CAPÍTULO 18

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Acordo em uma cama muito macia e com um corpo quente colado ao meu. Tento me mover, a minha bexiga implorando por alívio, mas o braço do Antônio está circulando a minha cintura e seu rosto está afundado em meu pescoço, respirando em um sono profundo. Vou me desvencilhando aos poucos do seu abraço e consigo me arrastar para fora da cama, correndo para o banheiro.

Respiro fundo quando finalmente consigo dar o alívio que a minha bexiga tanto queria.

Quando olho no espelho do banheiro, sinto vontade de chorar. Meu cabelo está todo embaraçado e minha maquiagem borrada em meus olhos. Não me recordo em que horas fomos dormir, mas lembro de estar tão esgotada de tantos orgasmos que simplesmente apaguei.
Pego a escova de dente do Antônio e começo minha higiene bucal. Em seguida, entro em seu chuveiro e relaxo instantaneamente no jato de água quente. Estou distraída quando sinto a brisa gelada vinda da porta do box se abrindo, em seguida braços fortes me abraçando por trás.

- Por que não me acordou? - ele pergunta mordendo minha orelha.

- Você estava dormindo tão pesado, não quis te perturbar. - eu explico.

- Você acabou comigo, mulher. - ele brinca e eu solto uma risadinha.

Antônio pega o frasco de shampoo no nicho da parede, e aplica um pouco do líquido na palma da mão. Saio debaixo do chuveiro para ele se molhar, pensando que ele queria se lavar, quando ele me puxa de volta e começa a massagear o meu couro cabeludo.

- Ah, meu Deus! - eu gemo, apreciando. - Eu não quero ir embora nunca mais, vou ficar o dia inteiro implorando por massagem em todo canto.

Ele ri baixinho, enquanto enxágua os meus cabelos.

- Você vai ficar com o meu cheiro. - ele fala. - Depois me passa o nome dos produtos que você usa que vou comprar para deixar aqui.

Sinto um sorriso nos meus lábios.

Fofo.

- Não precisa comprar nada. - murmuro e aproveito o mimo enquanto ele passa o condicionador nos meus fios.

- Mas eu quero. - ele diz convicto.

Termino de enxaguar os meus cabelos, e pego o frasco de sabonete líquido no nicho, colocando uma boa quantidade na esponja de banho. Depois me viro para ele e começo a esfregar a esponja levemente pelo seu corpo. Aproveito para memorizar cada detalhe de sua pele, suas tatuagens e suas cicatrizes.

Quando eu termino, Antônio repete o meu ato e lava todo o meu corpo. Ouço a minha barriga roncar alto de fome, e ele ri.

- Acho que alguém precisa comer. - ele brinca.

- Estou morrendo de fome. - eu concordo sorrindo.

- Eu também. - ele diz rouco fitando os meus olhos.

Antônio me abraça apertado embaixo do jato quente do chuveiro, suas mãos apertando forte a minha bunda, colando o meu corpo ao seu. Sinto o seu membro roçar a minha barriga e solto um gemido leve antes de erguer os meus lábios aos seus.

Depois de algum tempo, ele me solta com um suspiro, desligando o chuveiro e me ajudando a sair do box.

- Vamos, eu vou fazer o café da manhã.


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Já passava das quinze horas quando o Antônio me deixou em casa. O nosso café da manhã acabou se tornando o nosso almoço, e depois precisei de todas as minhas forças para me vestir e ir embora.

Mas eu precisava muito descansar, pois o meu próximo turno começaria às seis da manhã da segunda-feira, e só terminaria às dezenove horas da terça-feira.

CLAREOUOnde histórias criam vida. Descubra agora