53. Ali

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POV Freen

Ficamos um tempo trocando carinhos e beijos. Eu me sentia tão bem. Becky tinha me feito sentir coisas que há muito tempo eu não sentia. Ela me mostrou tanto desejo e carinho que eu estava nas nuvens.

Ela estava deitada sobre meu peito, com seu rosto preso no meu pescoço. Eu sentia sua respiração ali e me sentia tranquila. Meus dedos passeavam pelos seus cabelos e ela estava relaxada.

"Tô com fome," ela falou de repente e eu ri.

"Quer ir comer?" ofereci.

"Mais um pouco aqui," ela disse enfiando ainda mais seu rosto no meu pescoço.

Ficamos em silêncio, curtindo o nosso momento até que ouvi o toque do meu telefone ao longe. Havia deixado na sala.

Quando me movi para me levantar, Becky me apertou em seus braços, fazendo beicinho.

"Eu tenho que ir, bebê," falei tentando não derreter com seu biquinho manhoso.

"Fica mais," ela pediu.

Eu ri e levei meu rosto ate o seu, beijando sua boca rapidamente.

"Pode ser algo da Li," eu disse. "Mas já volto."

"Desculpa, eu não tinha pensado nisso," ela falou ficando séria e me soltando. Parecia arrependida e eu me senti culpada. Eu sabia que era brincadeira e não queria fazê-la se sentir mal.

"Tá tudo bem, eu já venho," disse beijando sua testa e saindo do quarto.

Fui até a sala e peguei meu celular, que agora já tinha parado de tocar. Era minha mãe. Retornei.

"Bom dia, filha. Só liguei para avisar que Kirk já veio deixar Li e que ela está aqui," minha mãe disse.

Eu estranhei. Era cedo demais.
Havíamos combinado que Kirk a deixaria pela noite em casa.

"Ela tá bem?" perguntei.

"Está sim. Só perguntando sobre você," minha mãe disse e meu coração se apertou.

"Eu vou buscá-la aí. Você pode prepará-la?" falei sem nem pensar. Queria minha filha perto de mim.

"Tá bom, filha," minha mãe respondeu. Conversamos mais um pouco e desligamos.

Assim que saí do telefone com a minha mãe, fui até o quarto onde Becky dormia e comecei a distribuir beijos pelo seu rosto. A advogada se mexeu um pouco, mas não acordou.

"Becky, bebê, acorda," chamei beijando sua testa.

Ela abriu seus olhos lentamente, piscando muito depois, tentando se acostumar com a claridade.

"A minha mãe ligou. Vou buscar a Li, você me espera?" falei olhando em seus olhos ainda sonolentos.

"Você quer que eu vá com você?" ela disse levantando na cama e eu sorri com a proposta.

"Você tá dormindo tão bom. Continua que eu volto logo, pode ser?" Ofereci e ela concordou, me dando um selinho.

"Volta logo," pediu e eu disse que sim.

Busquei sua blusa que estava no chão e pedi para ela colocá-la para caso eu voltasse com Li e ela ainda estivesse ali. Ela aprontamente o fez se virou para deitar.

Ela logo voltou a dormir e eu me arrumei para ir buscar minha filha.

Cheguei na casa da minha mãe e Li veio logo para cima de mim.

"Vamos para onde?" a pequena quis saber quando a coloquei no carro.

"Para nossa nova casa," respondi e ela pareceu empolgada.

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