CAPÍTULO 31

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ANTÔNIO

Eu não consegui dormir.

Fiquei o tempo todo velando o sono da Amanda, sentindo o seu calor ao meu lado, e odiando o quanto eu fui burro ao ponto de deixar essa mulher escapar.

Sua respiração é ritmada e ela está em um sono profundo, porém agitado.

Já perdi a conta de quantas vezes ela se remexeu na cama, puxando todo o lençol com ela, e depois jogando o lençol longe quando sentia calor.

Eu esperava um tempo e depois quando via a sua pele arrepiada com o frio, eu voltava a cobri-la.

Fico observando o seu rosto, a sua boca levemente inchada pelos meus beijos, o seu pescoço um pouco avermelhado onde a minha barba havia passado.

O meu coração se aquece em saber que ela está aqui comigo.

Eu não posso perdê-la novamente.

Ver o modo como ela cuidou da Maria ontem me deu a certeza de que essa mulher maravilhosa nasceu para ser mãe.

Ninguém poderia tirar esse sonho dela.

Principalmente eu, que a amava tanto.

Ela é carinhosa, atenciosa, e o modo como ela cuidou da minha filha fez eu me apaixonar ainda mais por ela.

E na madrugada, quando voltei para a sala e liguei a tv, a única coisa que eu conseguia pensar era nela dando uma chance para outro homem.

Aquele médico.

O meu coração acelerava e eu sentia minha vida indo embora só de imaginar ela casada com outro homem, com uma barriga de grávida e um sorriso enorme de felicidade no rosto.

Não!

Não mesmo!

Eu estava disposto a absolutamente tudo para lutar por ela.

Se era um bebê que ela queria, ela iria tê-lo.

O meu bebê.

Acho que seria legal ter um menino com os cabelos loiros como o dela correndo pela casa. Eu poderia levar o moleque para fazer jiu jtsu, e a gente poderia assistir algumas lutas juntos.

Eu só precisava convencê-la a me dar outra chance, e mostrar para ela que eu poderia fazer ela feliz.

Levanto-me para ir ao banheiro, e aproveito para verificar como a Maria está.

O relógio marca 6 horas da manhã, e a Maria ainda dorme profundamente.

Pego o termômetro para medir a sua temperatura novamente e quando tenho certeza que a febre foi embora eu retorno para o meu quarto.

Eu queria aproveitar que a Maria ainda dormia para tentar conversar com a Amanda.

Implorar, se fosse preciso.

Sento-me na lateral da cama ao seu lado, e passo meus dedos pelo seu rosto delicadamente.

- Amandinha? - eu chamo baixinho não querendo assusta-la.

- Hmm... - ela resmunga e continua com os olhos fechados.

- Acorda, amor. - eu chamo novamente.

- Eu não quero. - ela responde, e coloca o braço em cima dos olhos, o lençol escorregando pelo seu corpo no processo, deixando os seus seios livres.

Observo por um momento os seus seios inchados, os mamilos eretos implorando pelo meu toque.

Espalho vários beijos pelo local, e levo o seu mamilo até minha boca, arrancando um gemido dela.

CLAREOUOnde histórias criam vida. Descubra agora