Kali Mulen
Já havia passado uma semana desde o meu "sequestro" e eu já estava pensando no que falar quando eu voltar.
Não sei o que aconteceu, mas hoje estou me sentido um pouco estranha. Talvez, eu esteja com um pouco de pena dos gêmeos, coisa que eu não deveria ter ou porque hoje é aniversário de uma penssoa que eu sinto falta. Barbosa me disse que Bill voltou para Alemanha muito abalado depois de brigar com o pai. E que Tom ainda está aqui no Caribe me procurando.
Ontem conseguimos destruir três bases deles lá da Alemanha. Estão cada vez mais perdendo o patrimônio e as alianças. Não só Cater, mas outras três máfias estão pensando em arrancar a cabeça dos dois. Estou ficando preocupada, porque de certa forma eu que comecei isso, mas o que posso fazer? Qualquer atitude que eu tome a favor dos Kaulitz irá me tornar fraca.
── Tá pronta pra voltar, patroa? ── Pietro pergunta entrando no quarto e eu assinto ── O que houve?
── Nada. ── Respondo encarando meu reflexo no espelho ── Não houve nada.
── Te conheço muito bem, Kali. ── Ele diz me puxando para sentar na cama ── Sei que tem algo errado com você.
── Eu só.... não se estou agindo da forma correta. ── Falo olhando para minhas mãos ── As vezes eu sinto que não era isso que eu devia está fazendo.
── Como assim? Você é ótima nisso. ── Ele diz levantando meu rosto ── Seu pai teria orgulho de você.
── Eu sei... ── Volto a olhar minhas mãos ── Mas não sei se minha mãe teria.
── É aniversário da sua mãe, não é? ── Ele pergunta e eu concordo ── Não se sinta mal por fazer o que deve fazer.
── Esse é o motivo. ── Falo ── Talvez, eu nao precisasse fazer isso tudo que eu fiz. Deixar o dinheiro controlar minhas ações e me perder de tudo que eu acreditava.
── Não seja fraca! ── Ele diz em um tom forte e eu olho sem entender ── Se continuar dizendo essas coisas, todos vão pensar que você está com medo e que não é capaz de fazer o que precisa.
── Ninguém é maluco de falar isso pra mim.
── Na sua frente não. ── Ele diz sério e aponta para a porta ── Aquelas pessoas querem o que você tem, a maioria ficou com ódio quando seu pai chegou com você dizendo que uma garota de dezoito anos mandaria neles.
── Eu não estou entendendo o que quer dizer com isso, Pietro.
── Quero dizer que eles estão a anos esperando que você tropece para te apunhalar. ── Pietro se cala por um tempo ── Pense bem Kali, quando o carro explodiu na semana passada. Eu que liguei avisando, sabe por quê? Porque aquilo era pra você.
── Queriam me matar?
── O que acha? ── Pergunta irônico ── A Layla não gostou quando descobriu que eu te liguei pra avisar que precisávamos falar com você. Ela queria que a Anelly te encontrasse.
── Mas fui eu quem a colocou aqui.
── Pessoas invejosas não se importam com a ajuda que você dá. ── Ele diz ──
Você sempre teve um jeito de liderar essa máfia que eles nunca concordaram.Realmente quando eu cheguei aqui eles matavam muitas pessoas por motivos banais e quando eu decide que não seria mais desse jeito me acharam fraca.
── Escute bem. ── Ele me puxa para perto ── Terá um momento em que vai ter que escolher entre a sua vida e a desses garotos.
── Eu nunca disse que mataria eles. ── Afirmo ── Meu plano nunca foi esse.
── Eu sei. ── Ele fala ── Mas vão fazer de tudo para colocar você em uma luta com eles, porque sabem seu ponto fraco...
── Eu não tenho pontos fracos. ── Me levanto da cama pegando minha arma ── E pode avisar aos seus companheiros para que não tenham dúvidas que se eu precisar matar essa equipe inteira e arrumar outra, assim farei.
Pietro engole seco e sai do quarto.
Não sou a favor de matar ninguém, mas caso eu precise vou fazer.
Eu sempre soube que muitos aqui não gostam muito de mim, mas que planejavam me derrubar é demais. Devo está pegando muito leve ultimamente e eles acabaram esquecendo seus devidos lugares.
── Antes de ir quero que prestem atenção. ── Falo chamando atenção de todos que estavam ali ── A última palavra quem dá sou eu. Não quero que ninguém aqui pense nada além do que eu mando, vocês não são pagos para pensar.
Todos me encaravam quietos prestando até em tudo que eu falava.
── Vocês já sabem que tem gente querendo matar os Kaulitz. ── Falo simples ── Não quero que ninguém se meta nesse assunto.
── Se a gente não fizer nada o Cater vai desconfiar. ── Layla diz
── Problema é dele. ── Falo firme ── Esse plano é meu e quem decide sou eu. Se eu quiser que eles morram eu mesma irei matá-los. ── Ela me olha com raiva. Consigo sentir isso ── Vamos, Pietro.
── Arrasou, patroa. ── Ele diz assim que entramos no carro e eu não falo nada. Do mesmo jeito que ele sabia dos planos de Layla e me contou ele vai fazer o mesmo se eu contar os meus a ele ── Sabe que pode me falar de tudo, patroa? Estou do seu lado.
── Do mesmo jeito que a pouco estava ao lado de layla. ── Falo e ele me encara surpreso ── Eu já vi vocês se agarrando pelos cantos.
── Isso não tem nada haver. ── Pietro se defende e Vante entra no carro sentando no banco de trás ── Eu não sou cromo Layla.
── Calma, em momento algum disse que é como ela. ── Falo calma ── Você é pior que ela. ── Ele me olha ── Está tentando se bandiar para o meu lado como um ratinho traidor.
── Não.... eu nunca...
── Relaxa, Pietro. ── Passo a mão pela perna do garoto que estava coberta por uma calça de moletom ── Eu não irei fazer nada a você nem a ela. Gosto de que os traíras fiquem bem juntinho de mim.
Não acredito que Layla tenha poder de me derrubar. Ninguém lá tem, então não vou me preocupar com isso por agora. Vou concluir meu plano sem distrações, mesmo que minha cabeça ainda esteja martelando na tecla de que estou agindo errado.
── Vai aparecer sem nenhum machucado eles vão desconfiar.... ── Bato meu rosto contra o painel do carro antes que Vante terminasse de falar ── Caralho.
O sangue escorreu pelo meu nariz e eu limpei na roupa, a mesma que eu estava usando aquele dia. Fiz uns rasgos e deixei meu cabelo um pouco bagunçando.
── Cuidado com o que irão fazer na minha ausência. ── Falo saindo do carro e caminhando até um telefone no meio do parque que era bem próximo da casa do Lacerda. Disquei o número de Tom e não demorou para que ele atendesse ── Tom, vem me buscar, por favor...
── Kali?
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Tá vendo, Kali? Culpa tua vão querer matar Kaulitz.
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𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢
Fanfiction[Fanfic Tokio Hotel] [+16] Kali Mulen é uma mulher que vive de golpes e preza pelo dinheiro. Os irmãos Kaulitz são donos da maior máfia alemã que comercializa armas. O interesse em expandir os negócios e a ambição de Kali acaba unindo os três em um...