|| CAPÍTULO TRINTA ||

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	Acordo ao som da voz exasperada do Lorenzo

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Acordo ao som da voz exasperada do Lorenzo. Abro os olhos e pestanejo enquanto começo a entender o que está acontecendo e vejo que  o mesmo está andando pelo quarto apenas de cueca, falando ao telefone com um semblante irritado.

— Não, Rosa, eu não me importo com a porra de um problema que você devia resolver! — ele esbraveja, gesticulando. Os músculos das costas tensos. — Eu estou na porra da minha lua de mel. Você sabia que não ia dar conta das empresas e da famiglia, a sua ambição ainda vai lhe matar! — Agrega ele, apontando como se ela estivesse em sua frente. Lorenzo encerra a chamada e então me encara, tornando o semblante automaticamente mais sereno.

— O que houve? — pergunto, puxando a coberta para cobrir os seios. Ele caminha arrastado até a cama e cobre o meu corpo com o dele.

— A Rosa fechou negócio com duas empresas rivais e agora um deles está exigindo a minha presença, a minha posição sobre o assunto. — Ele beija meu pescoço e aperta a minha cintura enquanto fala. Prendo os lábios entre os dentes para não emitir nenhum ruído de prazer.  — Nos Estados Unidos…

— Então deveríamos nos apressar, não? Já estamos muito tempo longe do trabalho. — Falo, colocando as mãos na sua nuca. Lorenzo desce o rosto até o meio do meu seio.

— Sim, mas eu não quero ir — ela chupa meu seio direito e acaricia o esquerdo. — Agora que experimentei a lua de mel como deveria ser, não quero ir embora daqui nunca mais. — Ele balançou a cabeça e deitou no meu peito. Prendi a respiração.

— Por que? — indaguei, levantando a cabeça para encará-lo. Lorenzo levantou o rosto e contorceu o lábio quando me encarou, os olhos brilhantes como água.

— Tenho medo que não seja essa Kiara lá fora. — Sussurrou ele, com os olhos falando mil coisas mais.

— Essa Kiara… — alisei o contorno no seu rosto com a ponta do dedo. — Essa Kiara estava enterrada e presa na ideia do pior que deveria pensar de você. Mas eu resolvi tirá-la dessa cova, deixá-la respirar. Ela vai estar aqui, dentro ou fora desta ilha, porque ela sempre foi sua, Lorenzo. — Abro um sorriso fraco e doloroso, pensando em quanto tempo perdi acreditando no que eu queria e me obrigando a não ouvir o que deveria.

— Fico feliz em saber, querida. — Ele sorriu, o sorriso finalmente chegando aos olhos. — Eu sou seu em qualquer uma das minhas versões. — Dei uma risada baixa, ironizando.

— Sempre soube que tenho você nas mãos.

{...}

Ginevra preparou uma mesa de café da manhã para nós mesmo quando falamos que não teríamos tempo de comer muito.

— Precisa comer sim! Vocês acabaram de voltar da lua de mel, devem estar exaustos, tem que ter ao menos uma refeição respeitável… — disse ela, segurando em meu braço para me levar até a mesa. Atrás de mim, Lorenzo riu. — Você precisa se alimentar bem, menina Kiara, já pensou se já tem um bebê a caminho? — Ela arqueia uma sobrancelha em sugestão e eu me engasgo com a saliva, começando a tossir.

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