𝐜𝐨𝐫𝐚𝐥𝐢𝐧𝐞 𝐢𝐬𝐥𝐚𝐧𝐝

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𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐥𝐢𝐧𝐞

UM HUMANO COMUM SE SENTIRIA ESGOTADO APÓS UMA VIAGEM DE 23 HORAS COMO A QUE FIZEMOS, felizmente eu já não era mais apenas uma humana comum. Jasper decidiu que usaríamos o jatinho particular de sua família para que não precisássemos nos preocupar em agir como humanos ou nos atentar a cor dos meus olhos. Eu adoro a maneira como ele cuida de mim e presa principalmente pelo meu conforto. Assim, tudo o que eu precisei fazer foi usar um óculos de sol quando o piloto nos cumprimentou e depois pude observar a paisagem do lado de fora das janelas do avião por várias horas seguidas.

Confesso que eu estava ansiosa para descobrir nosso destino, mas Jasper infelizmente não cedeu em me contar mais nenhum detalhe.

Assim que chegamos ao aeroporto da Austrália, pegamos um barco e navegamos com profissionais pelo Oceano Pacífico até ultrapassarmos o território do continente da Oceania, onde a ilha particular de Jasper se encontrava. Aparentemente, uma pequena península habitada por uma aldeia minúscula de falantes do inglês e cantonês, todos muito distantes da nossa casinha de madeira à beira do mar e cercada por árvores. Não havia ninguém por perto e tudo que ouvi derivado a som humano depois que os barqueiros se afastaram foram passos ao longe na floresta, uma senhora caminhando por meio as árvores densas, a quilômetros de distância.

─ E então, quando vai finalmente me contar que lugar é esse, exatamente? ─ eu perguntei a Jasper assim que ele saiu da casa, havia levado nossas malas para dentro, mas eu preferi esperar do lado de fora e aproveitar o sol em minha pele que a muito eu não via. Jasper brilhava, assim como eu. Sentou-se aos pés da espreguiçadeira em que eu me deitei e segurou meus tornozelos, massageando-me. ─ Você tem me dado explicações curtas, preciso entender porque você tem uma ilha.

─ Essa é uma ilha isolada que antes pertencia a Oceania, resolvi comprá-la à cerca de sessenta anos atrás. ─ respondeu ele, como se aquilo não significasse nada de importante. As vezes me esqueço que Jasper não tem a mesma idade que eu, me surpreendendo quando ele cita algum passado de anos maior do que a minha própria idade, e até mesmo dos meus pais. ─ Coraline é o nome dela.

Meu silêncio pareceu mais alto do que realmente, mas eu permaneci quieta com meus olhos fixos nele. O que ele quis dizer com simplesmente "resolvi comprá-la"? Malditos sejam os bilionários entediados, como diabos ele tem dinheiro o suficiente para comprar uma ilha já habitada antes? Ele quebrou alguma regra da ONU ou alguma lei dos Direitos Humanos com isso? Coraline era realmente o nome da ilha ou Jasper simplesmente decidiu também mudar o nome daquele pedaço de terra em minha homenagem? O loiro a minha frente sorriu para mim, divertindo-se com as milhares de perguntas que claramente rondavam a minha mente.

─ Não havia nenhum habitante aqui quando comprei a ilha, mas essa aldeia precisava de um novo lugar para morar, pois suas terras foram invadidas por uma empresa de construções não legalizada à quase quarenta anos atrás. Eu pensei que seria uma ótima maneira de manter a ilha em bom estado e permitir que a economia rode por aqui também. ─ Jasper nunca deixava de me impressionar com sua empatia, era doce mesmo enquanto pensava logicamente. E ainda assim, cheguei a conclusão de que não fazia ideia da quantidade de dinheiro que os Cullen possuíam. Porque diabos Jasper precisaria de uma ilha, ou qualquer um deles? ─ Resolvi nomeá-la Coraline, já que todas as mulheres da nossa família possuem a sua própria ilha.

─ Eles te conhecem? Sabem quem é você e como você os deu moradia?

─ Não, eu não apareço aqui à alguns anos, então a não ser que algum ancião ainda esteja vivo, ninguém sabe quem eu sou. Costumo deixar essa casa para alugar e contrato moradores da aldeia para manterem essa parte da ilha limpa e isolada.

𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 Onde histórias criam vida. Descubra agora