008 | Festa de gente rica

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Kali Mulen

── Perfeita. ── Xavier fala assim que eu paro de frente pro espelho

── Ficou melhor do que eu pensei.

Eu estava usando um vestido preto longo com um decote nos seios e na perna, um salto preto, cabelo solto e uma maquiagem um pouco marcada.

── Tá pronta? ── Bill pergunta entrando no quarto e fica me encarando

Desde ontem ele está agindo um pouco estranho e eu acho que já sei o que é.

── Sim. ── Falo pegando minha bolsa ── Xavê cadê o cartão?

── Toma Siny. ── Diz me entregando e Bill fica olhando a gente conversa e se chamar por apelidos ── Já vou em. Tchau Bill.

── Tchau.  ── Fala vendo ele sair  ── Já estão íntimos?

── Eu não diria íntimos, mas próximos sim. ── Falo saindo do quarto e Bill fica me encarando ── Algum problema?

── Cadê o bracelete? ── Levanto o braço mostrando o mesmo ── Me dá.

── Não. ── Volto a andar pelo corredor com ele atrás de mim

── Kali não queira testar a minha paciência.

── Você me deu o bracelete. Não vou devolver nada.

── Você vai me devolver por bem ou por mal? ── Fala apertando meu braço.

Não sei porque mas eu gostava daquela sensação, de ter alguém me machucando ou algo assim. Não sei quando eu comecei a gostar dessas coisas.

── Isso não funciona com ela. ── Tom fala entrando no meio de nós dois ── Devolve a porra do bracelete antes que eu quebre seu braço.

── Ele me deu. ── Falo e Bill puxa o bracelete sem se importar de me machucar ── Bruto.

── Ontem você não reclamou. ── Fala cruzando o braço com o meu ── Vê se não vai fazer nenhuma besteira lá.

── Ela não vai. ── Tom diz cruzando seu braço com o meu outro ── Ela não quer morrer né Kali.

── Não sei, ultimamente sete palmos abaixo da terra tem parecido um lugar confortável. ── Provoco e sinto um puxão no meu cabelo ── Para.

── Você não gosta de sentir dor? ── Tom diz ── Se fizer alguma gracinha irá cavar sua própria cova e depois se enterrar nela.

── Vocês se estressam muito fácil.

── Você ainda não nos viu estressados. ── Bill diz abrindo a porta do carro e eu êxito em entrar ── O que foi agora?

── Chegando lá me apresentem como Sin.

── Por que? ── Tom pergunta

── Porque eu tô pedindo, da pra ser?

── Tanto faz.

"A Kali perde, a Sin faz perder."

Eu sempre repetia essa frase pra mim mesma. Eu criei a Sin com o intuito que ela fosse tudo o que não fui, que conseguisse enganar e não ser enganado, que passasse uma impressão de ingênua mas não fosse.

Tudo que a Kali não é.

A Kali é uma medrosa que precisou diversas vezes se esconder das pessoas, a Kali tem medo de ser vista em quanto a Sin nasceu pra ser lembrada. As vezes eu queria enterrar a Kali, enterrar cada pedacinho dela até que não sobre nenhum resquício.

Os sentimentos que nos ferem devem semprer ser esquecidos. Sufocados até que não sobre nada, para que nunca possam nos enganar ou machucar usando eles.

── Chegamos. ── O motorista fala  parando o carro

Assim que desci do carro me deparei com uma casa muito bonita. Era bem iluminada e tinha vários carros pardos com pessoas muito bem vestidas saindo deles, tinha uma escada que levava até a porta da casa.

── Quero que repare bem no dono da festa. ── Tom sussurra no meu ouvido e sinto meu corpo estremecer.

Ele cruzou o braço no meu e Bill fez o mesmo com o outro me deixando no meio dos dois. Entramos e várias pessoas nos olhavam, na verdade tenho pra mim que eles olhavam pros Kaulitz.

── Bill querido. ── Uma loira fala se aproximando.

── Olá Keroly. ── Fala e eu prendo a risada ao ouvir aquele nome um tanto diferente

── Você nunca mais me chamou. ── Fala passando a mão em seu decote, ela quase implorava para que ele olhasse ── Eu sinto sua falta.

── Mas eu não. ── Bill fala grosso ── Quando eu sentir irei te procurar até lá evite falar comigo.

Caralho, se eu fosse ela não deixava.

── Mas Bill...

── Mas nada, vamos... Sin.
── Quase que esse vampiro falsificado erra meu nome

── Essa garota ainda não se mancou? ── Tom fala pegando uma taça de sei lá o que

── Uma hora ela se toca. ── Bill diz e começa a reparar em tudo a nossa volta

── Eu não vou beber nada?── Pergunto e eles olham ── Fala sério. ── Quando me soltar deles Bill segurou me braço mais forte

── Vai pra onde?

── Beber alguma coisa já que vocês bnao pegaram nada pra mim.

── Vê se não demora lobinha, se não eu vou atrás de você. ── Tom diz baixo

Me virei indo em direção ao rapaz com uma bandeja e pra mina surpresa eu já o conhecia.

── Eliot? ── Pergunto e ele se vira me olhando confuso ── Sou eu a Melen

── Kali. ── Pergunta e eu assinto. Ele apoia a bandeja na mesa e me abraça ── Quanto tempo, achei que você estava morta.

── Vaso ruim não quebra. ── Falo e nós rimos.

Eliot é um amigo meu de infância, ele morava bem perto da minha casa e estudava na mesma escola que eu. Éramos Inseparáveis, isso até o eu conhecer o Nate.

── Como fugiu daquele capeta?

── Eu dei meus pulos. ── Falo pegando uma taça da bandeja ── Mas me fala, qual é a dessa festa?

── É só uma festa de gente rica e otario que gosta de gastar dinheiro. ── Diz e olha pra uma mulher que o chamava ── Vou ter que ir Kali.

── Espera, me fala o intuito dessa festa.

── Digamos que eles gostam de vender coisas ilegais. ── Fal e sai com a bandeja.

Que tipo de coisas seriam essas? Olho por todo salão e avisto um homrme que estava sendo muito cumprimentado e também estava muito bem vestido.

Conferi se o boa noite estava na bolsa, ajeitei a postura e peguei uma  taça de vinho.

Vamos Sin, você consegue é só mais um homem otario que você vão enganar em troca de conseguir o que precisa. Caminhei devagar até o homem mas antes que eu pudesse chegar nele meus olhos me levaram pra uma garota que usava roupas bem simples e estava parada em um corredor vazio, logo ela foi levada por um homem e decide segui-los.

𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora