Maratona

257 33 7
                                    

"As memórias são traiçoeiras! Num momento você está perdido num carnaval de prazeres com o aroma da infância, os neons da puberdade. No outro, elas te levam a lugares onde a escuridão e o frio trazem à tona as coisas que você queria esquecer."
Coringa

Saio da empresa e vou para o estúdio, o Ohm está gravando a versão final da música e depois que gravarmos os episódios do especial ele vai filmar o MV, ele está ansioso desde que acordamos, foi para a academia e voltou e ainda estava ansioso.
Chego no estúdio e ele já está cantando, ele me vê pelo vidro e sorri, da pra ver ele relaxando. Eu fico em pé para ele poder me ver e ele canta olhando para mim o tempo todo.
Ficamos o resto da tarde no estúdio, como todos nos conhecem ficamos a vontade , depois que o nervosismo passou ele começou a se divertir, sempre apontando pra mim e mandando beijos, os olhares dele seriam capazes de derreter geleiras.
Quando ele é liberado nós vamos para casa, cada um no seu carro, sinto falta de quando ele me levava para todos os lugares.
Chegamos e já está anoitecendo, o Ohm fica parado na garagem esperando eu entrar, abre a porta para mim e me beija, ele olha para o banco traseiro e sorri levantando a sobrancelha.
- Nem pensar, vamos entrar que eu estou precisando muito de um banho.
Ele olha para o banco de novo e suspira.
- Tudo bem, vamos tomar banho.
Ele segura a minha mão e entramos, quando abrimos a porta o Nong Nao vem correndo latindo, ele está crescendo rápido, o Thor vem na nossa direção parecendo entediado. O Ohm começa a brincar com o Nong e sei que vai ficar assim por um bom tempo, então eu pego as suas coisas do chão e subo as escadas.
Coloco a banheira para encher e ligo o som, enquanto eu espero o Ohm subir eu tenho uma ideia, vou até o closet e pego o macacão de piloto que usei na festa e visto, coloco o óculos e arrumo o cabelo, desligo a banheira e fico esperando sentado na cama. Quando ouço ele subindo levanto e me arrumo, ele abre a porta e fica parado me encarando.
- Essa é definitivamente a minha fantasia favorita!
Ele vem na minha direção, me beija e faz eu deitar na cama, se afasta um pouco, tira os meus óculos com cuidado e fica olhando nos meus olhos.
- Você é perfeito, Non!
Ele me beija, começa suave e vai ficando intenso, beija o meu pescoço e vai descendo o zíper do macacão lentamente, fico tranquilo agora que a marca no meu peito sumiu, ele abre o macacão e não fala nada, apenas abaixa e chupa forte, ele faz várias vezes por todo o meu peito e barriga, eu sei que ele está deixando marcas, mas não me importo, se isso vai fazer ele ficar bem, eu vou deixar ele fazer. Quando para ele levanta e fica olhando sorrindo, então volta a deitar sobre mim e me beija, pega uma camisinha e me dá. Nós transamos na cama, vamos para o banheiro e transamos na banheira, quando estamos saindo do banho ele me segura, me puxa e transamos de novo. Quando estou me vestindo ele fica me olhando, quando vem na minha direção eu me afasto.
- Não chega perto, eu estou morrendo de fome, preciso comer antes de continuar.
- Eu também quero comer.
Ele vem na minha direção e eu vou para a porta, mas ele me alcança quando estou abrindo, me encosta nela, abaixa a minha calça e transamos mais uma vez.
Quando estamos recuperando o fôlego ele beija o meu pescoço.
- Estava sentindo falta dessas nossas maratonas.
Eu me viro e abraço ele.
- Vamos comer agora, eu também senti falta disso e ainda nem comecei.
Ele sorri e me beija, então eu o empurro e abro a porta.
Quando chego no andar de baixo percebo que ele não veio junto, vou para a cozinha e logo ele aparece com o livro na mão. Ele senta e sorri.
- Hoje eu estou bem, estou tranquilo e você está aqui comigo.
Eu aceno concordando, mas tenho impressão de que a nossa maratona acabou.
Eu começo a fazer o jantar com calma, ela comenta sobre o presente de Natal e percebo que não falou nada sobre a briga por causa daquele idiota, quando estou cortando cebolas ele para e me olha.
- Canta essa música pra mim?
Ele sorri, mas percebo que já não é um sorriso feliz.
- Eu ouvi ela várias vezes depois que você postou, mas você nunca cantou ela para mim.
Eu respiro fundo, lavo as minhas mãos, sento ao seu lado e canto Insecure para ele, como eu já sabia que aconteceria ele está chorando quando eu paro de cantar, eu me levanto, limpo as suas lagrimas e beijo primeiro os seus olhos, a testa o nariz e por fim a sua boca.
- Você está bem para continuar?
Ele concorda, eu o beijo mais uma vez e volto a cortar a cebola.
- Nós sabemos ferrar um com o outro sem motivo as vezes.
Eu olho para ele, mas ele está absorto, acho que está pensando alto.
Ele da risada.
- Eu não acredito que você colocou isso aqui.
- Isso o que?
- O lance da série porno.
- Palavras suas.
- Eu sei, mas não acredito que você realmente colocou aqui.
Ele volta a ler e vai parando de rir e fica lendo em silêncio, quando estou fazendo a salada ele se encosta em mim e tira a minha calça, eu me seguro no balcão e ele começa a me penetrar. Acho que sei qual capítulo ele estava lendo.
Depois que jantamos eu não deixo ele ler mais, fiquei tranquilo que ele parou na parte que fomos até o sex shop, isso deixou ele animado e não triste como seria se ele tivesse continuado.
Ele lava a louça e eu fico sentado comendo sorvete enquanto o observo. Quando ele termina nós vamos para o quarto, ele vai até o closet, depois de alguns minutos volta com a tampa da caixa cheia e sorri.
- Eu quero o dominador!
Pelo jeito a nossa maratona ainda nem começou. Eu sorrio e me aproximo.
- Você quer?
Ele acena sorrindo, eu pego a tampa, olho o que ele separou, então olho para ele.
- Tira a roupa!

Silêncio Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora