Capítulo 55

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Bianca

Me viro vendo o meu primo parado na porta de casa, no mesmo momento eu sinto como se o meu coração desse uma relaxada, ainda mais pelo sorriso dele. Então provavelmente os outros estão bem também, corro e dou um abraço apertado nele, vendo a Monique sentada no sofá, olhando pra nós dois.

Braz: Pela primeira vez demonstrando que gosta do primo né safada? - ele fala e eu continuo abraçando ele, sentindo meus olhos lacrimejando - Tive que morrer pra tu me dar carinho - eu dou risada me afastando dele.

Eu: Para de ser idiota, Hugo - sorrio, sentindo as lágrimas descendo - Você tá bem mesmo? - ele confirma e eu pergunto como quem não quer nada - E os seus amigos tão bem também?

Braz: Tá, pô, só um segurança do Borges, que morreu - confirmo lembrando do menino que passou no jornal - O Gala tomou um tiro, mas o resto tá tudo tranquilo - confirmo passando as mãos no rosto, ele deixa a mochila em cima do sofá e a Monique fala com ele.

Monique: Que bom que tá vivo, primo - eu olho pra ela, vendo o Hugo tirando o tênis - Juro que pensei que tu tinha morrido junto com os seus amigos - ele me olha franzindo o rosto e ela continua - Então aquele teu amigo gostoso tá bem também?

Braz: Morri não, filha - eu ajeito meu vestido no corpo e junto uma mão na outra, sentindo um friozinho - Qual amigo tu tá falando? É o Borges? - ela confirma e eu passo a língua nos lábios, prestando atenção - Gostou dele mermo?

Coço o cantinho da boca, prestando atenção nela que dá uma risadinha forçada. Essa menina já tá me irritando de um jeito que eu não sabia que era possível sentir.

Monique: Me chamou a atenção - ela fala e o Hugo sorri, colocando o tênis pro lado - Muito gostoso, cara.

Braz: Ele percebeu isso - ela dá risada, cruzando as pernas - Eu falei que ia passar teu número pra ele e o cara aceitou, tá ligada? - franzo as sobrancelhas, ouvindo isso - Mas depois ele falou que era brincadeira e não queria, então nem passei - mexo minhas mãos, me sentindo incomodada.

Caminho até à cozinha, indo pegar um copo de água, a porta do quarto da minha avó tá aberta, daqui a pouco o Hugo fala com ela pra deixar ela relaxada. Pego o copo, ouvindo a água cair no copo, enchendo até a metade, enquanto ouço as conversas dos dois lá na sala.

Monique: Mas não precisava tu passar não, primo - eu levo o copo até a boca, dando um gole no líquido gelado - Se por esses dias tiver baile, eu mesma consigo.

Braz: Quero ver se tu é a bichona mermo - ele dá risada e se levanta vindo até aqui, parando na porta do quarto da minha avó - Ela tá dormindo tem tempo?

Eu: Não, dei calmante pra ela e um tempinho depois ela dormiu - chego perto dele e vejo ele entrando no quarto pra acordar ela - Vai com calma, se não ela vai pensar que é defunto - falo sorrindo e ele manda dedo pra mim.

Eu vejo ele se abaixar ao lado da cama e deixo os dois ali no momentos deles. Caminho até o sofá e me sento, vendo a porta de casa aberta e a Monique lá fora. Respiro fundo olhando a televisão passando na novela.

Olho minhas unhas fazendo um bico na boca, me dando vontade de ver o Victor, eu quero ver ele ainda hoje. Fiquei bem preocupada hoje, uma sensação bem ruim no peito, então eu quero mesmo que ele venha aqui pra eu poder ver como ele tá. Pego meu celular no sofá, reparando na Monique entrando de novo, mando mensagem pra ele e desligo a tela, esperando essa praga ir deitar.

Depois de uns minutos, o Hugo aparece já de banho tomado e uma mochila nas costas, eu estreito os olhos pra ele que bate na minha cabeça.

Eu: Vai dormir fora? - ele confirma e eu já até sei pra onde ele vai - Vai ver a Thalita?

Além do ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora