CAPÍTULO 42

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Toda a saudade que eu sentia se dissipou assim que senti os seus lábios tocando os meus.

Era como se eu finalmente tivesse encontrado o meu lar.

Antônio relaxou quando notou que eu não iria resistir, e eu senti os seus dedos pressionando a minha nuca e se embaraçando entre os meus cabelos, aprofundando o nosso beijo.

Passei os meus braços pelo seu pescoço, aproximando mais o meu corpo do seu. A minha barriga ligeiramente arredondada toca o seu abdômen e eu sinto o seu sorriso em nosso beijo quando ele leva a sua mão até ela.

- Eu te amo muito, Amanda! Por favor, acredite que eu nunca tive a intenção de te machucar. – ele diz quando quebra o nosso beijo.

Eu continuo com os olhos fechados, feliz por estar em seu abraço.

- Eu sei. – eu sorrio e abro os meus olhos, o meu olhar fitando o seu de perto. – Me perdoe por ignora-lo durante tanto tempo.

- Por favor, não me afaste novamente. – ele pede.

- Eu não irei. – eu digo e o abraço mais forte, aconchegando a minha cabeça em seu peito forte.

Antônio passa os braços ao meu redor, me abraçando com mais força.

- Eu te amo muito, Amandinha! – ele diz e beija levemente a minha cabeça.

- Eu te amo. – eu digo e suspiro em seu abraço, sentindo o seu cheiro fresco e amadeirado.

- Eu posso explicar tudo o que aconteceu. – ele diz, soltando o meu corpo para que possa olhar em meus olhos novamente.

- Eu ouvi você conversando em uma ligação, dizendo que foi drogado. – eu digo tímida.

- Sim. – ele respira fundo e segura as minhas mãos. – Eu ainda não sei te dizer exatamente qual era a motivação ou o plano, mas o exame que eu fiz apontou uma quantidade pequena de Xanax. Eu tive sorte por não beber todo o drink. Nós fomos até a inauguração dessa casa noturna, o dono é um lutador do UFC. Cecília sugeriu que eu vestisse as roupas de uma marca que está me patrocinando, e tiramos algumas fotos ao entrar. Eu fiquei cerca de trinta minutos na área VIP, e bebi metade de um drink que ela me ofereceu. Quando me senti entorpecido e um pouco enjoado, quis ir embora mas não achava nem ela, nem o Fred e a Lari. – ele faz uma pausa e mexe em seus cabelos. - Quando avistei o Fredinho na pista, resolvi descer e atravessar a multidão. Senti uma mão puxando o meu braço, e quando me virei a Cecília se atirou em mim e me beijou.

Eu sinto a raiva queimar em mim e olho para os meus pés.

Antônio ergue minha cabeça com os dedos em meu queixo, e continua falando enquanto fita os meus olhos.

- Eu quebrei o beijo imediatamente. – ele explica. – Não durou nem cinco segundos, mas foi o suficiente para alguém nos fotografar.

Eu respiro fundo e aceno com a cabeça.

- Me perdoe pelo que aconteceu com você, toda a exposição da mídia ao seu redor, eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer.

- Eu tenho medo dos comentários quando souberem da gravidez. – eu confesso.

- Nós vamos lidar com isso. – ele fala. – Eu já pedi para o Fred ir atrás de alguém competente para nos ajudar com a mídia e relações públicas.

- O Fred não é muito bom em contratações. – eu brinco.

- Dessa vez o meu irmão vai ajudar a fazer uma investigação sobre a pessoa. – ele ri.

Sinto o meu rosto corar novamente, e os meus olhos embaçarem com lágrimas.

Escondo novamente o meu rosto em seu peito, e o abraço forte pela cintura.

CLAREOUOnde histórias criam vida. Descubra agora