Estela
Sobre o ambiente mais reservado e escurecido, alterno meu olhar entre minhas unhas e o copo que sobrepus em minha palma pequena, tomando ciência de que, whisky não era minha bebida preferida, e sim, a dele. Mas com toda certeza do mundo, a convivência faz a gente se ver gostando dos mesmos tipos de coisa, quase sempre.
Braga: Toma um pouco, se achar que está muito forte só falar pro teu homem que ele resolve. - seu tom de voz firme ressoa junto ao seu hálito quente pertinho da minha cavidade auditiva, meus pelinhos do corpo se arrepiam e eu, fico molinha. - Arrepiou? - dá uma risada rouca.
— Você chega tão perto assim, eu fico toda entregue. - encaro seus olhos, as íris castanhas chegam a brilhar quando envolve seu olhar intenso no meu. - Aí como você olha, eu fico hipnotizada, lindo.
O grave da música que sobrecarrega meus ouvidos, as vozes se misturando no ambiente e a pressão atmosférica aos poucos vão se esvaindo da minha escuta e, o silêncio entre nós dois se faz presente quando sua respiração se une a minha no instante que ele se aproxima o suficiente até tocar sua pontinha do nariz no meu, encostando seus lábios carnudos e macios aos meus num selinho longo. Fecho meus olhos me desmanchando ao toque delicado da sua palma por trás da minha nuca, sentindo as borboletas no meu estômago procurando seu espaço único já que, são muitas e ele tem o poder de implicar com elas.
Braga: Seu coração e todo esse corpinho gostoso tá no meu nome, gostosinha periculosa. - ressoa possessivo entre a pequena separação dos nossos lábios e me olha nos olhos, puxando meu cabelo. - E se continuar nesse fogo eu te levo embora daqui pra te foder de novo, por que é disso que tu gosta, não é? gosta de receber cacete pra caralho.
— Me ato, joder. - deixo que meu timbre carregado a sotaque espanhol aposse da minha fala, penetrando meu olhar no seu. - E só no seu. - seguro o copo, ajeitando.
O sorriso que cresce em meus lábios o deixa desconcertado, assim, o vejo recompor sua postura e em milésimos de segundos, assisto o respirar fundo e seu peito largo coberto pela polo preta subir e descer, no ato simultâneo. Analiso sem pudor seu porte; o cavanhaque se destacando em sua pele clara, a corrente de ouro reluzente conforme a luz do led azul que pisca em nosso direção colidindo na sua postura intacta. Desço meus olhos pelo braço largo fixando nas tatuagens, a polo escondendo metade delas, deixando a vista outras que desenhadas em sua pele, traz a vontade de olhar uma por uma. Braga em qualquer ambiente tem esse poder, sua postura exala luxúria, vontade de vê-lo mais profundamente, de descobrir se esse porte de homem pertence realmente a uma postura tão intensa quanto parece e, ele sabe tudo que emana.
Me diz, Braga, como não ser completamente e inteira rendida a você e, só você?
Engulo em seco, manuseando o copo até meus lábios, tomando um gole longo da minha bebida. Minhas íris percorrem pelo ambiente, os corpos e movimentos sincronizados enquanto dançam perfeitamente ao som do funk carioca que toca.
Deslizo minha perna uma na outra, roçando meus joelhos gélidos, sentindo a garganta doer e secar instantâneamente quando, paralisando meus olhos num casal pouco à frente lembro de alguns minutos atrás. Me vejo num mundo paralelo, numa conexão e amor sem igual. Braga me têm, ele sabe disso. Nossa sintonia é fodidamente prazerosa e me deixa viva, completamente viva.
flashback on
Sua estrutura corporal rígida por cima da minha, me esconde. A corrente batendo sobre minha face junto às estocadas firmes na minha buceta, entrando no fundo e voltando insano. Sem esperar, gemendo feito a puta que sou, entregue a ele, sinto quando o Caio apalpa firme a carne da minha coxa exposta e, desfere um tapa que arde de forma imensa, grudando mais minha perna na sua cintura quando pega um impulso impiedoso e continua socando sua pica grossa dentro de mim, me melando inteira.