinho. Devo confessar que estou adorando isso.
Eu demoro um pouco olhando-a.
- vamos, me leve logo para essa suíte – céus o que quê eu fui arrumar da minha vida. Meu p@u pulsa dentro das calças.
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