𝐡𝐨𝐭𝐞𝐥 𝐞𝐦 𝐩𝐡𝐨𝐞𝐧𝐢𝐱

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𝐡𝐨𝐭𝐞𝐥 𝐞𝐦 𝐩𝐡𝐨𝐞𝐧𝐢𝐱

EM MEU PONTO DE VISTA, não demorou mais que alguns minutos para que chegássemos no hotel em Phoenix, já que dormi durante todo o caminho mesmo. Assim que chegamos, Bella e Hailee se juntaram no quarto para dormir um pouco enquanto eu me joguei junto a Emmet no sofá da sala de estar.

Até tentei ligar para Renée, mas não é surpresa que ela não tenha me atendido, ela nunca atende mesmo. Apenas deixei um rápido recado, provavelmente acumulando junto dos que meu pai deve ter deixado também.

Apoiei o rosto no braço do sofá, tentando acompanhar a velocidade de Emmet ao mudar o canal da televisão. Ele parecia tão entediado quanto eu, mas sabíamos que por motivos diferentes.

Enquanto o vampiro se sentia incomodado por não ter se juntado aos seus irmãos na "divertida" caçada por James. Eu me sentia completamente inútil em não ter como ajudar, além do fato da culpa de tê-los metido em uma situação tão perigosa.

─ Você precisa comer. ─ Alice se aproximou com uma bandeja, ela havia acabado de chamar o serviço de quarto. Ao notar minha feição nada animada, se sentou na poltrona a frente ─ Cora, Jasper vai brigar comigo se você tiver um sequer arranhão, quem dirá se perder peso!

Não pude deixar de rir e finalmente dei uma golada no suco de laranja da bandeja, apenas para acalmá-la um pouco. Eu estava ansiosa demais pra comer, podia sentir meus órgãos se revirarem dentro de mim.

O simples citar do nome dele me desestabilizava, me preocupava. Se algo lhe acontecesse, nunca iria me perdoar.

─ Posso fazer uma pergunta? ─ pedi, deixando de lado o prato com pães de queijo e bolo de cenoura. Os dois vampiros assentiram. ─ O que é um rastreador?

─ Nossa, você faz pergunta difícil, né? ─ Emmet ironizou, se esticando ainda mais no sofá.

O vampiro que mais se parecia um armário de músculos finalmente tinha encontrado um canal de televisão que o agradasse. Um desenho animado e bem colorido, ele era mesmo um ursinho enorme.

─ Olha, não precisam me poupar. Não sou uma boneca de porcelana!

─ Mas é humana. ─ eu revirei os olhos para a frase de Emmet enquanto Alice soltou uma risadinha, escondendo o sorriso com a palma das mãos.

─ É tão difícil assim sobreviver a um rastreador? ─ reformulei minha pergunta, dessa vez me focando em Alice a minha frente.

A vidente suspirou e segurou minhas mãos, pude notar que aquele assunto tirava ela da zona de conforto, provavelmente a deixava bem incomodada. No entanto, eu precisava saber se realmente tinha chances ou se estava apenas desperdiçando o tempo deles.

─ É difícil. ─ Alice assentiu, mas apertou levemente a palma das minhas mãos, ela conseguiu me confortar de uma maneira carinhosa como Hailee sempre fazia ─ Mas não é impossível, eu fugi.

─ Você já o conhecia, não é?

A vampira voltou a assentir, ela tirou a bandeja do meu colo e se aproximou ainda mais. Ela me transmitia honestidade, era bom ver alguém me passar ao menos um pouco de sinceridade sobre o que realmente estávamos enfrentando.

─ Eu já costumava ter visões bem antes de ser transformada, eu geralmente compartilhava as mais importantes, mas meus pais não acreditavam. ─ Alice pareceu voltar ao passado, quase como se conseguisse ver tudo acontecendo de novo, diante de seus olhos ─ Até o dia que eu previ a morte da minha própria mãe.

Ela negou com a cabeça, pude ver seus olhos dourados que sempre brilhavam de esperança e animação se transformarem em medo. Era como se Alice estivesse revivendo todos aqueles momentos traumáticos, tudo com a mesma intensidade.

𝐃𝐄𝐀𝐃𝐋𝐘 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇, 𝑗𝑎𝑠𝑝𝑒𝑟 ℎ𝑎𝑙𝑒 Onde histórias criam vida. Descubra agora