CAPÍTULO 15

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No final da tarde de segunda-feira estava terminando de arrumar as minhas coisas, pois voltaria para casa na manhã seguinte.

Sentia uma leve sensação de tristeza no meu peito pois realmente me apeguei à aquele lugar, e era muito provável que eu nunca voltaria, talvez só se a minha amizade com o Antônio realmente vingasse.

Termino de separar algumas roupas para usar hoje a noite, pois a Dona Wilma disse que fazia questão que eu jantasse com a família na minha última noite aqui.

Já fazia um tempo que eu não via todos eles, inclusive o Antônio.

Ele saiu na parte da manhã, levando a Maria, a Bruna, o Mario e a Dona Wilma com ele.
Eles disseram que tinham algo importante para resolver na cidade vizinha, e eu implorei para o Antônio deixar o irmão dirigir, pois ele ainda não tinha feito os exames que solicitei e eu não sabia como estavam os reflexos dele.

Eles haviam retornado a pouco tempo.

A Larissa foi jantar com o Fred e o Cris no centro da cidade, então eu só iria vê-la na manhã do dia seguinte, na hora de ir embora.

Vou até o banheiro da minha suíte tomar uma ducha antes do jantar. Ao tirar minha roupa percebo que minha pele ainda está avermelhada pelo sol do dia anterior.

Havíamos passado o domingo na piscina brincando com as crianças. No começo me senti muito envergonhada ao colocar um biquíni pink que a Bruna havia me emprestado. Mas depois com o tempo fui me sentindo mais a vontade.

Mas não deixei de notar os olhares do Antônio em meu corpo, e confesso que isso me deixou excitada.

Fico me perguntando o que ele faria se eu tomasse a iniciativa de beijá-lo, mas sempre desisto dessa ideia pois sei que não é melhor momento para isso. Eu sinto que tem algo de errado e muito sério acontecendo com ele.

Se um dia ele sentir vontade de me contar, ficarei feliz.

Relaxo lavando os meus cabelos no jato forte e quente do chuveiro. Até desse chuveiro eu sentirei falta. Assim que termino de me arrumar, com um vestido simples preto de mangas longas e uma sandália preta que trouxe na mala, e vou até a sala encontrar a família.

- Ah, Amanda! Você está linda, querida! - diz a Dona Wilma sorrindo ao meu ver.

- Obrigada! - respondo envergonhada.

- Amandinha, a gente comprou um monte de presentes para você! - diz a Maria animada.

- Presentes? - pergunto confusa.

- O Antônio nos disse que o seu aniversário é nesta quarta-feira, então compramos algumas coisas como forma de gratidão a tudo o que você fez por nós. - explicou o Mario.

- Esperamos que você goste. - diz a Bruna sorrindo.

- E quero dizer que estou triste que você vai embora antes da data, mas que preparei esse jantar de hoje como uma forma de comemorar o seu aniversário com a gente. - diz a Dona Wilma.

- Eu nem sei o que dizer, pessoal. - estou emocionada e envergonhada.

Essa família é realmente muito especial.

- Vamos abrir os presentes antes do jantar? - pergunta a Maria.

- Claro. - eu sorrio.

- Primeiro o meu! - ela grita e corre para pegar uma caixa branca quadrada e me entregar.

Abro a caixa e fico surpresa com o lindo jaleco branco dobrado perfeitamente dentro. Ele possuía um coração humano colorido bordado no bolso. Senti meus olhos encherem de lágrimas.

CLAREOUOnde histórias criam vida. Descubra agora