CAPÍTULO 21

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- Bom dia, dorminhoca. – ouço a voz do Antônio em meu ouvido, seguido de vários beijos sendo distribuídos pelo meu ombro.

Solto um suspiro e espreguiço-me, sentindo o edredom macio sendo arrancado de cima do meu corpo nu.

Antônio continua distribuindo vários beijos em meu pescoço, descendo para meus seios. Ele para ali, apertando e mordendo levemente meus mamilos.

- Bom dia. – eu falo gemendo baixinho. – Que horas são?

- Mais de meio-dia. – ele responde, e começa a descer os lábios em direção a minha barriga.

Passo a mão em seus cabelos, fazendo carinho enquanto sinto a excitação tomar conta do meu corpo.

- E a Maria? – pergunto quando sinto uma mordida no osso do meu quadril.

- Saiu com a Bruna. – ele beija minha tatuagem na lateral do meu corpo. – ‘Enjoy the journey’, faz muito sentido. – ele diz ao ler minha tatuagem e morde novamente a minha pele.

- A gente precisa conversar. – eu falo quando sinto seus lábios em meu baixo ventre.

- Depois. – ele murmura e beija a parte interna da minha coxa, abrindo as minhas pernas.

- Agora. – eu falo e ele para e ergue os olhos para mim.

- Sério? – ele questiona fazendo biquinho.

- Sério. – concordo.

Ele suspira e cobre o meu corpo com o edredom novamente, deitando ao meu lado e depositando um beijo singelo nos meus lábios.

- Sou todo ouvido, Doutora Amanda. – ele fala enquanto apoia a cabeça em uma mão, fitando os meus olhos.

- O que aconteceu na noite passada? – eu questiono.

- Você chegou aqui deliciosa de pijama e moletom, e eu te comi de quatro na minha cama. – ele brinca e eu dou um tapa leve em seu ombro.

- Eu estou falando sério, Antônio. – eu falo.

- Eu também, Amanda. – ele me beija. – Não me esqueço da sua bunda gostosa rebolando no meu pau.

- Antônio, conversa comigo. – eu peço baixinho.

Ele respira fundo e se levanta da cama, andando até o seu closet. Sinto no mesmo momento um sensação horrível por ser ignorada, e minha garganta da um nó.

Levanto-me da cama, procurando meu pijama jogado pelo quarto.

- Aonde você vai? – ele pergunta em pé na porta do closet, seu corpo coberto apenas com uma cueca boxer preta.

Em suas mãos, o caderno de sua esposa.
Sinto o meu semblante franzir e observo ele andar até a cama e se sentar encostado na cabeceira.

- Vem cá. – ele bate a mão no lugar ao seu lado.
Caminho novamente até a cama e me sento ao seu lado, cobrindo meu corpo com o edredom.

- Eu me lembro desse caderno. – eu começo.

- Era da Paula, mãe da Maria. – ele fala. – A Bruna achou esse caderno no dia anterior a minha luta.

Sinto meu peito apertar quando ele abre o caderno em uma das primeiras páginas e estende em minha direção.

- Você quer ler? – ele pergunta.

- Nã... Não. – eu respondo. – É muito particular, não seria correto com a memória de sua esposa.

- Você é maravilhosa. – ele responde fechando o caderno e dando um beijo rápido em meus lábios. – Mas o que está escrito aqui é o motivo de tudo o que está acontecendo comigo nesses últimos dias.

CLAREOUOnde histórias criam vida. Descubra agora