CAPÍTULO 22

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ANTÔNIO

Hoje era quinta-feira, e eu tinha um compromisso que poderia mudar a minha vida inteira.

Entrei no hospital com o meu irmão e a Maria, sentindo um gelo no meu estômago.

A Amanda tinha agendado nosso exame de DNA para às 13 horas, horário do fim do seu plantão. Depois disso, na parte da noite iríamos pegar a estrada rumo ao rancho para passar o feriado com a nossa família.

Falamos para a Maria que iríamos fazer exames de rotina, e a Amanda prometeu atender a gente pessoalmente.

- Boa tarde, poderia chamar a Dra. Amanda Meirelles? - pergunto para a recepcionista.

- Você é o Sr. Antônio Carlos? - ela questiona.

- Sim. - afirmo.

- A Dra. Amanda já está aguardando no setor de coletas de exames. - ela diz. - Você sabe onde fica?

- Sei sim, obrigado. - respondo e caminho em direção ao elevador, segurando a mão da Maria na minha, e o Mario ao meu lado.

Quando chego no setor de coletas, encontro a Amanda em pé no corredor com alguns papéis na mão conversando com alguém que estava do lado de dentro da sala. Ela vestia uma calça de alfaiataria e o jaleco que havia ganhado de presente da Maria. Em seus pés saltos altos e finos, muito elegantes.
Quando ela nota a gente se aproximando, vira em nossa direção e sorri.

Linda.

- Maria Maricota! - ela brinca e sorri, abraçando a minha filha.

- Oi, Amandinha! - ela fala com a voz suave e um sorriso no rosto.

- Preparada para o exame? - Amanda pergunta para ela.

- Eu tenho um pouco de medo. - Maria confessa.

- Mas não precisa! Eu mesma vou colher o seu sangue, e você não vai sentir nada. - Amanda faz carinho em seu cabelo, em seguida olha para o meu irmão. - Olá, Mario!

- Dra. Amanda, é um prazer revê-la. - meu irmão cumprimenta com um beijo no rosto.

- E eu? - eu pergunto.

- Oi, campeão. - ela sorri e me beija nos lábios.

Mario observa nós dois com um sorriso no rosto, e ergue uma sobrancelha em minha direção.

- Vamos lá? - ela pergunta e aponta para a porta da sala.

Assim que eu entro percebo quem era a pessoa que ela estava conversando e o meu sorriso some.

- Boa tarde! - cumprimenta Cézar, o enfermeiro que trabalhou no rancho.

- Boa tarde. - respondo sério.

Nós três nos sentamos nas poltronas de coleta e observo a Amanda preparar o material e explicar para a Maria todo o procedimento.

Ela era linda, e tão carinhosa com todos.

O enfermeiro faz o mesmo procedimento com o Mario enquanto eu aguardo a minha vez.

Assim que ele termina, pega os insumos novos e vem em minha direção.

- Sr. Antônio, irei colher dois tubos do seu sangue para análise. - ele explica e pede para eu estender o braço.

- Irei esperar a Dra. Amanda. - aviso.

- A Dra. Amanda não faz coleta de exames, ela abriu um exceção somente para a sua filha. - ele explica.

Amanda termina de etiquetar os tubos com sangue da Maria e vem em minha direção.

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