𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥𝐥𝐲 𝐞𝐢𝐠𝐡𝐭𝐞𝐞𝐧

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𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐳𝐨𝐢𝐭𝐨

DEITADA SOBRE O MEU MAIS NOVO TRABALHO DE FILOSOFIA, quase rolei da cama em direção ao chão com o susto das batidas frenéticas em minha porta alçapão. Me levantei esfregando os olhos e bocejando, ainda mal acordada enquanto me espreguiçava. O colar o qual Jasper me presenteou deixou uma marca de um coração desenhado em meu peito.

Os papeis os quais eu deveria entregar na minha primeira aula do dia estavam praticamente todos espalhados pela minha cama, no chão e minha escrivaninha. Mal tive tempo de tirar um deles colado em minha bochecha antes que meu pai entrasse no quarto.

Charlie vestia uma de suas costumeiras camisas xadrez, do tipo que gosto de pegar emprestado e nunca mais devolver, parecia animado ao carregar pequenos embrulhos quarto a dentro. Seria nosso primeiro aniversário em Forks desde que Renée nos levou para Phoenix. Bella no entanto, não parecia tão animada. Minha gêmea seguiu atrás dele com o rosto amassado de sono, ainda vestia o pijama.

Embora minha irmã não se sinta muito confortável com a ideia de completar dezoito anos, tentava claramente fingir quando estava comigo. Bella sabe como amo aniversários, sendo meus ou de outras pessoas. Geralmente, sou a pessoa que decora a data de nascimento de todos os meus amigos e planeja festas surpresas pela simples alegria de comer bolo.

─ Feliz aniversário! ─ meus dois intrusos prediletos exclamaram ao mesmo tempo, levando as mãos para o alto, sorrindo para mim.

─ Isso é tão fofo! Obrigada! ─ não pude deixar de bater palminhas animadas, sorrindo como uma criança.

Com certa dificuldade pelo sono ainda presente em meu rosto, juntei as páginas em ordem aleatória do meu trabalho, planejando grampeá-las mais tarde. Minha irmã se sentou a beirada da minha cama, uma caixinha de presente bem embrulhada sobre o colo. Charlie permaneceu de pé e me entregou seu presente com entusiasmo.

A caixa de tamanho médio, embrulhada com papel de presente colorido foi difícil de abrir, por isso depois de tanto tentar, acabei rasgando o plástico de maneira descuidada. Quase pulei de alegria ao ver o desenho feito pela minha versão criança, preso a um pequeno quadro de madeira. Uma paisagem colorida com cores completamente surrealistas, me lembro ter feito ao olhar pela janela do quarto do meu pai.

Pode-se dizer que Charlie foi meu maior apoiador na área das artes desde que me conheço por gente. E isso inclui a minha infância inteira, até mesmo quando eu desenhava meu pai em formato de palito e pintava um grande bigode cor de rosa - o desenho o qual ele enquadrou e usa de porta retratos sobre sua cabeceira até hoje.

Havia também na caixa, antes escondido pelo quadrinho colorido, um estojo de tintas aquarela, - minhas favoritas para pintura de paisagens - além de pincéis novos e rolinhos também.

─ Pai, eu amei! ─ eu ainda segurava meu quadrinho colorido entre as mãos quando abracei seu pescoço, ele beijou minha bochecha com carinho. ─ Nem posso acreditar que você ainda guarda esses desenhos horríveis.

─ Bom, eu costumava achá-los lindos. Por isso são a maior parte da minha decoração em meu quarto. ─ nós rimos levemente, Bella segurou o quadro e a caixa com o estojo para que meu pai pudesse me entregar o segundo presente que ele guardava. ─ Esse é da sua mãe.

Também embrulhado em papel de presente colorido, esse era muito menor. Segurei o pequeno presente, identificando rapidamente que se tratava de um livro, e não uma caixa. Ainda mais ansiosa, rasguei o plástico.

Não foi difícil reconhecer o pequeno livro sobre arte renascentista, sua história e seus mais conhecidos artistas. Tenho que admitir, esse tipo de pintura não é meu favorito, mas mamãe adora e me incentiva bastante nessa parte. Eu tento, mas realmente não me é agradável.

𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 Onde histórias criam vida. Descubra agora