Kali Mulen
~ Flashbak on
── Kali vamos. ── Minha mãe grita da sala.
── Eu não quero ir mãe. ── Choramingo mesmo sabendo que seria em vão.
── Será rápido, filha. ── Ela diz pegando uma das bolsas que sempre levava quando íamos a feira.
Cruzei meus braços com o dela e fomos caminhando até a feira.
Isso já era uma certa tradição nossa, todo domingo depois da missa íamos a feira comprar frutas pra semana.
Somemente nós duas.
── Kali. ── Ouço a voz de Nate parando o carro ao meu lado.
── Oi Nate. ── Falo animada de ver o menino a qual eu carrego uma grande paixão.
── Ande logo, Kali. ── Minha mãe diz me puxando e eu bufo tentando acompanhar os passos dela.
── Calma mãe.
── Dona Heloisa, se quiser eu levo vocês. ── Nate diz amigável e eu sorrio pra ele.
Estou completamente apaixonado por esse menino, tudo nele é tão perfeito. Com certeza ele é o tipo de homem que eu me casaria e seria muito feliz.
Ele é rico, bonito, inteligente... tudo que eu preciso.
── Agradeço a gentileza, mas não precisa. ── Minha mãe diz voltando a puxar meu braço.
── Mãe!
── Mãe nada. ── Ela diz brava ── Cale a boca e aperte o passo, pode ir rapaz. ── Fala acenando pra Nate e ele me olha e dá partida no carro
── Mãe por que você é tão chata? ── Pergunto e ela puxa meu braço com força
── Olhe o jeito que você fala comigo, Kali. ── Ela diz séria ── Pode não gosta mas ainda sou sua mãe.
── Desculpa. ── Murmuro baixo ── Eu só queria saber o que você tem contra o Nate.
── Não tenho nada contra ele. ── Diz ela ── Só acho que aquele rapaz não quer boa coisa com você.
Não falo nada, apenas me viro voltando a andar. Como ela podia ter tanta certeza que ele é ruim? Ele nunca fez nada de mal pra mim, pelo contrário tem sido um ótimo amigo e me ajudado com tantas coisas.
── Não sei o que a senhora vê de errado nele. ── Falo e ela me lança um olhar sério por cima daquela pilha de laranjas ── Pra mim ele é tipo aqueles galãs de novela, um herói certeza.
── Não existe herói. ── Diz ela me fazendo revirar os olhos ── Te criei como rainha pra não depender de homem nenhum e sempre correr atrás das coisas que você quer conquistar.
── Mas ainda assim eu casaria com ele sem pensar muito. ── Falo e ela olha incrédula.
── Pra casar tem que ter muito amor, Kali ──Diz ela ── E mesmo com muito amor as vezes não dá certo.
Minha mãe é sempre tão pessimista quando o assunto é amor, parece até que a
não era apaixonado pelo meu pai como uma boba.Mesmo com minha mãe dizendo essas coisas pra mim o Nate é meu o homem ideal. E amanhã quando eu sair da escola vou dar um jeito de ir falar com ele sem minha mãe saber.
~ Flashbak off
Fiz minha melhor cara e fui andar pela sala cumprimentando alguns convidados que eu nem conheço.
── Conseguiu mesmo se enfiar na família, bisacate. ── Ouço a voz daquela velha dos infernos atrás de mim e me viro com um sorriso forçado
── Oi Clara, tudo bem? Como foi de viagem?
── Foi bom.... ── Ela diz ── Mas quando recebi a notícia não acreditei e tive que vim conferir.
── Agora que conferiu pode ir se quiser. ── Falo em tom de brincadeira ── Garanto que ninguém sentira sua falta.
──Olha sua...
── Tia. ── Bill fala parando ao meu lado ── Que bom que deu pra senhora vir.
── Eu não deixaria de vim no noivado dos meus dois sobrinhos, que são como filhos pra mim. ── Ela fala me encarando e eu reviro os olhos.
── Que bom. ── Ele diz ── Eu vou com o Tom até o escritórioresolverumas coisas.
── Eu vou também. ── Falo me virando pra acompanhá-lo e deixando Clara parada ali.
Entramos no escritório e eu me assustei quando não vi nenhuma mulher lá dentro. Só tinham homens, algumas mais velhos outros mais novos, alguns até que eu conhecia das boates em que trabalhei.
Barbosa me olhou sorrindo debochado, achando que eu iria me intimidar por ter visto tantos homens.
Está certo que eu não me senti em casa, pra falar a verdade me senti até um pouco desconfortável com todos aqueles olhares sobre mim, fitando cada parte do meu corpo.
Mas não era pra tanto.
Bill sentou em uma das cadeiras e eu fiquei em pé parada na porta.
── Vem Sin. ── Tom faz sinal pra que eu me sentasse no seu colo e assim eu faço.
Bill apenas olha sério, me vendo sentar no colo do irmão dele.
Desde cedo ele está com essa cara fechada, parece que dormiu com o capeta.
── Sabe que mulheres não podem ouvir os assuntos confidenciais. ── Um dos velhos diz
── Mas a minha pode. ── Bill fala ── E vamos logo, temos que voltar pra festa.
O velho olha pra Bill e depois pra Tom como se esperasse ele intervir de alguma forma na fala do mais novo.
── Podemos começar? ── Tom diz sério e pousa uma das mãos na minha coxa, assim que Bill percebe o ato do irmãos, faz o mesmo parando a mão do outro lado e Tom o olha sério.
── As cargas dessa semana vão ficar na responsabilidade do Barbosa. ── Tom diz ── Na minha falta ou na falta do meu irmão quero que obedeçam as ordens dele. Depois de mim, do Bill e da minha noiva é ele quem manda aqui.
Alguns dos homens olham surpresos quando ele diz que depois do Bill quem manda sou eu, não vou negar até eu fiquei surpresa.
── Como disse? ── Escuto a voz daquele homem que estava na festa do outro dia ── Sabe que não envolvemos mulheres na Máfia.
── Quem tem as melhores armas? ── Tom pergunta é todos ficam quietos ── Quem tem os melhores fornecedores e a equipe mais eficiente? ── Todos se Calam de novo ── Então já sabem quem dá as ordens e quem diz oque pode ou não ser feito.
Vi o mesmo homem bufa de raiva no fundo da sala e não contive um pequeno sorriso perverso.
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Tô mortinha gente! Amanhã eu reviso
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𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢
Fanfiction[Fanfic Tokio Hotel] [+16] Kali Mulen é uma mulher que vive de golpes e preza pelo dinheiro. Os irmãos Kaulitz são donos da maior máfia alemã que comercializa armas. O interesse em expandir os negócios e a ambição de Kali acaba unindo os três em um...