Tom Kaulitz
A noite caia e eu já estava me arrumando para a cerimônia que aconteceria aqui mesmo, no jardim. O tabelião vai vir e não terá padre. Mesmo nenhum de nós sendo religioso, não queremos brincar com isso.
Nunca me imaginei subindo ao altar como noivo, ainda mais nestas circunstâncias. Mas o que posso fazer se a vida me obrigou a agir dessa maneira. E pensando bem, a ideia de me casar com a Kali não parece mais ser tão ruim.
── If you see us in the club, we'll be acting real nice. ── Canto ajeitando o terno preto.
Acho que peguei a mania da Kali de ficar cantando o tempo inteiro.
── Está feliz? ── Vejo o reflexo de Bill atrás de mim com um cantil em uma das mãos.
Até que ele tem bebido menos ultimamente.
── Feliz não seria a palavra, mas sim satisfeito.
── Que bom. ── Ele leva o cantil até a boca ── Estou com o mesmo sentimento.
── Ouvi errado ou estão falando de sentimentos? ── Kali fala entrando no quarto.
Ela estava usando um vestido branco longo, aberto nas costas e em uma das pernas, na frente também tinha um decote profundo.
── Que foi?
── Você está bonitinha.. ── Falo e ela abre a boca em um "o" perfeito.
── Bonitinha um caralho. ── Da uma puxada se leve nas minhas tranças.
Nunca vou confessar em voz alta, mas eu adoro quando ela faz isso. Quando é de leve também, porque as vezes ela é um pouco bruta demais.
── Está linda. ── Bill fala e ela pega o cantil na mão dele e bebe um gole ── Vai ser a mais bonita da festa.
── Falando em festa, acho bom nenhum dos dois ficar de festinha com nenhuma mulher depois do casamento.
── Não estávamos casando de verdade. ── Falo e ela põe as mãos na cintura e mexe no cabelo.
Pelo que conheço, ela vai preparar minha sesão humilhação agora.
── Não interessa. ── Diz ela ── Eu não quero ter fama de chifruda.
Bill ri e ela o encara seria
── Eu juro que se eu te ver perto da Caroline.... ── Ele interrompe ela com um beijo. Me seguro pra não dizer nada até porque eles vão casar também.
── Chega né. ── Afasto eles e Kali sorri me beijando.
Bill começa a beija o pescoço dela enquanto eu descia minha mão pra dentro do decote da mesma que já estava ofegante.
── Licença. ── Uma voz faz com que nos separassemos. Era Caroline ── Bill pode me ajudar a descer com a cadeira?
── Engraçado que quando fui ajudar outro dia você falou que já estava acostumada. ── Bill Fala e eu e Kali nos olhavamos sorrindo.
Como ela podia ser tão suja ao ponto de fazer isso, eu não sei.
── Ah, mas....
── Se quiser posso chutar a cadeira até lá embaixo. ── Kali diz sorrindo amigável para a loira ── Um chute só, é garanto que vai parar lá na sala.
── Nã, obrigada. ── Ela diz ── Prefiro que o Bill me ajude.
── Eu já sei que você pode andar. ── Ele diz e nessa hora nosso pai passava pela porta do quarto.
── Como?── Ele pergunta nos olhando ── Você pode oque?
── Vamos meninos, isso não é da nossa conta. ── Kali nos puxa pra fora do quarto.
── Sua vadia...
Saímos antes dele terminar de falar com ela. Uma pena, queria ver a cara da Caroline de otária. Quando ela traiu a confiança do Bill ele sofreu muito, eu queria ter ido atrás dela e ter a feito pagar, mas ele não quis.
── Bem feito. ── Kali ri enchendo um copo.
── Você é cruel, lobinha.
── Com ela sou mesmo.
O tempo passa e finalmente era a hora da cerimônia. Fomos para o jardim que estava enfeitado com rosas brancas e pretas, somente nossos irmãos e alguns empregados foram convidados. Não fizemos muita graça apenas assinamos os papéis e entregamos ao advogado e ao tabelião. Éramos casados com a Sin Nelum não com o Kali Mulen.
── Kali Kaulitz seria mais bonito. ── Bill fala assim que nos afastamos um pouco das pessoas ── Vou pegar um cigarro.
── Seria mesmo mais bonito. ── Falo vendo ele se afastar.
── Mas a Kali não existe. ── Ela diz calma.
As vezes ela fala como se a Kali realmente fosse outra pessoa e que morreu. Ela odiava quando a chamávamos por esse nome. Diz que ele é pra gente fraca, mas pra mim a Kali Mulen é sinônimo de fortaleza e resiliência. Essa era uma das coisas que eu mais admirava nela.
── Por que odeia tanto a Kali? ── Pergunto e ela fica pensativa por alguns minutos.
── Porque ela representa tudo que eu não sou mais...., que eu não quero ser mais.
Os olhos dela estavam vidrados na lua. O rosto dela refletia o brilho das estrelas e seu sorriso fraco nos lábios a deixava mais bonita.
── Você já amou alguém? ── Ela pergunta e dessa vez sou eu quem fica pensativo.
Nunca soube o real significado do amor. Nunca parei pra pensar sobre isso e como seria sentir isso.
── O que seria amar? ── Pergunto e ela me olha sorrindo ── É sério. O que seria amar?
── Amar é quando você quer que a pessoa fique bem. Mesmo que isso signifique se afastar e nunca mais ver. ── Bill se aproxima e senta ao lado dela.
Estávamos os três parados olhando o céu.
── O que é amar, Bill? ── Pergunto
── Sei lá. ── Ele solta a fumaça do cigarro ── Faz um tempo que não amo ninguém.
── Você não ama seu irmão, Bill? Que feio. ── Kali diz rindo.
── Não é isso...., só não quero me machucar. ── Ele diz e Kali passa o braço por cima do ombro de cada um.
── Um dia quando souberem a resposta me falem.
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O casamento saiu, gloria a Deus.
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𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢
Fanfiction[Fanfic Tokio Hotel] [+16] Kali Mulen é uma mulher que vive de golpes e preza pelo dinheiro. Os irmãos Kaulitz são donos da maior máfia alemã que comercializa armas. O interesse em expandir os negócios e a ambição de Kali acaba unindo os três em um...