014 | Garotinha burra

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Kali Mulen

── Eu espero que o senhor possa esquecer o que fiz naquele dia e seguir em frente. ── Falo tentando forçar algum arrependimento e o mais velho me encara

── Tudo bem. ── Ele começa ── Vamos enterrar isso, temos outras coisas pra nos preocupar.

── Ótimo. ── Tom diz ── Então o senhor disse que tinha más notícias.

── Ah, sim. Não consegui descobrir quem é o rato que está nos roubando. ── Diz Barbosa ── O seu pai já está furioso com isso.

── Ele que sai espalhando informações e depois culpa os outros, estúpido. ── Bill cuspia as palavras com rancor

Que ele odeia o pai está claro, agora tenho que descobrir o porque.

── Esse fim de semana iremos até conversar com ele e tentar achar esse maldito traidor antes que nos cause mais problemas.

── Já posso ir agora? ── Falo vendo Tom encher outro corpo de uísque

Esses caras são alcolátras.

── Pode. 

──  Me dá o cartão. ── Falo seria e Barbisa sorri de canto

── Interesseira. ── Murmura ele acendendo um cigarro

── Tenho noivos pra isso. ── Falo e Bill me entrega seu cartão ── Pode ligar pro Xavier e pedir que venha aqui?

── Não acha que já está abusando da minha paciência? ── Bill diz ríspido

Ele ainda estava bravo pela garrafa que eu quebrei nele.

── Por favor. ── Peço e ele me entrega o telefone ── Obrigada.

Sai do escritório e no celular de Bill procurei o número de Xavier. 

── Fala Bill. ── Xavier diz atendendo a ligação

── Não é o Bill, querido. ── Digo e ele solta uma gargalhada ao ouvir minha voz ── Vem até aqui pra gente sair.

── Estou indo agora, rainha. ── Ele brinca e encerra a chamada

Quando fui entregar o celular, o mesmo começou a vibrar indicando outra chamada e eu atendi.

── Bill.... por favor me ajuda. ── Diz uma voz feminina ── Bill eu realmente me arrependo do que fiz, me retorna a ligação por favor.

Me arrependo do que fiz?

Caroline.

A namorada fujona de Bill se meteu em algum problema. Estranho que logo agora que estão procurando um certo
traidor ela ligue. 

Não vou falar nada pra ele, não quero problemas pro meu lado e eu sei que o Bill pode ser um tremendo filho da puta quando quer.

Devolvi o telefone e Bill me encarou desconfiado, não dei importância e apenas me virei saindo do escritório.  

Eu não falei mais no assunto, porém o fato de depois daquela noite o Bill só me evitar estava de certa forma ferindo o meu ego.

Nunca fui de seder tão rápido aos homens, mas com ele eu acabei cometendo esse erro e me deixando levar por aqueles olhos tão sedutores.

Fui tola, mas fui tola apenas uma vez.

Vou me controlar ao máximo pra não cometer outro erro desse se eu for pra cama com um Kaulitz, que dessa vez seja o Tom pra saber quem é melhor.

Entrei sorrindo no quarto pelo pensamento que acabo de ter e peguei minha bolsa,  comecei a procurar um hidratante labial de limão que eu sempre guardo aqui. Não encontrei, mas encontrei coisa pior.

Um pequeno rastreador foi colocado no fundo da minha bolsa e eu tenho certeza de quem colocou esse certo objeto aqui. 

Deixei ele no mesmo lugar e sai do quarto.

Acham que estão lidando com uma garotinha burra? Então agora é isso que terão.

── Siny. ── Escuto Xavier me chamar e desço rápido

── Xavê. ── Falo abraçando o mesmo e ele retribui sorrindo ── Vamos, rápido. Não suporto ficar nessa casa. 

── Não suporta o que, Siny? ── Bill diz aparecendo atrás de nós

── Deixa de ser fofoqueiro, Kaulitz dois. ── Falo e ele olha surpreso

── Como sabe que eu sou.... esquece.  ── Diz ele ── Vai voltar que horas?

── Daqui a pouco, não vou demorar quero sair a noite. ── Falo e Tom fica me olhando do fundo da sala enquanto Barbosa falava algo.

── Vocês devem impor limites na mulher de vocês. ── Barbosa fala e eu o olho com deboche.

── Sua mulher que deveria ter posto limites em você, pra você não pensar que tem direito de trair ela. ── Falo e os Kaulitz sorriem escondidos.

── Que papo é esse de "a mulher de vocês"? ── Xavier pergunta entrando no carro

── Longa história, depois explico melhor. ── Falo e o motorista da partida no carro

Chegamos no shopping e eu já tinha acabado de contar sobre o casamento com  os Kaulitz, tirando é claro a parte de que eu só estou nessa por dinheiro.

── Ba-ba-do. ── Xavier diz surpreso ── Nunca imaginei eles casados com uma mulher.

── A vida tem dessas. ── Falo olhando um vestido ── Sempre surpreendendo., as vezes as pessoas fazem coisas que nos jamais poderíamos imaginar.

Terminamos de comprar as coisas que eu queria e fomos tomar um sorvete. Até a Keroly aparecer atrás de mim com uma cara de nojo.

Garota estranha.

── Oi.  ── Diz me olhando de cima a baixo

── Olá, Keroly. ── Forço um sorriso e ela olha pras minhas bolsas  ── Que foi?

── Nada. ── Diz seca ── Fala pro Bill me ligar.

Essa porra acha que eu sou menina de recados.

── Se quiser falar com o meu noivo é melhor ir até lá em casa. ── Falo comendo uma colher de sorvete ── Vamos, Xavê.

── Seu oque? ── Ela pergunta segurando meu braço.

── Solta ela. ── Xavier diz

── Deixa já estou acostumada com esse tipo de gente. ── Falo tirando a mão dela do meu braço ── Eu disse que se quiser falar com meu noivo, pode ir lá em casa. 

Saio de lá sem olhar pra trás, mas tenho certeza que ouvi ela bufar de raiva.

Se o Bill vier reclamar de algo me farei de desentendida, até porque eles acham que eu sou burra, então como burra irei agir.

𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora