Capítulo 113

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Bianca

Depois de sair da clínica, a gente voltou pra minha casa, eu tô bem felizinha, mas não consigo deixar de ficar preocupada, ainda é tudo muito recente pra mim e o tempo tá passando tão devagar na minha cabeça, que eu fico com medo dessa lentidão dele, só quero uma passagem de tempo pra saber como vai ser lá na frente. Eu me sinto presa a muitas coisas, tenho dificuldade em entender alguns propósitos na minha vida, mas tô tentando entender o sentido de cada coisa pra eu não me martirizar tanto.

O Clóvis encosta as patas na lateral da minha barriga e fica em pé, mexendo as duas patinhas no meu corpo, parecendo que tá fazendo massagem. Eu dou risada, sentindo cócegas e o Victor me ajeita no colo dele, tô sentada de frente pra ele, já tomei banho e tô usando uma camisa dele, esperando ele terminar de cortar o cartão.

Borges: Tem que ter paciência pra cortar e eu não tenho - ele sobe o papel da ultrassom e passa a tesoura pelas laterais, tirando as rebarbas - Tá retinho, né? - eu confirmo e ele deixa a tesoura na bancada ao lado, me mostrando a ultrassom - Agora que eu vou colocar na minha carteira, depois quero uma 3x4 deles dois.

Eu dou risada e ele coloca o quadradinho dentro da carteira, numa parte de plástico transparente, que dá pra ver a imagem. Eu fiquei bem sem jeito na frente da médica, porque eu sou a mãe e mãe tem todo um clichê de chorar, de sentir tudo e na hora quem sentiu foi o pai. Só conseguia ver os borrão, ele todo feliz e eu chorando, pensando se eu era uma péssima mãe, mas agora eu dou risada. A parte que mais me tocou foi o momento de ouvir o coraçãozinho, fiquei louquinha, só ouvindo de novo pra ter a sensação. 

Eu: Não vou aguentar a sua ansiedade por 6 meses, olha como você já tá, amor - ele dá risada, fechando a carteira e eu abro meus braços, abraçando o pescoço dele - Praticou tanto a lei da atração que veio em dobro, queria ter essa sorte.

Borges: Bagulho louco pensar que eu meti dois filhos logo no início, porque a gente não tem nem 4 meses juntos e tu tá com 3 meses - ele levanta a blusa folgada em mim, olhando minha barriga e eu tampo minhas pernas, porque tô sem calcinha - Já tá querendo aparecer, ainda tem a listra na barriga, vai ficar muito linda a minha grávida - eu dou risada e ele sobe mais a blusa pelo meu corpo.

Eu: Para de subir, eu tô pelada praticamente - olho pra porta fechada e o Clóvis desce da cama, indo pro banheiro, ele ama dormir atrás da porta - Minha avó saiu e já vai chegar, para de ser tarado.

Borges: Eu não tô fazendo nada, tu que quer e não tá sabendo pedir - eu arqueio minhas sobrancelhas e ele passa a mão pelo biquinho do meu peito, eu encolho meu corpo de imediato, sentindo a sensibilidade - Tu não quer me dar hoje não? - eu passo a mão pelo pescoço dele e nego, jogando meu cacho pra trás, vendo ele cair de novo, enquanto o Victor me puxa mais pra cima.

Eu tento sair de cima, dando risada, mas ele segura na frente do meu pescoço me mantendo no lugar, ouço um resmungo baixo saindo da boca dele. Eu quero dar pra ele como sempre, mas tenho medo da minha avó chegar e me ver aqui, aí sim seria o fim da minha dignidade. Mas eu esqueço da minha avó, quando sinto a barba dele passando pelo meu pescoço, enquanto eu sinto meu quadril sendo pressionado pra baixo, tento falar pra ele parar, mas caio na tentação de novo, quando o cavanhaque passa pela pele atrás da minha orelha, causando um atrito tão gostoso, que me faz puxar o rosto dele pra perto de mim.

Eu vejo o sorriso de lado na boca dele e desisto, porque me sinto derrotada, mas ele vem de novo e puxa meu rosto com uma mão só, mergulhando a língua na minha boca. Passo a mão por nós dois, abaixando o tecido da blusa, mas ele tira minha mão, prendendo atrás do meu corpo, enquanto vem pra cima de mim, fazendo meu corpo pender pra trás ao sentir o impacto do beijo lascivo. Pressiono meus olhos, beijando ele de volta, o beijo calmo vai se intensificando a cada segundo e eu me afasto, sentindo a mão dele passando pela minha bunda, vindo pra buceta. 

Além do ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora