CAPÍTULO 33

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Era madrugada, mas nenhum de nós dois queria dormir. Já tínhamos feitos amor duas vezes, e agora estávamos deitados um de frente para o outro, nossos corpos entrelaçados em um só. Antônio fazia carinho em meus cabelos e fitava os meus olhos e eu aproveitava todo o momento para memorizar cada detalhe do seu rosto.

Os seus olhos profundos estavam sonolentos, sua barba cheia e macia, sempre bem cuidada, e seu cabelo do jeito que eu mais gostava, mais curto nas laterais e compridos na parte de cima.

Eu passava os meus dedos pelos seus fios devagar, sentindo o sono chegando.

- Descansa, amor. - ele sussurra quando vê os meus olhos quase se fechando.

- Eu não quero dormir. - eu sussurro de volta.

- Eu sei. - ele da um beijinho no meu nariz. - Vai ser por pouco tempo e vai passar bem rápido.

- Eu vou te levar para o aeroporto. - eu comunico.

- Eu vou adorar. - ele sorri. - Mas você não precisa trabalhar?

- Eu pedi mais um dia de folga e troquei o plantão com outro médico. - informo.

- Eu vou conseguir aquele cinturão, e dedicar a você. - ele fala.

- Eu vou amar. - eu murmuro, sentindo o sono me dominar.

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- Papato, a gente precisa ir. - Fred avisa, esperando eu soltar o Antônio.

- Boa viagem. - eu sussurro apertando meus braços mais fortes em sua cintura.

- Eu já ia esquecendo... - ele pega sua carteira em seu bolso, tirando um cartão preto e me entregando.

- Para quê isso? - pergunto franzindo o cenho para o cartão.

- Para o aniversário da Maria. - ele fala. - Compra tudo o que você precisar, e cuidado com a Bruna porque ela é perigosa. - ele ri.

- Não tem necessidade. - eu falo recusando.

- Claro que tem! - ele enfia o cartão no bolso de trás do meu jeans. - Eu te passo a senha por mensagem.

- Ok. - eu suspiro. - Me avisa assim que chegar lá.

- Eu aviso. - ele responde. - Promete que vai se cuidar, e se precisar de qualquer coisa você vai falar comigo?

- Prometo. - eu beijo seus lábios devagar. - E você também promete que vai falar comigo todos os dias?

- Prometo. - ele fala.

- Cara de Sapato? - pergunta um homem ao nosso lado.

- Sim. - Antônio olha para o homem.

- Eu sou muito fã do seu trabalho, acompanho todas as suas lutas. - o homem sorri. - Posso tirar uma foto com você?

- Claro! - Antônio sorri.

Eu solto o seu corpo para me despedir do Fred e da Lari. Pego o Cris no colo e encho ele de beijos enquanto ele solta uma gargalhada gostosa.

- Cuidem dele, por favor. - eu peço para os dois.

- Fica tranquila, Amandinha. - o Fred diz.

- Amiga, não demora para ir também, eu vou sentir sua falta. - a Lari diz fazendo um biquinho.

- Eu também vou sentir sua falta. - eu falo abraçando-a.

Antônio volta ao nosso lado, e vejo o Fred um pouco preocupado.

- Tem gente tirando fotos. - ele fala. - Vamos entrar logo, Papato.

- Tchau, amor. - Antônio diz e beija os meus lábios novamente, antes de virar e caminhar para o portão de embarque.

CLAREOUOnde histórias criam vida. Descubra agora