Estela...
Pego uma calcinha e um camisa das masculinas que eu tenho, fica enorme no meu corpo. O Braga já tinha me visto nua mesmo, ele estava deitado na minha cama e eu aqui, me trocando em frente ao espelho enorme do guarda-roupa.
Braga: Vai continuar me ignorando depois de uma foda dessa? — Sua voz grossa entra nos meus ouvidos, do espelho eu vejo ele me comendo com o olhar, enquanto fumava mais um dos diversos baseados que ele fuma no dia. — Não vai rolar muito esse bagulho.
Eu continuo calada, saio do quarto indo até o banheiro que era do lado, pegando uma escova de cabelo e voltando pro mesmo lugar, começando a pentear eles. Fico uns minutos ali até terminar, passo meu perfume e um hidratante. Me viro para ele, que estava no celular, sem camisa e com o baseado nos lábios.
Me aproximo, e sento do seu lado, no canto da cama. Ele tira a atenção do celular e me olha, estreitando os olhos.
A gente tinha acabado de transar, se não ficamos quase três horas transando por todo esse cômodo, eu estou louca. O desejo que estávamos sentindo um pelo outro não acabava, e eu me arrisco dizer que só paramos porque a qualquer momento alguém pode chegar, e eu não quero que me peguem no flagra dando feito uma cachorra pra ele. Nossa transa terminou no banheiro, enquanto a água caia pelos nossos corpos, mas nada do fogo ser apagado.
Não me arrependo, inclusive, eu tenho a impressão que ele está dentro de mim até agora. O Braga não nega fogo, e eu curti como somos parecidos nesse quesito.
— Tu já pode sair do meu quarto. — Falo olhando nos olhos dele. — Não é porque a gente transou, que vamos ficar o tempo todo juntos. Vamos começar por aí, estabelecer limites, a gente tá praticamente morando juntos...
Braga: Relaxa, pô.. — Ele pega minha mão que está em cima da cama e leva até os seus lábios, beijando. — Fica suave, tá com medo de que?
— Não é medo, Braga. Você sabe que as coisas não funcionam assim..
Braga: Ih, caô. — Vejo ele abrir a gaveta da cômoda pequena que tem do lado da minha casa, pegando de lá um vasinho pequeno, abrindo e jogando o baseado dele lá. O Braga se ajeita na cama e lança o olhar dele em mim. — Vem cá. — Ele puxa minha mão e me chama pra sentar no seu colo.
Eu respiro fundo e vou, passando a língua nos lábios. Ele tem que se controlar...
— Que foi? — Passo meus braços pelo seu pescoço, me sentando no colo dele.
Braga: Tu é uma perdição, Gringa. — Ele sorri, dessa vez mostrando seus dentes branquinhos e alinhados, me arrisco dizer que é a primeira vez vendo ele sorrir pra mim. Na verdade nunca vi ele sorrir pra ninguém. — Gostosa pra caralho. — Sinto suas mãos passar pelas minhas pernas, subindo devagar e apertando forte minha bunda, depositando um tapa forte.
— Braga, não faz isso... tá doendo minha bunda, cara. — Pressiono meu corpo no seu, apertando seus ombros.
Ele aproxima seu rosto do meu, beijando meu queixo.
Braga: Quer uma massagem? tá doendo muito? — Fala com a voz rouca, pertinho do meu ouvido, mordendo o lóbulo. Eu arrepiei todo meu corpo, só com isso. — Hum? — Se afasta, analisando meu rosto.
— Não precisa. — Beijo seu maxilar, pela forma que estamos, creio eu que a qualquer momento vamos ficar loucos de desejo novamente. — A gente não vai transar de novo.
Braga: Não agora, né? — Pergunta, mas com uma ponta de certeza no que dizia. — Vou te dar dois dias pra se recuperar, mas eu não prometo que não vou atrás de você outra vez pra mais uma foda como essa. — Eu engulo a saliva que se formou na minha garganta.
O Braga não é um cara no qual eu tenho dúvidas de que foderia meu psicológico, justamente por ter algumas coisas nele que faz meu tipo, assim como eu também tenho certeza de que ele é um cara que não consegue respeitar decisões quando se interessa por uma mulher... Talvez eu esteja errada, mas eu tenho comigo que ele é um desses caras loucos e malucos, que quando tem obsessão por uma mulher, não tem limites.
E eu não quero isso.
— Tá ardendo. — Sussurro, abaixando minha cabeça na curvatura do seu pescoço, inalando o cheiro gostoso de perfume masculino.
Braga: Qual foi, sem maldade, é que na hora eu acabo perdendo o controle. — Ele sorri, e eu nego com a cabeça. Suas mãos começam a se mexerem na minha bunda numa massagem gostosa, me fazendo mexer um pouco em cima do pau dele, sentindo ficar duro. — Faz isso não, sem caô. — Eu sorrio.
— Tô fazendo nada. — Beijo seu pescoço, passando a língua lentamente, subindo até a sua orelha, mordendo. Sinto o aperto dele na minha bunda começando a ficar mais forte. — Vai com calma ai.
Braga: Então sossega... — Ergo minha cabeça e olho nos olhos dele, que levanta uma de suas mãos e pega meu pescoço, selando nossas bocas num selinho demorado. — Que tentação do caralho.
Quando eu ia responder, o celular dele começa a tocar do nosso lado. Eu resmungo e ele me dá mais um, se afastando um pouco e pega o telefone na mão, atendendo.
Braga: Qual foi? — Observo sua expressão corporal mudar. — Jaé, tô colando aí, marca cinco. — Ele desliga a chamada e coloca o celular na bancada. — É o Zeca, ele passou a visão que conseguiu as informações sobre as mensagens que tu anda recebendo. Tá indo pra boca, me entregar os bagulhos.
— Você vai lá agora? — Ele concorda com a cabeça. — Então tá bom.
A gente levanta, e ele me puxa pela cintura. Em pé ele é muito mais alto que eu, fico na pontinha pra olhar ele nos olhos.
Braga: Eu vou ver como tá por lá, demorô? assim que eu saber de tudo eu te passo a visão. — Ele puxa meu queixo com dois dedos, erguendo meu rosto na altura certa pra ele.
O Braga me beija, colocando a língua dentro da minha boca, ele puxa meus cabelos pela nuca, me fazendo gemer sem pretensão. Para as coisas não esquentarem eu me afasto dele, depois de deixar um selinho na sua boca.
— Vai logo. — Passo a mão na testa, nervosa.
Ele nega com a cabeça e sorri, indo em direção a porta do quarto, sem falar mais nada. Eu fecho os olhos com força, me jogando em cima da cama. Mierda.