𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢

009 | Caça

Tom Kaulitz

Observei a Kali conversando com um dos garçons no fundo da festa, deve ser amigo dela ou sei lá. Só espero que ela não tente nenhuma gracinha.

── Tom Kaulitz. ── Bryan filho do senhor Willians vem falar comigo.

Não sei porque mas esse garoto não me desce. Desde a escola ele era um mimadinho que achava que podia fazer e falar o que quisesse só porque o pai dele era dono da maior Máfia da época e tinha dinheiro pra caralho, é claro que agora eu e Bill tomamos o lugar deles ele nos trata um pouco melhor.

── Fala Bryan. ── Digo apertando a sua mão

── A festa não está muito interessante hoje, não é?

── Não te falaram onde fica a porta?

── Seu humor nunca muda né. ── Diz rindo ── Eu já teria ido embora se não estivesse de olho em uma certa mulher.

── Quem é a coitada?

── Aquela ali. ── Ele aponta pra Kali que ainda conversava com o garçom.

── Ela veio acompanhada. ── Escuto a voz de Bill atrás de nós ── E não sei se ela iria dar atenção a você.

── Como disse Bill Kaulitz? ── Bryan fala já irritado e eu estava adorando aquilo ── Acha que não tenho capacidade de levar aquela mulher pra cama? Eu tenho a vadia que eu quiser.

── Agora mesmo que ela não vai te querer, chamou ela de vadia. ── Falo

── Vocês são dois hipócritas Kaulitz's.  Vocês vem as festas, não falam com quase ninguém, ficam só de canto julgando e se sentindo superior a todos aqui.

── Quem te contou? ── Pergunto  sarcástico

── Olha não é porque agora vocês tomaram o lugar do meu pai que vocês são melhores que ele.

── Ninguém aqui disse isso. ── Bill diz colocando as mãos no bolso

── Vocês não são tão bons assim já que não participam do melhor leilão.

── Não precisamos participar de um leilão onde vocês vendem mulheres. ── Bill diz e Bryan puxa a gola de sua camisa ── Que foi? Ninguém pode saber o segredo do seu pai.

── Preciso falar com vocês. ── Kali fala parando na nossa frente ── Depois você bate nele querido. ── Ela tira as mãos de Bryan de cima do Bill ── Vamos.

── Que merda você fez? ── Pergunto assim que nos afastamos da festa entrando em um corredor escuro

── Porque não me disseram que esse homem é um lunático que vende mulheres? ── Pergunta séria

── Isso não é da nossa conta. ── Bill fala

── Não é da nossa conta? Eu não acredito no que estou ouvindo. ── Fala brava. Ela estava muito puta parecia que sairiam fumaça de seus ouvidos ── Vocês vão me ajudar a tirar essas garotas daqui.

── Desculpa mas você não tem moral...

── CALA A BOCA TOM KAULITZ. ── Ela a garota empurrando meus ombros ── Vocês vão me ajudar agora se não eu chamo a polícia e não vai ter
ameaça de morte que me impessa.

── Kali por favor...

── Por favor? Bill são meninas. ── Diz com os olhos marejados. Não acredito que ela vai chorar, ela não chorou quando colocamos uam arma na cabeça dela ── Elas vão ser vendidas como objetos e você quer que eu fique como? Parada olhando?

── Elas não serão as primeiras nem as últimas. ── Falo e ela me olha com decepção. É claro que eu não acho lindo isso que fazem com as meninas mas não podemos nos envolver. ──
A vida não é justa, Kali.

── Tom pelo amor de Deus são vidas de garotas novas. ── Fala ── Tem uma de quatorze anos ali dentro, ela está assustada querendo ir embora. É uma criança Tom.

── Vamos voltar pra festa e vê se você consegue ficar sozinha com o senhor Willians. ── Falo mudando o assunto ── Anda Vamos.

── Me larga. ── Fala saindo andando na frente.

Era visível como aquilo tinha mechido com a Kali. Ela realmente estava preocupada com as meninas e por um momento eu tive vontade de ajudar mas eu não posso. Tenho mais a perder do que a ganhar com essas coisas e eu não posso colocar a Máfia que eu e Bill lutamos tanto pra reerguer só por um capricho de uma garota que eu acabei de conhecer.

── Ela vai ficar brava quando descobrir a verdade. ── Bill sussurra assim que voltamos ao salão.

── Faz parte da vida.

── Não sei se quero ver a Kali brava.

── Cala a boca. ── Falo  ── Está com medo dela?

── Não.

── Então pronto. ── Falo ── Amanhã ela vai saber a verdade e terá que aceitar sem questionar nada.

── Ele está sozinho no escritório. ── Kali diz se virando pra nós ── Vou lá.

── Boa caça loba. ── Falo vendo ela caminhar até o escritório.

── Amanhã os G's vão lá em casa. ── Bill diz e eu assinto quieto ── Pensei em fazermos um almoço simples e ficar na piscina já que o Gustav tem uma filha.
 

Gustav e Georg são nossos amigos de longa data. Eles não sabem com oque nos trabalhamos, eles são bem desligados dessas coisas que envolvem  crime, só sabem que assumimos os negócios do nosso pai. Eles tem uma gravadora na Califórnia, que é patrocinada por nós, temos a maior parte das as ações.

── E ele vai leva a filha?

── Vai. ── Diz ── A filha é a esposa.

── Ótimo. ── Ficamos no fundo da festa observando a porta do escritório ── Ela está demorando melhor...

── Vamos.── Ela diz aparecendo atrás de nós ── Não precisei de muito esforço, mas com certeza ele não vai lembrar de nada amanhã.

── Cadê os papéis ── Bill pergunta é ela joga os papéis no peito dele ── Então vamos.

Kali sai andando na frente em direção ao carro sem ao menos olhar pra nós. O caminho inteiro ela teve os olhos na janela e posso jurar que vi uma lágrima escorrer assim que o carro deu partida.

Chegamos em casa e ela foi pro quarto ainda sem dizer uma palavra.

── Bill pede pra um dos nossos homens ir até o leilão e ver pra quem venderam as meninas.

── Eu já ia fazer isso. ── Diz ── Acho que é conexão de gêmeo.

── Se manca idiota, não sou nada seu não.

── Eu que não sou nada seu. Você é adotado.

Fui pro quarto e tomei um banho e bato na porta do quarto da Kali mas ela deu um berro dizendo pra mim deixar ela quieta.