|| CAPÍTULO SEIS ||

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	— Para onde você pensa que vai? — Lorenzo segura o meu braço enquanto as pessoas se acumulam ao redor da menina morta

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— Para onde você pensa que vai? — Lorenzo segura o meu braço enquanto as pessoas se acumulam ao redor da menina morta.

— Atrás dele. Só idiotas continuariam caçando ele aqui dentro. — Puxo meu braço para me desvencilhar e ele o aperta mais forte. Cerro os olhos. — Solte. — Não é um pedido. É uma ameaça.

— Temos que sair juntos. — Diz Lorenzo.

— Por quê? — arqueio a sobrancelha.

— Porque as pessoas têm que nos ver juntos. A notícia sobre o disparo vai vazar, temos que mostrar que estamos bem. — Explica, soltando meu braço para gesticular.

— Dios, desde quando a máfia se importa com sites de fofocas? — reviro os olhos, cruzando os braços.

— Todas as empresas da minha família estão nas minhas mãos. Você é conhecida como mafiosa, eu sou conhecido como empresário! — ele profere rápido, como se fosse óbvio.

— O que? Lorenzo o seu apelido é "A Morte", ou, o que eu mais gosto, "O carniceiro", em que terra você é conhecido como empresário? — peso as pálpebras com um sorriso cínico no rosto.

— Não é essa a questão. Você só pode sair quando eu sair. — Insiste. Eu o encaro, sustento seu olhar, até me dar por vencida e declarar.

— Eu preciso ir para casa, tirar esse vestido infeliz e me arrumar...

— Se arrumar para que?

— Desde quando você tem alguma coisa a ver com a minha vida? — ergo a cabeça para frente, irônica.

— Desde quando nos tornamos noivos — ele sorri sem mostrar os dentes, puxando minha mão para mostrar o anel. Babaca. Puxo-a de volta.

— Grande merda, Lorenzo. Eu vou me arrumar para caçar o maledetto que tentou matar você — coloco o dedo indicador no seu peito — e acabou matando uma criança, satisfeito? — passo a língua nos dentes.

— Não, você não vai. É perigoso, você não pode ir sozinha. — Ele cruza os braços e estufa o peito, como se isso fosse me intimidar.

— O que? Você não tá falando sério, não é? Não é porque serei forçada a me casar com você que vou me tornar uma boneca de porcelana. Perigos piores eu já enfrentei! Faça-me o favor… — começo a bater o pé de irritação e ele continua, como uma criança birrenta:

— Mas eu não quero que você vá, Kiara! — Agora coloca as mãos pro céu, passa elas atrás da cabeça fazendo da nossa conversa uma peça de teatro para os presentes.

— Não quer por que? Tá com medo de que algo aconteça comigo, Lore? Pense bem, se eu morrer serão dois coelhos numa cajadada só, você não seria forçado a se casar comigo e eu também não! — falo baixo para não render mais um detalhe ao espetáculo.

Paixão MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora