𝐦𝐚𝐮 𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨
UM ÚNICO FILETE DE LUZ NATURAL ATRAVESSOU AS CORTINAS DE COR CLARA DA CABANA, não foram suficientes para clarear todo o quarto, mas capazes de trazer ao menos um pouco de calor para o cômodo congelado. Após a noite agitada do dia anterior, Jasper abriu as janelas para que eu me refrescasse, mas como não sente a temperatura como eu, provavelmente se esqueceu de fechá-las depois. Muito fofo, eu sei.
Eu me mantive enrolada no conforto dos cobertores grossos e almofadados, abrindo um dos olhos para examinar o lugar ao meu redor. A cama parecia mais baixa do que na noite anterior, minha intenção não era quebrar nada, mas digamos que foi culpa do Jazz. A janela estava bem ao alcance dos meus olhos, as begônias vermelhas de Jasper cobertas por uma camada fria de gelo fresco assim como a grama de todo o longo jardim. Nas montanhas distantes no horizonte, pude ver a neve branca cair repetidamente, os picos já estavam completamente cobertos.
Silenciosamente, a porta do quarto abriu e Jasper caminhou lentamente na minha direção. Ele se deitou atrás de mim e beijou brevemente meu ombro, ainda por cima do cobertor grosseiro. Suas mãos alisaram meu cabelo e desceram até as minhas costas, deixando uma massagem relaxante, ainda deixando beijos gelados.
─ Bom dia, minha querida. ─ cumprimentou em um sussurro próximo a minha orelha, seu hálito gélido tocou meu rosto como um sopro de vento matinal. Jasper notou minha preguiça óbvia enquanto eu me escondia ainda mais com o cobertor, encolhendo os joelhos na altura do peito. ─ Vamos, meu bem. Está na hora.
─ Eu não quero, Jazz. Tenho um mau pressentimento. ─ respondi imediatamente, me virando na direção dele para que ele pudesse ver meu rosto. Eu esperava que ele me dissesse que tudo isso foi uma grande loucura, ou que chamaríamos os outros e fugiríamos antes que os recém-criados chegassem. Mas seria esperar demais, não seria?
─ Eu sei. Eu posso sentir o que você sente, lembra? ─ Jasper sorriu brevemente, de maneira acolhedora.
Ele tocou meu pescoço e beijou minha bochecha, prologando seu carinho lentamente, de maneira excitante. Eu senti uma grande tranquilidade tomar conta de mim ao mesmo tempo que suas mãos gélidas tocaram de maneira delicada o osso exposto da minha clavícula, abaixando o cobertor para que pudesse tocar o piercing no meu mamilo direito.
─ Você se sente melhor agora? ─ ele perguntou baixinho, deixando mais um beijo em minha bochecha. Seu dedo indicador e o polegar brincaram com a joia, girando-a ao passo que fechei meus olhos e suspirei pesadamente. ─ Eu achei que você já estaria um pouco mais relaxada depois da longa noite que tivemos.
─ Relaxada e cansada. ─ corrigi com um suspiro ofegante, segurando os cachos de sua nuca com um aperto forte. Queria trazê-lo para mais perto e voltar a fazer o que fizemos de melhor na noite anterior.
─ E marcada. ─ completou, lambendo uma faixa longa do meu pescoço, onde desconfiei haver um chupão. Eu mal queria explicar sobre isso a Charlie. Ele então se afastou repentinamente, ainda com os olhos presos aos meus seios nus ─ Agora vamos, você precisa se vestir.
Jasper permaneceu com o sorriso safado, mas mostrou a mão para que eu o segurasse e finalmente me levantasse, o que eu fiz a contragosto. Minhas pernas doíam e eu me sentia cansada e sonolenta, o vento que atravessou a janela também não me ajudou muito além de me arrepiar por completo, o que me fez agir ainda mais rápido.
Segurei um dos lençóis na altura do peito e corri em direção ao banheiro, caminhando na frente de Jasper na intenção de que ele pudesse ver algo pela transparência do tecido. O que tive certeza que ele fez quando senti suas mãos cercarem a minha cintura mais uma vez para deixar mais um beijo em meu ombro, depois finalmente me deixando ir.
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𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒
Fanfiction𝐓𝐎𝐐𝐔𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 | Ao voltar com sua irmã gêmea não idêntica para sua cidade natal, Coraline Swan não espera muitas novidades da pequena e pacata cidade do condado de Washington. Bem, ela também não esperava encontrar um...
