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Estela

Eu estava encostada no carro enquanto o Braga estava um pouco a frente com o telefone no ouvido, conversando com alguém. Depois do que aconteceu, e de ele ter chegado aqui, eu e as meninas preferimos ir embora, elas foram no carro da Andreza, o mesmo que tínhamos vindo. Depois que eu cheguei aqui e eu resolvi tudo que tinha que ter resolvido do meu pai, sai com elas pra compensar o tempinho longe.

Abraço meu corpo, o vento estava forte e eu estava com muito frio, respiro fundo, me mexendo um pouco, sentindo o peso da bolsa no meu ombro.

Passo rápido o meu olhar pela frente do lugar, essa é a casa de festa mais frequentada no meio que a gente mora, tanto que ainda estava chegando gente, o som estava alto. Direciono minha atenção pra ele, que guarda o celular no bolso da calça de lavagem escura, vindo na minha direção. Ele fica um completo gostoso com essa camisa azul com a unica corrente grossa que contorna seu peito, a polo modela todos os seus músculos deixando as tatuagens mais aparentes, o palhaço sorrindo com uma arma apontada nas mãos tatuado na metade do seu braço com os cifrões ao redor e, pra terminar de fecha-lo por completo o leão com metade da face coberta por flores de destacavam.

Braga: Tá com frio? - Estreita os olhos pra mim, levando as mãos grandes até o meu braço, onde ele faz um leve movimento, esquentando minha pele com o calor delas. - Toda arrepiada, por que não entrou no carro?

— Eu estava te esperando, ué. - Mexo os ombros, mordendo minha bochecha encarando nas íris castanhas que me observava. Sinto ele me puxar pra perto grudando meu corpo no dele, enquanto passas os braços pela minha cintura.

Braga: Mó saudade do teu cheiro. - Sorrio, no momento em que ele coloca o nariz na curvatura do meu pescoço, me dando o passe pra mover um pouquinho pro lado pra ele ter acesso. - Cheirosinha, e tá gostosa pra caralho nesse vestido.

Eu coloco minha mão direita no seu pescoço, passando ela devagarinho naquela região, deixando um aperto leve antes de ele subir a cabeça depois de uns segundos em silêncio e me olhar, segurando meu rosto em suas mãos, olhando cada parte, olhos, nariz, boca... Braga sorri de lado, me dando um selinho mordendo meu lábio inferior, ele beija o cantinho da minha boca e eu engulo seco segurando sua corrente nas minhas mãos.

Braga: Vim te buscar pra voltar pra mim, tá ligada que eu tava sentindo que se eu não viesse tu não voltava mais, minha gringa...

Sua voz rouca atingiu um ponto certeiro em mim, e eu sei que o arrepio da minha pele não era mais pelo frio, porquê só pela sua aproximação meu sangue ferveu e me esquentou no mesmo segundo.

— Esse apelido... — Nego com a cabeça, desviando meu olhar dele.

Braga: Qual foi? — Eu não iria dizer pra ele tão fácil assim que eu amava quando esse apelido saia da boca dele, meu coração bate até mais intenso no peito.

— Tá frio aqui, né? — Passo meus braços pelo seu pescoço levantando meus pés um pouquinho, o salto era baixo, e ele é alto demais.

Braga: Sua facilidade em se fazer de sonsa me deixa pilhado. — Eu faço um biquinho pra ele que me olha sério.

Suas mãos tocam minhas costas nuas e pelo toque eu reprimo meu lábios por uns segundos mas logo ele desce a sua e, me beija no primeiro momento me fazendo gemer baixinho sem pretensão pela sensação que o beijo dele me causa toda vez, a mão esquerda dele vem até minha garganta me puxando mais pra ele, mergulhando a língua na minha boca. Em pouco tempo eu vou ficando sem ar, mas quando ele nota cessa o beijo se afastando mordendo meu lábio enquanto aperta todo meu corpo.

— E se eu te falar que quero dar pra você o resto da noite todinha alivia essa sua marra? — Beijo sua boca. — E aí?

Braga: Teu mal é agir na pilantragem, tu sabe que eu me amarro no nosso sexo, e tô com uma saudade fodida de te ver sentando pra mim feito a porra de uma ninfeta... Entra no carro. — Deixa um tapinha na minha bunda.

Carga Forte Onde histórias criam vida. Descubra agora