CAPÍTULO 2

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Dou dois toques na porta do consultório da Doutora Aline e abro a porta lentamente.

- E então? Tomou a sua decisão? - ela indaga impaciente.

- Sim, doutora. Mas tenho alguns pontos importantes para conversar com esse advogado e com o empresário. - digo prontamente.

Aline me fita com a sobrancelha erguida enquanto pega o telefone e fala com a recepcionista.

- Sarah, por gentileza, peça para os senhores Frederico e Mario virem até a minha sala imediatamente. - ela diz e desliga em seguida. - Sente-se Amanda, vamos conversar sobre todos os pontos importantes com eles.

Me sento no sofá lateral de seu escritório, com o contrato ainda em mãos, e pego um bloco de notas e caneta em minha bolsa, anotando algumas opções de nomes para minha nova equipe.

• 𝑳𝒂𝒓𝒊𝒔𝒔𝒂 𝑭𝒊𝒔𝒊𝒐 (𝒕𝒆𝒎 𝒐 𝑪𝒓𝒊𝒔, 𝒕𝒂𝒍𝒗𝒆𝒛 𝒏ã𝒐 𝒊𝒓á 𝒂𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂𝒓).
• 𝑪é𝒛𝒂𝒓 𝑬𝒏𝒇𝒆𝒓𝒎𝒆𝒊𝒓𝒐 (é 𝒔𝒊𝒎𝒑á𝒕𝒊𝒄𝒐 𝒆 𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒆𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆).
• 𝑵𝒊𝒄á𝒄𝒊𝒐 𝑭𝒊𝒔𝒊𝒐 (𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒂𝒓𝒓𝒐𝒈𝒂𝒏𝒕𝒆).
• 𝑷â𝒎𝒆𝒍𝒍𝒂 𝑷𝒔𝒊𝒄ó𝒍𝒐𝒈𝒂 (𝒎𝒖𝒊𝒕𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒆𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒆𝒍𝒐𝒈𝒊𝒂𝒅𝒂 𝒑𝒆𝒍𝒐𝒔 𝒑𝒂𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆𝒔)
• 𝑽𝒊𝒄𝒕ó𝒓𝒊𝒂 𝑬𝒏𝒇𝒆𝒓𝒎𝒆𝒊𝒓𝒂 (𝒄𝒐𝒎𝒑𝒆𝒕𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒆 𝒔𝒊𝒎𝒑á𝒕𝒊𝒄𝒂)
• 𝑫𝒐𝒎𝒊𝒕𝒊𝒍𝒂 𝑷𝒔𝒊𝒄ó𝒍𝒐𝒈𝒂 (é 𝒄𝒐𝒎𝒑𝒓𝒐𝒎𝒆𝒕𝒊𝒅𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒕𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐, 𝒎𝒂𝒔 𝒏ã𝒐 𝒈𝒐𝒔𝒕𝒂 𝒅𝒂 𝑳𝒂𝒓𝒊𝒔𝒔𝒂)

Estava perdida em meus pensamentos quando ouvi a porta se abrindo e a Sarah entrando acompanhada de dois homens.
Os dois eram bem altos, um estava vestindo um terno impecável, tinha os cabelos escuros com alguns fios prateados, e usava um óculos de armações caras. O outro tinha um estilo mais descolado, os cabelos descoloridos, e estava visivelmente impaciente.

- Senhores, fiquem a vontade. - diz Aline acompanhando eles em minha direção, no sofá e poltronas no canto da sala. - Essa é a Doutora Amanda, nossa chefe da Unidade Intensiva.

- Prazer. - eu digo me levantando e estendendo a mão para cumprimentá-los.

- É um prazer, doutora. - diz o homem de terno. - Eu sou Mario, irmão e advogado do Antonio. Não gostaria de conhecê-la nessas circunstâncias. - ele diz com um meio sorriso.

- Prazer. - diz o outro homem, me examinando com atenção ao apertar minha mão. - Sou Frederico, o empresário.

- Realmente as circunstâncias não são as melhores. - eu respondo. - Mas gostaria de dizer que estou tentada a aceitar a proposta, e fazer o possível e impossível para ajudar no quadro clínico do Senhor Antonio. Mas tenho algumas ressalvas.

- Vamos nos sentar, por favor. - diz Aline.

Todos nós nos acomodamos, e o Senhor Mario me fita com interesse.

- Doutora Amanda, eu só ouvi elogios sobre você. Tanto de sua supervisora, quanto de outras pessoas desse hospital. Eu farei o que for necessário para que você aceite. A vida do meu irmão deverá ficar em boas mãos.

- Eu agradeço. - respondo. - Bom, é o seguinte, no meu contrato diz que eu tenho toda autonomia para montar a minha equipe. Gostaria de saber até que ponto isso é válido?
- Como assim? - pergunta Mario, franzindo o cenho.

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