042 | Indesejados

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Bill Kaulitz

── Diga logo como pretende nos tirar dessa merda que você causou. ── Falo ríspido, Kali me encarava com os olhos marejados, mas não me importei.

Eram lágrimas falsas como as de sempre.

── Eu acho que iremos precisar calar o Cater. ── Ela diz ── Quando estive com a minha equipe percebi algumas coisas erradas nos gráficos....

── Quando esteve lá? ── Tom pergunta, se jogando no sofa. 

Tom estava com a pele bronzeada e um sorriso sarcástico nos lábios a todo tempo, parece que a morte tinha lhe feito bem ou ele apenas é sem noção demais para levar isso a sério.

── Isso não vem ao caso.

── Vem sim. ── Rebato ── A partir de agora agiremos sem mentiras. Não teremos mais segredos, ouviu Kali Mulen? ── Ela encara o chão por algum tempo.

── Quando eu fui "sequestrada", na verdade era minha equipe que tinha ido me buscar pra me contar que a Anelly é uma detetive policial.

── A Anelly é detetive? ── Pergunto retoricamente ── Sempre achei ela estranha, mas nunca encontrei provas. Sua equipe é boa em.

── Em algumas coisas, mas considerando o fato que planejam me derrubar eu não acho isso.

── Planejam derrubar, Kali Mulen? ── Tom diz, rindo ── Não creio.

── Eles são um bando de traíras. ── Ela diz, séria. Consigo sentir  o ódio em sua fala.

── Pra você ver como é ruim ser traído. ── Digo, e ela me olha sarcástica. ── Mais algum segredo?

── O Barbosa é pai da Caroline. ── Diz, sem dar importância.

Eu e Tom estávamos incrédulos com todas aquelas coisas que aconteciam sobre nossos narizes. Devemos ser os piores gerentes de máfia do mundo.

── Ele estava trabalhando pra mim em troca deu poupar a vida da viciada.

── Você fala que não é uma pessoa ruim, mas obrigou um pai a trabalhar pra você em troca da vida da filha?  ── Falo.

── Pelo amor de Deus. ── Ela retruca ── É só a Caroline.

── Verdade. É só a puta da Caroline. ── Tom completa. ── Mas pense, como iremos sair dessa.

── Só eu tenho que pensar? ── Kali diz, com deboche.

── Quem nos colocou nessa situação por ganância?  ── Respondo e ela desvia o olhar.

── Somos indesejados por todos nesse momento. Então devemos agir sozinhos. ── Ela diz ── Acho que deveríamos começar por Cater.

── Isso seria muita ousadia.  ── Tom fala ── Ele é o mais antigo nessa aliança.

── Mesmo assim. ── Ela diz ── Se nós agirmos juntos em segredo, é só derrebarmos ele e vocês voltam ao poder. Até porque, as únicas pessoas que querem derrubar vocês são Cater e eu.

── E o que nos garante que você não vai fazer nada?

── Eu dou minha palavra, Bill.

── Como se valesse muita coisa. ── Tom diz baixo, e solta um sorriso fraco.

── Eu juro pela memória da minha mãe. ── Ela fala ── Isso vale muito.

── Tudo bem. ── Digo, querendo terminar logo este assunto ── Vamos acabar com isso de uma vez.

── Tom, fique aqui no escritório e.... ── Kali diz, mas logo se cala. ── Como entrou?

──  Ofélia abriu a porta. ── Ele diz, pegando um pouco de uva em cima da mesa.

── Só ela te viu?

── Sim.

── Então iremos lá pra fora
dispensar todos e amanhã eu vou marcar uma reunião com Cater. ── Kali diz ── Ele finalmente irá conhecer a M.K.

Voltamos para a sala e a todo momento eu tentava disfarça a minha raiva e vontade de estrangular a Kali. Aquela puta manipuladora, falsa e mentirosa. O pior nem era a raiva que eu sentia dela e sim a raiva que sentia de mim por amar ela. Sim, eu amo aquela mentirosa. E nunca seria capaz de fazer mal a ela. 

Quando o céu escureceu, as pessoas iam embora e a sala enfim ficava vazia.

── Adeus, filho. ── Meu pai diz, me abraçando ── Espero que consiga arrumar sua vida.

── Eu vou.

Ele saio sendo acompanhado pelos meus irmãos que eu nem fiz questão de me despedir.

─── Finalmente, liberdade. ─── Tom diz, saindo do escritório ── Qual foi o buffet do meu velório?

── Foi lixo. ── Digo ── Pra combinar com você.

── Ainda está com raiva, Bill. ── Ele diz em tom de brincadeira ── Eu quase morro e você ainda está nessa.

── Não estou mais com raiva meu irmão. Não de você.

── Estava demorando. ── Kali resmunga  ── Vou ir tomar banho, amanhã tenho muita coisa a fazer.

Ela sobe as escadas nos largando ali embaixo.

── Mulherzinha traíra essa sua esposa, em. ── Tom brinca e eu rio fraco. ── Vou dormir também. Amanhã o trio indesejado irão voltar a ativa.

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Nmrl, tô doida pra acabar com essa fic

𝗣𝗘𝗖𝗔𝗗𝗢Onde histórias criam vida. Descubra agora