Capítulo XXXII

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Ares

- Por que você falou assim com ela, Ares? –pergunta minha mãe brava.

- Mãe, preocupo com ela e ao meu ver Daniel parece somente estar enrolando-a. Perséfone é uma mulher decente, para casar. – digo explicando meu ponto.

- Ares, sabe de uma coisa? Desde que você foi para a França a ansiedade da Perséfone piorou, ela não fazia nada. Depois de anos ele apareceu e ela voltou a brilhar e eu, depois de muito tempo, a vi sorrir como antes. E se você quer saber se é sério, pois eu afirmo que é sim, os dois se amam e você só deve apoiar. – explica Mamma.

- Eu acho que estou sobrando aqui, então vou me deitar, boa noite. – diz o sem noção do Pietro.

- Boa noite, mãe. – digo levantando e subindo para meu quarto. No caminho, passo pelo quarto de Perséfone e escuto a mesma chorar. Quando éramos crianças, por termos pouca diferença de idade, nos dávamos muito bem e quando a mesma chorava eu corria para abraçá-la, deixava ela deitar no meu colo até dormir. Sinto-me horrível agora e vou consertar isso. Bato na porta e Daniel abre.

- Eu quero falar com a Perséfone. – digo de cabeça baixa.

- Não. –escuto ela dizer baixo dentro do quarto. Daniel quase fecha a porta na minha cara, mas sou mais rápido e coloco o pé.

- Por favor, amorinha... – imploro. Ela abre a porta com os olhos lacrimejando.

- Fala logo. – Daniel sai do quarto e eu entro. Sento em uma ponta da cama e ela na outra.

- Desculpa, eu só perguntei aquilo, porque me preocupo com você, amorinha. Achava que Daniel só estava brincando com seus sentimentos, mas Mamma me explicou o quanto ele é bom para você, eu realmente sinto muito.

- Eu o amo, Ares. Ele me tirou de um buraco profundo e é a minha luz. – diz chorando.

- Eu sei, pequena. Apoio vocês e me desculpe. –falo arrependido.

- Tudo bem, seu chato. Agora vaza daqui que eu tenho que ficar com meu homem! – diz rindo em meio as lágrimas.

- Ok ok, tchau, amorinha. – abraço ela apertado e saio do quarto rindo.

- Daniel... desculpa. Não sabia o bem que fazia para minha irmã, sempre a protegi e ela sempre foi minha menininha. Saber que ela tem alguém para protege-la me assustou, saber que ela cresceu e se tornou uma grande mulher me intimidou.

- Ares, eu sei que você tem uma certa bronca de mim, pois pode pensar que tomei seu lugar em relação a ela e ao Hades, mas eu juro que isso nunca foi minha intenção. – diz pegando no meu ombro. – A Perséfone precisa de você assim como o Hades, eu nunca vou tomar seu lugar, acredite, todos esses anos eles falavam muito sobre você.

- Obrigado, Daniel, por cuidar deles enquanto eu estive fora, realmente agradeço, boa noite. – saio dali e vou para meu quarto.

Nunca vou te deixarOnde histórias criam vida. Descubra agora