048 | Nunca teremos um fim

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Tom Kaulitz

Kali estava decidida a por um ponto final nisso a todo custo. E eu estava preocupado com ela, e com essa tonturas que vem sentindo. Eu conheço a minha lobinha, ela tem essa narina de se fazer de fortuna mesmo quando está cansada.

Chegamos no portão de casa que estava todo ferrado pela batida a pouco. O sol já nascia e mesmo assim continuava frio, era o início do inverno e o Natal já se aproximava. Esperamos devagar dentro da casa e vi uma cena horrível. O corpo de Ofélia estava sem os dois braços e com a boca amarrada.

Bill parou estático enfrente ao corpo da mulher que praticamente nos criou. Kali colocou as mãos sobre a boca e franziu as sombrancelhas. Todos ficamos perplexos. O sangue ainda jorrava dos braços cortados e os olhos emitiam um certo terror. Ofélia era uma mulher muito boa e não merecia um fim desse, ninguém merece.

── Isso é cruel demais. ── Bill diz, abaixando da altura que o corpo se encontrava.

── É horrível. ── Kali diz . ── Se fizeram isso com a Ofélia que não tem envolvimento nada, o que vão fazer com a gente?

── Coisa bem pior. ── Bill sussurra.

Escutei uns barulhos vindo do escritório e me abaixei indo devagar até lá. Vi a mulher morena dqu3le dia na boate do Caribe. Os olhos de Kali se encheram de lágrimas ao ver a mulher, mas não eram lágrimas de tristeza e sim de ódio.

── Layla!── Gritou, trazendo a atenção da mulher para ela.

── Estava te esperando.  ── A morena sorriu. ── Já está na hora de nos acertarmos, não acha?

── Por que fez isso? Eu te disse que não precisávamos matar ninguém.

── Por isso você é fraca. ── Ela se aproximava de Kali que continuava com a arma apontada para ela. ── Matar as vezes é necessário, Kali.

── Layla!  ── Olho pra trás e vejo um homem atrás de nós. Era o tal Pietro.

── Atira. ── a mulher desafiou ── Atira, Kali. Ou não tem coragem?

── Kali... ── Chamei colocando a mão no ombro dela.

Ela me encarava com aqueles olhos esverdeados que transmitiam tanta angústia, os olhos que me fizeram a escolher aquela noite. Quando ela me encarou daquele jeito eu já entendia o que ela queria me dizer, não sairíamos os três daqui. Disso eu tinha certeza. Mas também tinha certeza que se chegasse a hora de se sacrificar por ela ou pelo meu irmão, eu faria sem pensar duas vezes.

── Saiam daqui. ── Diz sem nos encarar.

── Kali. ──  Tentei segurar seu ombro, mas ela desviou.

── Vai, Bill. Leva ele. ── Ela andava na direção da mulher que estava no escritório. ── Procurem Cater e destruam as provas se não irão acabar na cadeia.

── Kali... ── Bill tentou falar. ──

── Nunca teremos um fim, Kaulitz.  ── Sorri acenado com a cabeça.


Bill Kaulitz

Nunca teremos um fim.

Foi a última coisa que escutei de Kali antes de sair arrastando Tom para fora da casa.

── Não podemos deixá-la lá.  ──
Tom esbraveja. ── Ficou louco.

── Tom, se ela mandou irmos atrás de Kali é isso que temos que fazer. ── Tentei não demonstrar que estava tão nervoso quanto ele.

Eu estava preocupado com o que poderia acontecer a Kali, mesmo sabendo que ela tinha coragem e inteligência suficiente para lidar com aquela situação. Quando a conheci não demorei a entender o porquê do significado de seu nome. Desejei ela quando meu irmão disse que a queria, enfrentei meu pai quando a conheci e enterrei os demônios que me perseguiam durante anos. Tudo por ela 

Kali Mulen era meu pecado.

Ela me fazia ter a coragem que falaram pra tomar decisões que antes deixava por conta de Tom.

── Pra onde vamos? ── Tom perguntou, depois de alguns minutos na estrada.

── Para casa do Gustav. ── Falo, calmo. ── Se a piranha da Anelly receber as provas estamos fudidos.

── Será que ela....

── Tom, ela vai ficar bem. Essa mulher enganou nós dois, forjou sua morte e comandou uma máfia. Acha mesmo que ela não consegue dar conta daquilo?

Não demorou para enxergar os muros  da casa onde Gustav estava morando. Ele e Georg tinham uma casa alugada aqui pra não terem que ficar em hotéis quando estivessem na Alemanha.

── Fica aí, Tom. Não queremos escândalos. ── Falei saindo do carro.

Toquei a campainha e Anelly abriu a porta. Seu sorriso murchou assim que me viu, o prato em suas mãos se espatifou no chão e a mulher soltou um grito.

Tom.

── Te falei pra não vir. ── Disse para o mesmo que estava acendendo um cigarro. ── Podemos falar com você?

Ela me encarou por um tempo ouvi o grito de Gustav do lado de dentro.

── Oque houve amor?

── Nada. ── Diz, se recompondo. ── Eu só vi dois ratos aqui fora, mas vou cuidar deles. Dê banho na Letty que eu vou limpar aqui.

── Tudo bem. 

── O que querem?

── Isso é jeito de falar com um defunto? ── Tom implica.

── Entra no carro. ── Falei pra mulher que hesitou. ── Entra nessa merda antes que eu chame o Gustav aqui pra contar que você é uma mentirosa.

── Como...? ── Ela se calou e entrou no carro. ── Pode falar.

── Já sabemos que quer colocar a Kali na cadeia..

── Ela é assassina e traficante....

── Ei, ei. Olha como fala da minha esposa.  ── Tom a interrompe. ── Se eu contar ela vai ficar brava.

── Como eu ia dizendo, já sabemos que quer a colocar presa. E sei que está se envolvendo até com criminosos pra conseguir isso. ── Falo e ela olha pra baixo. ── Não se meta com gente que não conhece, Anelly. Falo por experiência própria.

── Ele vai me ajudar a colocar ela presa e encerrar o caso M.K. ── Diz firme. ── E não adianta falarem nada, só vão me impedir se me matarem.

── Não duvide já pensei nessa possibilidade. ── Falo. ── Mas como é esposa do meu amigo, irei ser mais delicado.

── Como assim?

── Você irá ligar para Cater e marcar um encontro para que ele te entregue as provas. Iremos no seu lugar e cuidaremos do resto.

── E se eu não quiser. 

── Se não quiser, infelizmente a sua filhinha vai acabar em uma vala. ── Ela engole seco e olha para dentro de casa. ── Eu lamentaria  ter que fazer isso com Gustav.

── Toma. ── Tom entrega o celular pra ela. ── Liga pra ele e volta pra casa. Você tem filha e marido, deixe isso pra lá.

── A Kali matou várias pessoas. ── Ela diz ríspida. ── Não posso medir a vida das pessoa que morreram com a da minha família.

── Se isso te fizer refletir a Kali nunca matou.  ── Acendi um cigarro e solto a fumaça na cara dela. ── A máfia era do pai dela. Ela assumiu a uns dois anos atrás.

── Eu achei que....

── Achou errado. Pega logo esse telefone e liga pro Cater. ── Tom diz ríspido. Pelo que conheço do meu irmão ele já perdeu a paciência.

Anelly ligou para Cater e disse tudo que mandamos em poucas horas estariamos frente a frente com ele e resolveriam tudo. 

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Consegui terminar essa fic 🥳🥳

Vou postar os dois últimos capítulos hoje e se tudo der certo vou postar uma fic nova, só que do Gustav. Ainda não achei nenhuma dele.

𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora