|| CAPÍTULO TRINTA E UM ||

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	Em frente ao restaurante Cassan's tem três carros blindados estacionados

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Em frente ao restaurante Cassan's tem três carros blindados estacionados. Andrea se recusou a responder qualquer uma das minhas perguntas sobre quem quer que seja o homem que irá nos encontrar e o porquê dele estar tentando nos atingir, para início de conversa. Todas as vezes que tentei lhe perguntar sobre, ele desconversou e mudou de assunto.

Ainda assim, sou o seu braço direito, sua imediata na liderança da Camorra. Não pude me recusar a vir mesmo sem saber o que ia enfrentar.

Os seguranças checam o restaurante de ponta a ponta e avisam  ao meu irmão que podemos sair do carro. Confiro uma última vez a minha roupa e maquiagem, escolhi um cropped preto, uma blazer verde escuro e uma calça social da mesma cor, com saltos.

Meu irmão me oferece o braço após abrir a porta para mim. Lanço-lhe um olhar afiado, não estou nem um pouco feliz com a presente situação, odeio não saber o que está por vir.

— Não pense que irei esquecer isso, não vou. — Digo com os lábios franzidos enquanto aceito sua ajuda e seguimos para dentro do restaurante.

— Sempre tão vingativa, sorellina. — O maldito sorri. Somos recepcionados e guiados até uma das mesas cujo um único homem está, os cabelos pretos e longos iguais ao do Andrea.

Respiro fundo quando nos aproximamos e encaro o Andrea de soslaio. Meu irmão está pálido, o cabelo parece ainda mais escuro contra sua pele lívida. Tenho medo de me perguntar o porquê dele estar assim.

Paramos em frente a mesa e faço um grande esforço para controlar a minha expressão de confusão. Choque, curiosidade, medo ou o que quer que sentimos quando estamos parados em frente a uma cópia viva do nosso pai morto.

É claro que não é o meu pai, afinal, ele não morreu tão jovem. Mas o ser humano em minha frente tem os mesmos olhos — que graças a Deus puxei a minha mãe — a mesma sobrancelha, e o mesmo nariz que o Vittorio Costa. Mesmo pensar em seu nome deixa um gosto amargo em minha boca, então é fácil imaginar a minha cara ao ver quem quer que seja ele.

— Ah, que graça, chegaram bem na hora. — Ele diz, checando o relógio de pulso, abrindo um sorriso. Até mesmo isso é idêntico a ele. — Fiquei ansioso para ver o quanto éramos parecidos com o pai. — Ele conclui, e a ficha finalmente cai.

Encaro o Andrea, que mantém uma expressão tão neutra quanto deveria, mas sei que ele não estaria assim se já não soubesse. Ele sabia, consigo ver em seus olhos, e escondeu isso de mim não importa por quanto tempo. Andrea faz menção de puxar a cadeira para mim e empurro sua mão para fazer isso eu mesma. Vejo quando engole o seco antes de puxar sua própria cadeira e se sentar.

— Parece surpresa, Kiara. — O homem recomeçou. — Pelo visto o seu irmão não lhe informou o que vieram fazer, não é? Ou quem vieram ver. — Ele serviu duas taças de vinho branco. Não ousei tocar, Andrea também não. — Não sejam tolos, se eu matasse vocês aqui, os cachorrinhos que estão ali fora me matariam logo em seguida.

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