"As viagens terminam com o encontro dos apaixonados."
William ShakespeareChego no aeroporto me despeço de todos com pressa e saio correndo, eu não aguento mais a distância, são quatro, quase cinco dias sem ver ele, agora tudo o que eu preciso é estar com ele. Chego no estacionamento e passo pelo carro da empresa e continuo andando, tenho certeza que ele também não aguenta mais a distância, então vai estar... Eu vejo o carro dele e sorrio, eu sabia que ele estaria aqui.
Vou até o carro, vejo ele me olhando pelo retrovisor, o porta malas abre, eu guardo a minha bagagem e entro.
Ele vira para mim e fica me olhando, me adorando, toca o meu rosto e me beija, então se afasta e coloca o cinto, eu fico surpreso, achei que ele ia arrancar a minha roupa assim que me visse.
- Amor?
Ele me olha ainda sorrindo.
- Eu preciso muito de você, mas eu quero você no nosso quarto, na nossa cama. Eu quero fazer amor com você.
Eu aceno concordando e coloco o meu cinto também, seguro a sua mão trago até a minha boca e beijo. Olho para ele e aquela tempestade e sorrio.
- Que se foda!
Ele solta o cinto e os vidros do carro se fecham, ele primeiro destrava o meu banco e empurra para trás e depois deita, solta o meu cinto e senta de lado no meu colo, segura o meu rosto e começa a me beijar, sinto o desejo e a saudade através desse beijo, nós nunca conseguimos lidar bem com com a distância.
Continuamos nos beijando, mesmo quando estamos sem fôlego, mesmo quando os vidros estão embaçados, mesmo com o ar ficando cada vez mais pesado nós continuamos nos beijando. Não sei por quanto tempo fazemos isso, mas quando se afasta ele sorri, desce beijando o meu pescoço e morde o meu ombro.
- Estava morrendo de saudades!
- Eu também!
Ele me beija mais uma vez e senta no seu banco novamente, espera eu arrumar o meu banco e vamos para a casa.
O Ohm estaciona, sai e da a volta no carro, quando eu saio ele já está na minha frente me abraçando e beijando, ele se afasta, segura a minha mão e me puxa para dentro, eu tenho que dar crédito para o seu auto controle, porque o meu já foi embora faz tempo.
Chegamos na porta do quarto ele me vira e começa a beijar, abre a porta e anda fazendo eu andar junto, percebo que tem alguma coisa errada, me afasto e olho em volta, o quarto está sendo iluminado por dezenas de velas, eu tento ignorar o risco que foi deixar as velas acesas e olho em volta, além das velas ele espalhou pétalas de rosas por todo o quarto, na cama ele desenhou um coração com as pétalas.
Eu viro para ele e sorrio.
- Eu te amo!
- Eu te amo mais!
- Não, não ama.
Ele me beija e me leva até a cama, tira a minha blusa, depois a camiseta e eu deito, ele se deita sobre mim e volta a me beijar, desce para o meu pescoço e morde o meu ombro mais uma vez, desce beijando o meu peito, quando chega na barriga intercala entre beijar, morder, lamber e chupar, se afasta e abre a minha calça puxando ela junto com a minha cueca, sento na cama e tiro a sua camisa e beijo a sua barriga e o meu peito, seguro o seu pescoço e trago ele até mim beijando enquanto tiro a sua calça.
Ele mais uma vez se deita sobre mim e me beija deitando de lado e me puxando para ficar sobre ele, eu me afasto um pouco e ele se arrasta até os travesseiros, eu mais uma vez vou até ele, seguro as suas pernas e me encaixo entre elas então olho nos seus olhos.
- Eu te amo!
- Eu te amo mais!
- Não, não ama!Fico brincando com os seus dedos enquanto penso no trabalho que vai dar apagar todas essas velas, ele está contando sobre os últimos preparativos do casamento que será no final de semana, ele aproveitou os dias que eu estava e Jakarta para ver tudo o que precisava, infelizmente amanhã ele já vai para Pai, eu só vou conseguir ir no sábado. Odeio deixar ele fazendo tudo sozinho, mas ele insiste que prefere assim, porque quer que tudo seja surpresa para mim. Os meus pais e os pais dele se juntaram para ajudar ele essa semana e vão com ele para lá, só isso está me deixando tranquilo, mas eu sei o que vou fazer para compensar isso, assim que ele partir amanhã eu vou correr atrás.
- Você está quieto...
Eu beijo a sua cabeça que está no meu peito.
- Eu gosto de você todo falante, adoro ouvir você falando de algo com tanta paixão.
Ele segura a minha mão e beija.
- Não acredito que eu vou te deixar logo depois de você ter voltado.
Eu não digo nada, não quero que ele vacile e desista da sua programação por minha causa.
- Te contei que vamos fazer uma paródia de Knock Knock?
Ele levanta a cabeça e me olha.
- Como assim?
- Foi uma brincadeira que fizeram no estúdio porque eu estava muito distraído com a sua apresentação e não estava conseguindo gravar nada decente, no fim ficou estranho e divertido, ficou a minha cara, então nós decidimos gravar e fazer um vídeo.
- Quando vocês vão fazer?
- Não tenho certeza ainda.
- Faz depois do casamento, eu quero estar lá com você.
- Claro, eu faço sim.
Ele sorri e deita novamente, me cheira e se arruma para poder ouvir o meu coração.
- Falta pouco, Non... Logo nós vamos estar casados.
- Eu tenho certeza que vai ser o dia mais feliz da minha vida.
- Da minha também.
Eu fico passando a mão pelos seus cabelos.
- Non?
- Oi?
- Eu sei que você falou para fazermos votos tradicionais e que está encima da hora, mas eu queria muito escrever os meus próprios votos.
- Tudo bem, se você quer podemos fazer.
- Você não se importa?
- Nenhum pouco.
Ele olha pra mim e sorri.
- Obrigado por fazer isso por mim, marido!
- Não existe nada que eu não faria por você, meu amor!