𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐣𝐚𝐬𝐩𝐞𝐫
EU ASSISTIA DE MANEIRA DISTRAÍDA ENQUANTO O SOL SE PUNHA, minhas mãos estavam perdidas em meio a grama fofinha onde eu havia me sentado. O som da cachoeira a poucos metros se misturando com o liquidificador do lado de dentro da cabana, me intriga o fato de que Jasper tenha um liquidificador sendo que ele nem come.
Voltei a me deitar, usando meus próprios antebraços como travesseiro. Voltei a contar nuvens, tentando encontrar desenhos peculiares em meio as massas de ar branca no céu.
O clima estava muito mais abafado do que o normal, o que não chegava nem perto do verão em Phoenix. Eu por exemplo, vestia calça jeans e camisa de manga comprida, mesmo assim agradecia o vento menos cortante e as chuvas menos frequentes.
Digam "olá" para setembro! O melhor mês do ano, diga-se de passagem, já que em apenas um dia, farei dezoito anos!
Ainda distraída com os formatos de nuvens no céu, mal notei a aproximação de Jasper. Segurava um copo de suco de laranja, meu preferido, fechado com tampa e canudo de papel - ele passou a respeitar mais o meio ambiente depois que o arrastei para um dia de limpeza de uma das praias em que ele não é proibido em Forks durante um dia nublado.
─ Ficou bom? Eu não tinha como provar... ─ o loiro deu os ombros ao se sentar ao meu lado.
─ Tá uma delícia. ─ elogiei depois de mais uma golada, e beijei sua bochecha como forma de agradecimento.
Depois voltamos ao silêncio, focada na paisagem exuberante e alaranjada enquanto o sol se punha atrás das árvores no horizonte da floresta. A cachoeira continuava a descer de forma barulhenta, quebrando-se na parte de baixo do pequeno lago composto de pedras escuras.
Ontem mesmo havíamos descido lá para molhar os pés e aproveitar o pouco do sol não escondido pelas nuvens. Foi um dia e tanto, já que me deliciei com a imagem de Jasper sem camisa, brilhando a luz solar. As cicatrizes em seu peito e braços eram sempre o motivo do seu desconforto, mas fiz questão de beijar cada uma delas depois de nos sentarmos sobre a grama novamente.
Teríamos continuado naquele estado preguiçoso, observando as nuvens e o sol, aproveitando o som da cachoeira, se eu não tivesse notado o olhar preocupado de Jasper ao meu lado. Ele me encarava com as sobrancelhas franzidas, nem ao menos conseguia disfarçar.
─ O que houve? ─ questionei com preocupação, já que Alice tem tentado prever qualquer coisa que envolva Victoria. No entanto, a ruiva não deu as caras desde que James foi morto.
─ Nada. ─ meu loiro respondeu de imediato.
─ Jazz, porque está com essa cara? É sobre Victoria?
─ Não. ─ negou novamente, abaixando a cabeça como se sentisse vergonha. Voltei a me aproximar dele, deixando o copo de lado para apoiar minhas pernas sobre as dele, nossos rostos agora muito próximos.
─ Me conta o que foi que te deixou tão preocupado.
Ele pareceu ponderar sobre o assunto, ainda não me encarava de volta. Jasper parecia genuinamente envergonhado com algo, e eu não conseguia entender se tinha sido algo que eu tinha dito ou feito.
─ As vezes me preocupo se você pode ser capaz de me ver do mesmo jeito, quando souber das coisas que fiz no passado. ─ meus ombros caíram, a insegurança dele me entristecia. Eu não conseguia entender como Jasper não podia se perdoar, seja lá o que ele havia feito antes e depois de sua transformação.
─ Nada do que você me diga que fez pode mudar o jeito que eu vejo você. ─ ele finalmente olhou para mim, ainda sem parecer convencido ─ Um homem bonito, corajoso, altruísta. E principalmente, que é capaz de mudar e reconhecer os próprios erros.
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𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒
Fanfiction𝐓𝐎𝐐𝐔𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 | Ao voltar com sua irmã gêmea não idêntica para sua cidade natal, Coraline Swan não espera muitas novidades da pequena e pacata cidade do condado de Washington. Bem, ela também não esperava encontrar um...
