𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒

𝐭𝐡𝐞 𝐭𝐫𝐮𝐭𝐡, 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥𝐥𝐲

𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞, 𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞

AQUELA MANHÃ HAVIA AMANHECIDO FRIA COMO QUALQUER OUTRA, a única diferença é que eu não conseguia sair da cama. Como meu pai já tinha ido trabalhar, querendo recompensar a morte de seu amigo de alguma forma, consegui convencer Bella a me deixar cabular a aula de hoje.

Enquanto minha irmã partia em direção a escola, eu me levantei me lembrando de tudo o que tinha descobrido na noite anterior em nossas pesquisas. Literalmente ignoramos todos os avisos de Chalie para que dormíssemos cedo para acordarmos dispostas para a escola.

Após lermos o livro sobre as lendas dos quileutes, encontramos uma máscara pálida e assustadora que supostamente representava "os frios" na cultura da tribo. Depois investimos em pesquisas na internet e encontramos muitas outras culturas descrevendo eles de maneiras diferentes.

A maioria os apresentava como demônios da noite, diversos nomes diferentes, mas o principal eram os vampiros. Mortos-vivos com super velocidade, super força, pele fria e imortais.

Eu sempre os conheci como vampiros, criaturas branquelas e carecas sugadoras de sangue. Imaginar Jasper como um tinha me dado outra imagem para essa parte da mitologia.

Ao ouvir a campainha de casa tocar, desci as escadas o mais rápido que pude, achando que poderia ser Bella que tinha esquecido a chave. Com certeza não esperava encontrar Jasper Hale, apoiado no batente da porta da minha casa.

─ Achei que você pudesse entrar pela minha janela ─ Jasper riu, mas receio que não da minha piadinha e sim das minhas calças de pijama. ─ O que está fazendo aqui, senhor empatia?

─ Alice disse que você não iria a escola hoje, fiquei preocupado, mas vejo que você só está com preguiça ─ não pude deixar de sorrir envergonhada ─ Suponho que tenha muitas perguntas após ler o livro que comprou ontem.

─ Eu tenho ─ ele assentiu com a cabeça.

Não sei o que está dando em mim hoje, mas não consigo achar em mim, uma única parte consciente que tenha medo dele. A porra de um vampiro.

─ Vamos caminhar então, eu já tenho uma trilha em mente.

Enquanto eu trocava meu pijama por roupas mais adequadas para uma caminhada na floresta, tentei novamente procurar em minha consciência por qualquer resquício de inteligência. Não é possível que eu realmente esteja acreditando nisso tudo.

Mas eu estava.

Saímos da minha casa juntos, atravessamos a rua e adentramos a floresta densa. Eu imaginei que esse momento seria carregado de constrangimento, porque não nos conhecemos tão bem assim, mas a verdade é que estávamos ótimos com o silêncio entre nós.

Quando finalmente chegamos até o nosso destino, me impressionei com a imensidão de lugares que eu ainda não conhecia em Forks. Era uma clareira maravilhosa, no topo de uma cachoeira barulhenta.

Havia uma pequena cabana de madeira velha escondida por árvores altas, rodeada por um jardim de flores baixas. Begônias vermelhas, como aquela que Jasper me deu no dia em que me pediu desculpas.

─ Foi daqui que roubou o meu presente? ─ eu apontei, sorrindo em sua direção. Ele permanecia tão polido mesmo quando não estava rodeado de pessoas, a postura ainda tão perfeita.

─ Eu não roubei, esse terreno é meu. ─ Jasper sorriu com a minha expressão impressionada ─ As vezes, quando quero o silêncio ou apenas... lidar com as minhas próprias emoções, me escondo aqui.

Ele se sentou no chão, em meio a grama verde da clareira. Eu fiz o mesmo bem ao seu lado, ele parecia alheio ao meu olhar em sua direção, porque não conseguia desviar.