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Kali Mulen

Acordei com alguém esmurrando a porta do meu quarto, coloquei uma roupa e fui abrir pra ver quem era o ser.

── Que foi? ── Grito, abrindo a porta para Tom e Bill que entram desesperados.

── Tranca a porta, tranca. ── Bill diz, indo até a janela e fechando a cortina.

Olhei pra cara dos dois e depois olhei para o relógio prateado no meu pulso, eram exatas três da manhã e eles me acordaram.

── Qual problema de vocês? Não ouviram eu falar que ia dormir?

── Tem um carro muito estranho parado lá fora. ── Bill diz, e eu aperto os olhos. ── É sério, olha daqui.

Me aproximo da janela e abro as cortinas, Tom rapidamente enfia o rosto na janela e eu dou um soco nas costas do mesmo.

── Porra!

── Tá com problema? ── Falo ── Ele falou que tem alguém lá fora e você faz isso.

── É um idiota mesmo. ── Bill diz ── Burro do caralho, sai da frente.

Tom olha para Bill e depois pra mim e, finalmente sai e vai pra cama resmungando palavrões.

Vi um carro preto parado a poucos metros do portão. Ele estava com os faróis ligados e dentro havia a sombra de duas cabeças.

── Parecem ser duas pessoas. ── Falo.

── Eu vi. ── Bill respondi.  ── Acha que devíamos ir até lá?

── Óbvio.  ── Digo e os dois me encaram. ── Para de me olhar e pega minha arma em baixo do porta joias.

Tom faz o que eu peço. Me viro rápido para alcançar o casaco no cabide e fico tonta.

── Que foi, lobinha?

── Nada. ── Falo, com a mão na testa ── Tô só um pouquinho tonta.

Me sentei na cama e Bill abaixou na minha frente.

── Kali, você está sentindo isso a uns dias não é? ── assinto e ele olha pro chão. ── Quando você e o Tom ficaram sozinhos no Caribe rolou alguma coisa?

── Te importa? ── Tom se intromete.

── A gente não fez nada.

── Já que é assim também vou perguntar. Você e o Bill fizeram alguma coisa quando eu fiquei na casa do Xavier? ── Tom pergunta.

── Não. Olha, tem uma a pessoa lá embaixo tramando sei lá o que e a preocupação de vocês é saber se transei só com um? Pelo amor de Deus.

── Não é isso. ── Bill fala. ── É que talvez você possa estar grávida.

Quando ele disse isso eu não me aguentei e comecei a rir. Eu ria tanto que cai pra trás na cama com as mãos sobre a barriga, eles me olhavam sem entender. Não é possível que me achem tão idiota.

── Vocês tem plena noção que a um mês atrás eu planejava matá-los? ── Falo, tentando conter o riso.

── Sim, mas e se você descuidou. ── Tom diz sério.

── E o médico disse que você devia fazer exames. ── Bill fala.

── O médico queria exames porque eu tive a droga de uma crise de pânico. Eu estava muito nervosa e trabalhando demais. E eu não me descuido, Tom Kaulitz. ── Falo, levantando da cama e colocando o casaco. ── Vamos logo ver quem são as visitas inconvenientes. Quero voltar a dormir.

Descemos a escadas e eu fui logo abrindo a porta. Coloquei a arma no bolso do casaco e fui até lá. Bati na janela de vidro e esperei um pouco, ninguém abriu.

── Melhor a gente entrar.  ── Tom diz, segurando meu braço. ── Vem.

── Não. ── Bati de novo na janela ── Quem é?

Ninguém abriu. O carro apenas saiu desenfreado pra dentro da casa, batendo com tudo no portão.

── Que porra é essa. ── Bill fala correndo até o carro que vinha com tudo na minha direção.── Corre.

Corri para a garagem e o carro vinha atrás de mim. Eu não conseguia ver dentro do carro, os vidros eram escuros demais e a luz estava apagada. Já tinha minhas suspeitas de quem estava ali.

Layla.

Essa filha da puta acha mesmo que pode me suceder? É sempre assim, confiamos na pessoa, colocamos em uma posição confortável e tentam nos passar pra trás.

Entrei no meu carro e logo Tom entrou0 também, sentando no banco do passageiro.

── Cadê o Bill?  ── Nem deu tempo de terminar e ele se jogou no banco de trás.

Acelerei o carro saindo pelo portão da mansão, o outro carro me seguia pela estrada escura. Tiros foram dados e atingiram o vidro da mala. Bill se abaixou entre os bancos e eu me virei mirando a arma no painel do carro rival.

Na rua estava tudo escuro, era um breu infinito. Não consegui ver se a bala atingiu um deles, mas acho que sim, já que o carro diminuiu a velocidade.

── Trca comigo. ── Bill grita e eu passo pro colo de Tom sem questionar.

Uma das coisas que percebi nesse quase messes  com os Kaulitz é que o Bill dirige muito bem, mas muito bem mesmo. E o Tom tem uma ótima mira, quando quer também, porque já cansei de ver o vaso de seu quarto respingado.

── Quem será que é? ── Tom diz e Bill me encara. Ele com certeza já percebeu do que se trata. ── Fala Kali.

── Não tenho certeza, mas acho que é aa Layla. Se for ela vai ser fácil de matar. ── Falo, com os olhos no painel do carro. 

── Achei que fosse contra a morte de outras mulheres. ── Tom argumenta.

── Sou contra a morte de outras mulheres, mas sou completamente a favor da morte de várias traidoras.

── Isso deve ser Karma. ── Diz, rindo. ── Com certeza é karma.

Ele ri e eu acerto o cotovelo no peito dele. Ultimamente o Tom anda muito engraçado, não sei o que ele tem.

── Vamos pra onde agora?

── Vamos pra minha casa. ── Falo simples e ele SME olham. ──Eu tive que comprar uma casa aqui na Alemanha pra poder montar a base pra minha equipe. Se eles não tiverem se rebelado contra mim, lá vai ser um bom lugar pra ficar.

Tom levantavam das minhas pernas 3 pega algo no bolso. Um baseado. Esse deve ser o motivo de estar tão calmo.

── Quer? ── Pergunta me olhando com os olhos vermelhos.

Ele estava igual aqueles usuários de drogas que ficam cheirando pela rua e p oferecendo as outras pessoas.

── Que foi, lobinha?
Quer não?

── Bill, seu irmão tá virando um viciado. ── Ele começa a rir e eu também. ── Parece uma chaleira rindo.

𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora