Submisso

152 25 5
                                    

"Talvez todos tenhamos esses instintos escondidos de dominar ou se submeter a alguém."
Amor com Fetiche (filme)



Olho em volta e finalmente está tudo pronto, bem a tempo de eu sair para não chegar muito tarde em Pai, confiro a areia dos gatos e os três tapetes higiênico do Nong Nao, vou fechando toda a casa para eles não fugirem, pego a minha mala, coloco no carro e vou embora.
Chego no hotel e estaciono, o Ohm não quis ficar nas cabanas, ele ainda não quer que eu veja a decoração, então pegou um quarto para nós em outro lugar. Mando mensagem para ele e enquanto estou tirando a mala do carro ele me abraça e beija o meu pescoço.
- Oi, marido!
- Oi, amor!
Ele segura a mala e fecha o carro, coloca a máscara que está usando e me dá outra.
Vamos direto para o quarto, antes mesmo de fechar a porta ele já está puxando e a minha blusa enquanto me beija.
- Eu estava morrendo de saudades, Non!
- Eu também.
Ele vai me guiando até a cama enquanto tiramos a roupa um do outro, eu me deito e ele deita sobre mim, começa me beijando, então descendo pelo pescoço e depois o meu corpo todo sem pressa nenhuma, quando volta deitar sobre mim, me olha e sorri.
- Eu quero tentar uma coisa.
Eu fico curioso e aceno, ele levanta correndo, vai até a bolsa dele, pega uma gravata e uma máscara de dormir.
- O dominador?
- Não, eu quero que você use.
Falar que fiquei surpreso seria pouco. Depois de todo aquele drama quando ele me deu um tapa aquela vez eu achei que ele jamais teria coragem de tentar qualquer coisa parecida.
- Você vai ficar bem fazendo isso?
Ele me olha por um longo momento então acena, eu sorrio, sento na cama e estendo os meus dois braços, se é o que ele quer, hoje vou ser o seu submisso. Ele hesita por um momento, então senta ao meu lado.
- Eu não vou fazer nada que possa te machucar.
- Eu sei que não, meu amor, eu confio em você!
Ele olha nos meus olhos e eu espero, se é algo que ele quer tentar ele tem que fazer sozinho e sem pressão. Depois de um tempo ele suspira e amarra a gravata prendendo os meus pulsos, mas está tão frouxa que tenho certeza que se eu quisesse soltaria com facilidade. Ele olha nervoso para as minhas mãos, depois pra mim. Segura o meu rosto e me beija, enquanto faz eu me deitar, então puxa a gravata levando os meus braços para cima, ele hesita mais uma vez, mas amarra a gravata, olha pra mim preocupado e eu sorrio pra saber que estou bem. Ele pega a máscara, coloca na minha cabeça com cuidado e olha nos meus olhos.
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
Ele abaixa a máscara e eu não vejo mais nada.
Sinto os seus lábios tocando os meus levemente, então ele se afasta e sai da cama, escuto ele andando pelo quarto e My Word começa a tocar, eu presto atenção e sei que essa é a versão que gravamos juntos, a que tem Our Song também.
Tento ouvir o que ele está fazendo, mas com a música agora ficou mais difícil. Quando a minha parte na música começa sinto a sua mão no meu pé direito, tem alguma coisa nela, algum óleo provavelmente, porque a sua mão está deslizando com facilidade pelo meu corpo, quando ele chega na minha coxa eu começo a sentir cheiro, já é um cheiro conhecido, talco e baunilha, é o cheiro que ele diz que eu tenho. Ele termina uma perna e vai para a outra, depois espalha o óleo por cada um dos meus braços e por fim monta em mim e começa a passar pela minha barriga, peito e pescoço. Quando termina se abaixa e me beija.
- Você está bem?
- Estou, isso é muito bom!
Ele me beija mais uma vez e se levanta, a música recomeça e ele canta junto andando pelo quarto, quando o refrão começa eu me assusto com alguma coisa na minha barriga, é gelo, ele colocou um no meu umbigo. Eu espero para ver o que ele vai fazer em seguida, sinto os seus lábios nos meus, de repente fica gelado, ele está com um gelo entre os lábios. Ele vai descendo ainda com os lábios e o gelo tocando a minha pele, queixo, pescoço, peito, barriga, segura o meu pau e me chupa até o gelo todo derreter, então se afasta.
Mais uma vez eu me surpreendo quando algo me toca, é um vibrador, ele passa devagar pelo corpo inteiro, a sensação de formigando juntos com as cargas elétricas que se espalham por onde ele passa é...
Quando eu não estou mais aguentando, estou gemendo e me contorcendo involuntariamente ele deita sobre mim mais uma vez e começa a me beijar, aquele beijo que devora até a minha alma, ainda me beijando ele levanta as minhas pernas e começa a me penetrar, ele desliza para dentro de mim com facilidade, provavelmente está com lubrificante, ele entra e sai algumas vezes gemendo alto no meu ouvido, então se ajoelha, empurra as minhas pernas até quase encostarem na minha barriga e começa a meter com força, eu estou no meu limite, então gozo rápido, ele segura o meu pênis e mesmo depois que eu paro de gozar ele continua me masturbando enquanto me fode, eu gozo uma segunda vez, mas ele ainda está metendo sem parar, não tenho certeza se vou aguentar gozar uma terceira vez, mas ele me vira de lado, levanta a minha perna e começa a bater sem parar naquele ponto maravilhoso.
- Eu vou gozar, Nanon!
- Ainda não!
Ele acelera e geme cada vez mais alto.
- Eu não aguento mais, Nanon, eu vou gozar nesse cu gostoso!
Ele geme, ofega e geme novamente.
- Isso porra, me aperta gostoso!
Sinto as suas unhas na minha coxa e um som que parece um rugido, então ele grita
- NANOOON!
- Goza!
Nós gozamos juntos e ele cai deitado atrás de mim, me abraça, beija o meu pescoço e fala entre as respirações.
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
Fico ouvindo a sua respiração se acalmando até virar um ronronar, puxo as minhas mãos com força e solto a gravata , fecho os olhos e enquanto ouço a nossa música misturada com o seu ronronar eu durmo.

Silêncio Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora