𝐜𝐚𝐝𝐞𝐫𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬
PASSEI A TARDE PINTANDO NA VARANDA DA MANSÃO AINDA NA ILHA, primeiro mandalas e depois personagens de desenhos no meu antigo caderno de colorir, comprado por Bella quando tínhamos cerca de quinze anos. A tarde estava tranquila e o sol começava a se esconder gradativamente, lançando um brilho dourado sobre minha cabeça, o que me fazia refletir como um diamante bonito. O som dos lápis coloridos riscando sobre o papel do caderno era quase meditativo, e eu me sentia completamente imersa em meu mundo artístico de fantasia e criatividade, restaurando e revitalizando minhas energias.
Quando decidi fazer uma pausa, resolvi explorar um pouco mais a casa gigantesca em que estávamos hospedados. A mansão era realmente imensa e cheia de características que facilmente passam despercebidas à primeira vista. Jasper disse que nunca passou muito tempo aqui e nunca nem sequer pensou em morar aqui, longe de seus familiares. Mesmo assim, aquela casa ainda assim se parecia com um lar.
Em meio aos quartos antigos e isolados, esquecidos naquela casa grande, encontrei uma gaveta velha, e para minha surpresa, lá se escondia uma revista de desenhos, todos feitos a mão. Ilustrações antigas de vestidos cheios e de uma vida que não pertencia a esse século, páginas amareladas pelo tempo, espartilhos e chapéus velhos desenhados envoltos de flores silvestres. Um certo sentimento de admiração por Jasper cresceu em meu peito, ele sempre demonstrou um gosto refinado, mas percebi que subestimei o quanto ele valorizava a arte, as cores e seus próprios desenhos.
Ao voltar para a varanda, me sentei no chão e troquei o meu caderno de desenhos pelo o que encontrei escondido. Examinei página por página, cada desenho, cada traço simplesmente perfeito e firme. A visão da mansão ao entardecer era deslumbrante, e mesmo que Jasper tenha saído para fotografar, pensei sobre ele.
─ Querida, o que acha de irmos à vila? Aparentemente, alguns feirantes vendem tintas orgânicas. ─ meu loiro surgiu de repente, literalmente na velocidade da luz, usando de sua força e agilidade vampírica. Seus calçados estavam sujos com lama advinda da floresta, manchando o piso claro da varanda. Sua camisa antes branca tinha marcas de terra e em seu cabelo, alguns pedaços de galhos e folhas. Sua aparência era selvagem, o que eu estranhamente gostava.
─ Pensei que não quisesse ser reconhecido. ─ respondi, fechando o caderno para pousá-lo sobre o meu colo.
─ Mas eu sei o quanto você adoraria aquelas tintas. ─ ele deu os ombros com um sorriso bobo, me olhando ainda parado em pé e com as mãos nos bolsos da calça jeans larga e encardida. Parecia ter notado a revista que eu segurava no colo, sentada no chão com os pés descalços. ─ Eu acho que ela pertencia a alguém que eu realmente me importava Eu estava com ela quando fui transformado e nunca tive a coragem de me livrar dela.
─ Posso guardá-la, se quiser. ─ eu não sabia que a revista não era dele, e também não queria causar qualquer tipo de desconforto.
─ Não, acho que você vai ser uma admiradora melhor do que uma gaveta velha. ─ Jazz respondeu, tirando as mãos dos bolsos para sentar-se ao meu lado. Guardei o caderno do outro lado, ainda no chão, virando-me em sua direção para deixar um beijo casto em seus lábios. ─ Deixei algo sobre a nossa cama quando saí, mas acho que você nem se quer notou. Quero que o use hoje em nossa visita a vila.
─ Outro presente?
O loiro ao meu lado novamente deu de ombros, ainda sorrindo de maneira fofa, com as covinhas aparentes, o que me fez sorrir de volta. Jasper sempre tenta me agradar, de todas as maneiras possíveis, nunca desistindo. Ele deixa claro pelo olhar em seus olhos e pelos pequenos gestos diários o quanto me valoriza. Em todos os momentos que passamos juntos, desde as conversas profundas até os silêncios compartilhados, eu sabia que nossa conexão era única e verdadeira.
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𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒
Fanfiction𝐓𝐎𝐐𝐔𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 | Ao voltar com sua irmã gêmea não idêntica para sua cidade natal, Coraline Swan não espera muitas novidades da pequena e pacata cidade do condado de Washington. Bem, ela também não esperava encontrar um...
