𝐜𝐢𝐧𝐞𝐦𝐚
MEU SORRISO ERA IMENSO AO NÍVEL DE MAL CONSEGUIR ME AGUENTAR DE FELICIDADE, pulei no pescoço de Charlie em um abraço apertado enquanto o agradecia milhares de vezes. Meu pai cambaleou, tropeçando nos próprios pés para depois finalmente conseguir me segurar antes que os dois acabassem no chão. Por fim, riu. Ele acariciou minhas costas e me apertou mais contra si.
Uma semana! Foi uma semana inteira de testes infinitos e aulas tediosas para finalmente conseguir minha carteira de motorista e o direito legal de dirigir minha - não tão nova - moto. Era óbvio para mim, Charlie com certeza tinha mexido alguns pauzinhos para que o documento fosse agilizado e então Harry Clearwater havia finalmente trazido meu novo meio de locomoção para casa.
Eu me sentia uma nova mulher.
─ Eu espero que não me arrependa disso... ─ meu pai murmurou ao me soltar, me colocando no chão com cuidado.
Suas palavras acertaram um lugar exato em meu peito, um ponto fraco onde eu sabia que vinha errando com minha família e meus amigos. Sabia que vinha decepcionando a todos quem eu mais me importo, além de Henry - quem eu acho que mais me entende nos últimos tempos.
─ Eu sinto muito, pai. ─ Charlie suspirou. Ele caminhou na direção da sala, por onde eu entendi que deveria segui-lo, nos sentamos no sofá e eu me aninhei no cantinho, abraçando uma almofada. ─ Ainda tem certas coisas que... me lembram. Me lembram dele, em específico. Essas coisas ainda são bem difíceis de fazer, entende?
─ Como a aula de história? ─ papai sorriu levemente. Seu bigode escuro se curvou em um sorriso brincalhão e ele piscou para mim com um dos olhos. Eu assenti envergonhada, mesmo sem entender como ele poderia saber disso. ─ Tenho conversado bastante com o diretor do colégio, ele disse que suas notas em história caíram bastante e você nem aparece por lá.
─ Toda vez! ─ meus olhos brilharam em lágrimas, mas eu os esfreguei com raiva. Me recusei a chorar por ele por mais uma vez sequer. ─ É como se eu sentisse ele quebrando meu coração de novo.
Não deixei que ele visse meu rosto se tornando vermelho por tentar evitar as lágrimas e me deitei em seu ombro. Abracei a cintura do meu pai e me aconcheguei contra ele, aproveitando seu calor paternal e seu carinho, que irradiavam sempre quando estava perto de mim ou Bella.
Mesmo com sua falta de costume de toque físico, Charlie rapidamente relaxou sobre meu abraço. Ele envolveu um dos braços ao redor dos meus ombros e começou a acariciar meu cabelo levemente, arranhando meu coro cabelo em uma massagem gostosa.
─ Filha, quando pedi para Seth falar com você, foi porque sabia que ele era seu melhor amigo. Sabia que um pouco dos quileutes lhe faria bem. ─ papai suspirou, ele apoiou o queixo sobre o topo da minha cabeça e me puxou ainda mais perto. ─ Mesmo assim, ainda não consegue parar de pensar em Jasper Hale...
─ Não! ─ eu o interrompi, minha voz falhou. ─ Não fala o nome dele, por favor.
─ Vou dar a você, o mesmo conselho que dei a Bella. ─ meu pai agora se afastou, ele me segurou pelos ombros e me forçou a encará-lo. ─ Aprenda a amar o que lhe faz bem, esqueça o já te machucou.
Assenti com compreensão e voltei a abraçá-lo com afinco. Sei que ele falou apenas sobre minha amizade com Seth e Leah, mas não posso deixar de imaginar o quanto seu conselho se aplica para mim e Paul.
Jasper. Ele me machucou, e se soubesse o quanto o simples fato de pensar sobre ele ainda me machuca, talvez não tivesse feito o que fez. No entanto, Paul tem sido um analgésico melhor para os momentos de dor, melhor ainda do que a anestesia completa da maconha.
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𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒
Fanfic𝐓𝐎𝐐𝐔𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 | Ao voltar com sua irmã gêmea não idêntica para sua cidade natal, Coraline Swan não espera muitas novidades da pequena e pacata cidade do condado de Washington. Bem, ela também não esperava encontrar um...