𝐩𝐡𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐩𝐡

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𝐟𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚

PARA DIZER O MÍNIMO, eu estava ansiosa. Meu coração pulava tão rápido e tão alto dentro do meu peito que eu tinha quase certeza que Bella seria capaz de escutar se estivesse mais perto.

Minha gêmea estava jogada em minha cama, as costas apoiadas na cabeceira e uma almofada sobre o colo. Sua expressão delatava o quão entediada ela se sentia com o meu pequeno desfile, tentando descobrir qual roupa eu deveria usar para conhecer oficialmente a família Cullen.

Entre as trezentas opções de conjuntos variados, Bella fez questão de me humilhar com todas elas, dizendo o quanto eu estava exagerando e que aquele seria apenas um almoço para nos apresentar.

─ Como se você não estivesse super ansiosa também ─ apoiei as mãos na cintura, dessa vez vestia um suéter azul marinho coberto por uma jaqueta parka de cor escura, jeans e coturnos de salto delicados.

─ Cora, você é tão bonita e confiante. A família do Jasper vai te adorar ─ minha irmã se arrastou pela cama para se aproximar de mim, esgueirando sobre a beirada. Apenas suspirei.

─ Tem razão... sobre a parte de eu ser a irmã mais bonita e confiante. ─ Bells revira os olhos, mas continua sorrindo.

Bella voltou a se deitar e eu ocupei o lugar ao seu lado, enganchando nossos braços e deitando sobre seu ombro. A ansiedade ainda me corroía, mas talvez falar sobre aquilo aliviasse um pouco do estresse.

─ Eu só quero muito um daqueles romances de filme, sabe? Quero que ele me olhe com aqueles olhinhos dourados brilhando de novo. Quero que a família dele goste de mim e quero que ele goste de mim, do mesmo jeito que eu gosto dele.

─ Cora, você ainda tem dúvidas? ─ minha irmã se apoiou sobre o cotovelo, virando em minha direção com indignação ─ Jasper olha pra você, como se você fosse a única garota do mundo. A mais bonita, a mais inteligente, a mais tudo. Ele já gosta muito de você.

Mesmo com aquelas afirmações, mesmo com Jasper dizendo com todas as letras que eu era sua companheira e que fomos feitos pra ficar juntos, eu não podia deixar de sentir uma pontada de insegurança no peito. Principalmente prestes a conhecer sua família, sentia medo de que se eles não gostassem de mim, talvez aquilo influenciasse ele o suficiente para descobrir que não somos o que ele pensou.

Talvez o sentimento passasse rápido demais, assim como chegou.

Não demorou para que Edward chegasse para nos levar até sua casa, o que demorou foi o caminho até lá. Uma estrada de terra cercada por uma floresta escura e densa, árvores altas e mato pra todo lado.

Quando finalmente fora do banco de trás do volvo prateado de Edward, e agora em frente a casa dos Cullen, deixei meu queixo cair de surpresa. Aquela era a mansão mais bonita de Forks. A mansão mais bonita que eu já tinha visto em toda a minha vida.

Suas paredes, porta e janelas eram cobertas por vidraçarias transparentes deixando a casa bem aberta e agradável, além de muito iluminada. Aquilo era obra de um arquiteto experiente, e que com certeza tinha orgulho de seu trabalho grandioso.

─ É tão clara e aberta! ─ minha irmã elogiou, tão deslumbrada quanto eu.

─ O que esperavam? Caixões, calabouços e fossos? ─ Edward ironizou, nos guiando pelas escadas com corrimão de vidro. Não havia uma mancha sequer.

─ Era exatamente isso que eu esperava... ─ respondi ainda olhando ao redor com a boca aberta, meu cunhado apenas riu.

Do andar de cima era possível ouvir a música calma e de clara origem italiana, o cheiro era uma delícia, me lembrava os almoços na casa dos meus avós em Seattle.

𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 Onde histórias criam vida. Descubra agora