Cap. 45 - Sophia

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Não vejo á hora de começar a trabalhar. Não vejo á hora de ver meu pai chegar. Não vejo á hora de fazer coisas que vão completar a minha felicidade ao lado de Iago.

Ansiedade é o meu nome nesse momento.

Sentada estou em uma das enormes varandas que essa linda mansão tem.

Lendo pela milésima vez as atividades que atribuem ao meu novo trabalho, até me deparar com uma senhora a minha frente com um telefone em mãos. Olho para ela e faço um breve sorriso sem graça por não saber nem o seu nome, me veio a mente agora a Zana, saudades das nossas conversas.

- senhora ayad – a senhora a minha frente me chama – a senhora Franco está ao telefone – ela diz cobrindo o aparelho para que a pessoa aguardando não ouça.

Quem é a senhora Franco?

- senhora Franco?

- sim a senhora Alina, sua enteada – ela completa.

- há sim, lembro de ter ouvido alguém mencionar esse sobrenome, que cabeça a minha – fiquei sem graça agora – passa aqui o aparelho.

Ainda não me acostumei com essa família grande e é claro, com alguém me ligando.

- senhora Franco – cumprimento-a meio sem jeito.

Ouço uma gargalhada atrás da linha. 

- sem formalidades por favor sophia.

- desculpe, Alina – digo sorrindo discretamente para ela ouvir.

- Sophia Ayad – ela diz e sei que está sorrindo ao pronunciar meu sobrenome e por um tempo foi o dela, aliais foi o dela não, porque segundo eu entendi ela e as suas irmãs usaram o sobrenome Lima a vida inteira, sem saber que era falso para despistar os inimigos de seus pais – como andam os preparativos para o seu novo emprego?

- estou tentando estudar sobre tudo que me mandou.

Não quero passar vergonha.

- parece muita coisa. Mas você dará conta sim. Aos poucos você vai pegar o ritmo de tudo aqui no ateliê.

- espero que sim Alina – é essa a intenção.

- mais heinnn... te liguei para te tranqüilizar e te dar mais alguns dias a mais, sem eu enchendo o seu saco – risos nossos – tenho uma viagem de ultima hora, então precisei contratar uma assistente temporária, meu marido é muito controlador com a nossa segurança, mas nesse caso permitiu uma pessoa desconhecida só por esses quinze dias ao meu lado. Graças a Deus minha sogra ficará com Alice durante a minha viagem.

- entendo. Seu pai também é assim com a nossa segurança – no nosso meio, não podemos bobear com a segurança.

Já estou acostumada com isso. Mas não em excesso como aqui. Papi era mais tranqüilo.

- e eu sabia que papai não iria permitir que você fosse comigo, pelo menos não agora, mas creio que vamos dobrar o coração dele quanto a isso, pois você precisará me acompanhar nas viagens.

- estou ansiosa por isso – confesso mais sinto um pouquinho de medo, pois sei que Iago não se dobrar assim tão fácil.

- também estou aguardando os dias para ter você aqui ao meu lado. Sua presença será muito bem vinda por aqui.

- estou tão ansiosa que reparei que estou comendo muito esses dias – me veio á mente que eu e Iago não nos protegemos.

Mas logo me afasto desses pensamentos ouvindo alguns barulhinhos de bebê, acredito ser de Alice. Ela é tão fofinha e linda.

Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora