Capítulo 25

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Bianca

Dentro do carro eu olho a tela do meu celular vendo as horas e impressionada por ter passado tão rápido. Tô bem relaxada, só com um pouquinho de incômodo lá em baixo. Mas hoje a minha noite foi perfeita, depois do sexo eu jurava que ia ser maior climão, mas ele ficou conversando comigo e eu continuei relaxada, tô até levitando já já...

Olho pra ele que dirige calado com um boné pra trás, sem camisa, só tá usando um short de jogar futebol, ele gira o volante chegando pertinho de um muro que fica do outro lado da rua da minha casa. Quando ele desliga o motor do carro eu me inclino trocando beijo no rosto com ele e saio do carro, ouvindo ele abrir a porta dele também.

Borges: Dá um beijo direito, pô - dou a volta pelo carro olhando o movimento bem fraquinho aqui na rua e me aproximo dele - tá toda desconfiada.

Eu chego pertinho colocando as mãos na cintura dele e me inclino quando ele abaixa o rosto me dando um selinho que logo vira um beijo, ele coloca a mão na minha bunda e eu tiro já sabendo que ele ia apertar.

Eu: Não aperta não - eu olho pro rosto dele que ainda tá arranhado - tá doendo.

Borges: Doendo? - eu confirmo olhando a boca dele como tá vermelhinha - mas eu nem fiz nada demais, pô - ele passa os braços pela minha cintura alisando a minha bunda - toda fraquinha, quero ver quando eu pegar pra bater mermo.

Eu: Coitado - dou risada abraçando ele - não vai bater, não gosto.

Borges: Tu que pensa - ajeito as sobrancelhas dele que tá bagunçada - vai lá, entra - me despeço dele dando mais um beijo e vejo o carro prata sumir pela esquina quando ele aumenta a velocidade.

Eu caminho pegando minha chave na bolsa e entro em silêncio por achar que minha avó tá dormindo. Quando fecho a porta que ligo a luz eu vejo ela sentada na poltrona com a televisão ligada. Deixo ela lá e vou tomar um banho pra tirar essa sensação de ardência que eu tô sentindo ainda.

[...]

Caminho pela rua vendo a moto passar do meu lado e o cara vira o rosto mandando beijo pra mim, idiota. Dou uma corridinha quando vejo o mochila lá na frente parado conversando com um homem, me aproximo dele que faz um toque com o homem e vem na minha direção.

Mochila: Tá perdida, dos cacho?- ele passa o braço pelo meu pescoço.

Eu: Preciso chegar em uma casa aqui, mas não sei por onde ir - mostro o lugar que a mulher me passou e ele sorri com os dentes de aparelho olhando pra mim.

Mochila: Bora lá que eu te levo - eu caminho junto com ele subindo a ladeira da próxima rua - aproveito e fumo um com os parceiro, sabe como é né?

Eu: Sei de nada não, tu só tem 16 anos - dou a minha maleta pra ele segurar - tá fumando maconha mesmo?

Mochila: Claro, porra! Tu acha que eu faço o que com essa minha mochila?

Eu: Vou fingir que não sei, se tua mãe souber tu tá ferrado, seu besta.

Mochila: A filha dela é uma puta, fuma nas horas vagas e eu sou o perdido, né? Tudo no meu cu mermo, nasci pra tomar no cu.

Além do ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora