cap. 1 - Ayad

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Ayad

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Ayad

-Eu Iago Ayad aceito Sophia Bonsall como minha legitima esposa.

-eu Sophia Bonsall aceito Iago Ayad como meu legítimo esposo.

Com as respectivas alianças em nossos dedos o celebrante conclui:
-Pode beijar a noiva - eu a olho e noto uma leve lagrima querendo cair em seu rosto, seus olhos são lindos.

Beijo Sophia na testa. Não me senti bem em tocar seus lábios.

Estamos aqui reunidos para a cerimônia do meu casamento. Cumprindo protocolos que regem a organização. Confesso que eu nem fiz questão de chamar as minhas filhas e seus esposos para essa cerimônia. Aliais, eu nem as avisei que estava vindo ao Egito para me casar novamente.Não achei relevante, a final estou aqui simplesmente para cumprir protocolos.

Eu não quis fotos e nem comemoração. Nenhum champagne foi estourado.

Avisei que a cerimônia aconteceria e partiríamos diretamente para o jatinho que nos levaria de volta a Miami.

....

Aqui estou, no meu amado país, Egito, minha casa, meu lar durante os primeiros anos da minha vida.

Me pergunto como cheguei até esse momento. Depois que fiquei viúvo a pouco mais de um ano, eu não imaginava me casar de novo. Mas no fundo eu sabia que não poderia ficar viúvo por muito tempo, a organização jamais permitiria tal coisa.

Paro onde estou por um momento e me pergunto como posso ter me deixado levar até esse dia. Mas entendo que seria realmente inevitável não me casar novamente. Nossa organização vive de acordos lucrativos e as nossas transações comerciais ilegais sempre nos leva a fazer parcerias muitas vezes mal vistas para alguns, porem dentro da organização é considerado normal, e muito necessárias para o crescimento da organização.

Minha vida sempre foi resumida ao trabalho. Me casei com a minha primeira esposa aos dezoito anos, eu e Luna tivemos as nossas filhas ainda muito novos. A cada gestação a minha esposa queria um menino, mas nas três nós fomos agraciados com meninas. Na verdade só eu me sentia agraciado por tê-las concebido.

Luna se tornou cada vez mais ambiciosa e não aceitava de nenhuma forma não ter um filho homem. Podia ver claramente a sua decepção a cada gestação.

Mesmo sendo um homem bem treinado na máfia e nos negócios, eu sempre estive as sombras da minha mulher. Ela comandava praticamente tudo comigo, mas a palavra final era sempre dela.

Confesso que eu deixava ela comandar tudo. Na frente da organização ela não aparecia muito, mas sozinhos ela quem controlava tudo. E alguns amigos mais íntimos notavam que ela era o cabeça da máfia que comandávamos. De uma certa forma eu me sentia bem com isso. No meio que nós vivemos não podemos confiar em quase ninguém então era até uma forma de nos protegermos.

Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora