Kali Mulen
~ Flashbak on
Eu estava sentado do lado de fora do salão de festas, sozinha olhando o céu e pensando como é difícil se sentir única em meio a tantas pessoas.
Lá dentro da festa tinham várias garotas com seus vestidos caros e seus namorados que certamente a tratavam como princesas, sem contar a família que deve as rodear de amor.
Mas eu sou apenas mais uma em meio a todas elas.
Mais uma com sonhos que são praticamente impossíveis de alcançar, mais uma se escondendo atrás de medos, mais uma usando um vestido alugado com saltos emprestados.
Nem no dia da minha formatura eu conseguia me sentir especial ou inclusa em algo. É claro que o fato de eu ter cursado o último ano a distância e não ter ido a nenhuma das festas influenciava um pouco pra isso, mas mesmo assim eu queria algo que me fizesse especial. Nem que fosse por um momento.
Voltei a olhar pro céu e derrepente vejo cair sobre ele uma pequena estrela, ninguém mais viu ela além de mim.
Não perdi tempo, reuni o que ainda me havia de esperança e fiz meu pedido.
"Me faça única."
Pedi olhando pros céus e implorando ao universo ou a qualquer força superior que tivesse o poder de atender meu pedido ── por favor estrelinha, me faça única e não me deixe ser mais uma. ── me levantei do degrau onde tinha me sentado antes, ajeitei minha postura e voltei a entrar na festa.
Sou apenas mais uma nessa festa, porém agora sou a única com um sonho selado com o céu e com coragem o suficiente pra realizá-lo.
~ Flashbak off
Os dias se passaram e cada vez mais me sinto entediada nessa casa.
Os Kaulitz saem todos os dias pra resolverem as coisas deles ou pra encontrar amigos, e eu fico sempre aqui trancada.
Sinto falta de sair pra dançar e fazer minhas coisas. Por mais aqui não esteja me faltando nada, eu já me acostumei a ficar pela rua, vagando de boate a boate e fazendo o que eu fazia sempre.
Por isso eu decide que hoje vou sair.
Agora a tarde vou até o shopping comprar umas roupas diferentes e a noite vou a alguma boate, não vou ficar aqui dentro dependendo da companhia de Tom ou de Bill.
── Tem como me emprestar o cartão? ── Falo entrando no escritório onde eles conversavam com um homem ── Perdão, não o sabia que tinham companhia.
── Tudo bem. ── Tom diz ── Senhor Barbosa queria mesmo conhecer a nossa noiva.
Barbosa? Fudeu
── Que prazer em conhece... ── Ele para de falar assim que me vê ── Você?
── Já se conhecem? ── Bill pergunta
── Já sim. ── Ele diz bravo ── Essa mulher me drogou e me robou.
── Do que está falando? ── Falo tentando fingir tranquilidade ── Eu nunca vi esse homem na minha vida.
── Como pode ser tão mentirosa? ── Ele esbraveja ── A conheci em uma boate na noite em que vocês estava em LA.
── Creio que o senhor deve estar se confundindo. Nem de LA eu sou.
── Você é única Sin. ── Ele diz ── Jamais iria te confundir.
── Olha a Sin já fez algumas coisas erradas antes, mas agora ela está diferente. ── Bill me defendia
── Está tão diferente que já está mentindo dizendo que não me conhece.
── Ela está um pouco confusa. ── Tom diz ── Nós deixe falar com ela um minuto.
Barbosa sai de lá e eles me olham sérios. Tão sérios que eu sentia como se os olhos deles fossem me devorar a qualquer momento.
── Quantos homens você já enganou, em? ── Tom diz sério
── Nunca contei. ── Falo e Bill puxa meu pulso ── Me solta.
── Olha só, o Barbosa é um homem muito importante pros nossos negócios e outra ele é amigo do nosso pai então tenha a decência de pedir perdão a ele.
── E se eu não pedir? ── Falo e Tom puxa meus cabelo e eu me viro dando um tapa em seu rosto.
Bill volta a puxar meu pulso e eu pego a garrafa de uísque e bato em sua cabeça o fazendo cambalear para trás e Tom vem na minha direção.
── Chega Tom. ── Falo mas ele não escuta e me devolve o tapa.
── Nunca mais levante a mão pra mim. ── Diz apertando meus ombros e eu o empurro
── Me deixa em paz. ── Falo e me viro pra sair do escritório mas Bill me puxa
── JÁ CHEGA. ── Ele grita e puxa uma arma do bolso ── Você ultrapassou todos os limites agora.
── Abaixa isso. ── Tom pede ── Anda eu mandei você abaixar.
── Ela esta me testando não é de hoje e você ainda fica defendendo. ── Diz apontando a arma e eu nem me importo
Me sento no sofá de couro preto pego um cigarro na escrivaninha e acendo.
── Vocês dois torram minha paciência. ── Falo vendo Bill guardar a arma de volta ── Não sei se vou aguentar ficar casada com vocês.
── Cala a boca. ── Tom diz massagiando o rosto onde eu acabei de bater
── Vem colocar um gelo aí. ── Falo puxando Bill e Tom vem atrás.
Assim que saímos do escritório Barbosa e Dona Ofélia nos encaram.
── O que aconteceu? ── Ofélia pergunta vendo o sangue na cabeça de Bill e o vermelho no rosto de Tom
── Nada dona Ofélia. ── Falo ── Só um pequeno desentendimento.
── Aí. ── Bill resmunga enquanto eu arrasto ele pra cozinha
── Para de reclamar. ── Digo pegando uma bolsa de gelo pra ele e um pano úmido pro rosto de Tom ── Toma
── Primeiro bate e depois ajuda. ── Tom fala e eu chuto a perna dele
── Cala a boca que vocês também me bateram.
── Eu juro que não te entendo, Kali. ── Bill diz ── Você é...
── Única. ── Falo sorrindo
── Eu ia dizer maluca.
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𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢
Fanfiction[Fanfic Tokio Hotel] [+16] Kali Mulen é uma mulher que vive de golpes e preza pelo dinheiro. Os irmãos Kaulitz são donos da maior máfia alemã que comercializa armas. O interesse em expandir os negócios e a ambição de Kali acaba unindo os três em um...