Inteiro

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"Minhas grandes tristezas neste mundo, têm sido as tristezas de Heathcliff: ele é a minha finalidade de viver. Se tudo mais perecesse e ele ficasse, isto bastaria para que eu continuasse a viver."
Emily Brontë

Acordo e olho para o lado e o Ohm não está na cama, olho para a janela e ainda não amanheceu, vejo o horário são quase seis da manhã. Fecho os olhos e tento dormir um pouco mais e escuto um barulho vindo da academia, claro que nesse horário ele só poderia estar se exercitando. Continuo ouvindo o barulho que se repete entre pausas, provavelmente está levantando peso.
Eu desisto de dormir e me levanto, vou para o closet me vestir, mas mudo de ideia, saio como estou e vou para a academia.
Quando eu entro o Ohm na hora da uma vacilada e os braços abrem rápido demais, mas depois segura e continua abrindo e fechando os braços. Os olhos dele estão negros, pura tempestade, mas ele é disciplinado demais com exercícios para se deixar levar.
Eu me aproximo, ele para com os braços abertos e eu o beijo.
- Bom dia, marido!
- Bom dia, amor!
Eu me afasto e ele volta a se exercitar, vou até o balanço que ainda está pendurado, puxo as correntes para ver se é firme e arrumo o banco, ele é feito de algumas tiras, acredito de de madeira, revestidas de couro, tem um total de seis delas alinhadas, deve ter uns 40cm por 60cm talvez 70cm.
Eu me viro, olho para o Ohm, sorrio e me sento. Ele solta os apoios e o peso cai fazendo um barulho alto.
Ainda sorrindo eu começo a me balançar, quero ter certeza que isso aguenta. Ele fica olhando por alguns segundos e da pra ver atravéz do calção que eu seu pau está duro, mas ele respira fundo e volta para o treino.
Eu fico balançando para lá e para cá, ele fica me olhando e sei que ele não vai aguentar muito. Quando desiste solta os apoios e os pesos caem um em som alto, ele se aproxima, segura os meus joelhos para parar de balançar, abre as minhas pernas e fica entre elas, segura o meu rosto e me beija, aquele beijo que devora, eu levei ele só limite com essa brincadeira.
Ele se afasta e olha para o balanço então sorri.
- Deita.
Eu olho para baixo pensando em como fazer isso, ele volta a ficar entre as minhas pernas e leva elas até a sua cintura, me puxa um pouco, eu seguro mas correntes e vou indo para trás, quando estou deitado, ele me puxa mais uma vez deixando as minhas costas no balanço.
Ainda com as minhas pernas em volta da sua cintura ele abaixa o calção e a cueca e tira a camiseta que está molhada de suor.
Ele afasta as minhas pernas e se aproxima , olha nos meus olhos e começa a me penetrar, para e passa os braços por baixo das minhas pernas e segura um ferro que conecta as correntes no assento, então começa a mover o balanço para frente e para atras, sempre naquele velho ritmo, rápido, lento, rápido, lento, eu quero me masturbar, mas não consigo porque tenho que me segurar.
Ele começa a mover o balanço tão rápido que as correntes batem uma na outra. Quando não aguenta mais ele grita.
- Nanon, goza!
Eu gozo falando o seu nome e ele goza me chamando também.
Depois de alguns segundos tentando controlar a respiração ele segura as minhas pernas e prende na sua cintura, se curva sobre mim segurando as correntes.
- Me abraça.
Eu seguro ele pelo pescoço e ele se levanta me levanto junto, ele vai comigo enroscado nele até a porta e sai e entramos no nosso quarto. Ele se curva, fazendo eu deitar na cama e se deita sobre mim, olha nos meus olhos e sorri.
- Eu te amo, Non!
- Eu também te amo!

Acordo com o telefone tocando, atendo e coloco no ouvido.
- Alô?
- Nanon, aconteceu alguma coisa? Você não vem para o ensaio?
Eu afasto o telefone e olho o horário.
- Merda!
Eu levanto correndo e o Ohm acorda.
- Phi, me desculpe, estou atrasado, mas chego aí o mais rápido possível.
- Tudo bem, sem pressa.
Eu jogo o celular na cama e corro para o banheiro, o Ohm se junta a mim, mas eu não deixo ele me tocar, sabemos onde vai acabar se começarmos. Eu saio do banho e ele se lava e sai atrás de mim, eu me seco e coloco uma roupa e ele se seca também, quando pega uma roupa para vestir eu fico surpreso.
- Você vai sair?
- Vou passar o dia com você.
Eu nem tento conter o meu sorriso, o que faz o rosto dele se iluminar na hora.
- Tem certeza?
- Tenho, você só vai ficar na empresa ensaiando, eu vou ficar com você.
Eu abraço ele e o beijo.
- Eu te amo!
Ele da risada e me beija também.
- Eu te amo mais!
- Não, não ama. Agora vamos que eu estou mais de uma hora atrasado.
Ficamos realmente ensaiando o dia todo fechados no estúdio, hoje é o meu último ensaio, amanhã vou gravar o MV, o Ohm ficou do dia inteiro sentado perto do espelho, ele gravou alguns vídeos e tirou várias fotos, quando estava cansado ou entediado dormia e depois acordava e voltava a tirar fotos e me incentivar.
Quando o ensaio acaba já são seis horas, eu me despeço e começo a me arrumar quando o Off manda uma mensagem avisando que todos estão saindo para cantar e me chama pra ir junto, o Ohm olha pelo meu ombro.
- Quer ir?
- Não, você ficou o dia inteiro comigo, eu vou ficar com você a noite inteira.
- Podemos ir junto.
Eu viro e abraço ele.
- Não precisa fazer isso, você não gosta dessas coisas.
- Não, mas eu adoro ver você cantar, principalmente quando está cantado só por diversão.
- Tem certeza?
Ele acena e eu mando mensagem avisando que nós vamos.
Nós ficamos até às duas da manhã, o Ohm não quis beber para dirigir, então eu aproveitei e bebi, mas não muito, a última coisa que eu preciso é uma ressaca amanhã. Ele realmente se divertiu, o Gun, o Off e o Krist estavam sempre por perto conversando com ele quando eu estava no palco. Todos evitaram tirar fotos e vídeos do Ohm, nas duas primeiras vezes que tentaram ele se recusou, depois acho que entenderam e não tentaram mais.
Quando estou exausto eu vou até ele que sorri e fala no meu ouvido.
- Se não formos embora agora eu vou ter que arrumar um banheiro.
- Um banheiro agora é tentador, mas vamos embora.
Ele sorri mais uma vez e se afasta, evitamos contato durante a noite caso alguém acabe filmando a gente.
Chegamos no carro, antes que eu consiga colocar o cinto ele já está abrindo a minha calça, eu deito o banco e deixo ele me chupar, eu preciso disso. Quando estou prestes a gozar ele para e empurra o meu banco para trás, fico olhando ele abrindo a calça e tiro a minha. Ele se vira e sobe em mim ficando entre as minhas pernas, levanta elas e começa a me foder, é apertado e desconfortável, mas mesmo assim é excitante. Nós gozamos e ele fica deitado encima de mim nessa posição, de repente começa a dar risada. Eu não sei do que está rindo, mas sorrio junto.
Ele volta para o banco dele e fica me olhando ainda rindo.
Fico vendo ele dando risada tão a vontade e fico feliz porque o pior passou, finalmente não existe mais vestígios de depressão, as vezes ele fica triste, mas é apenas tristeza, ele é ele mesmo novamente, está se permitindo ser jovem e se divertir, fazer coisas ousadas e escolhas erradas. Ele está inteiro novamente e pronto para enfrentar o mundo.
Ele vai parando de dar risada enquanto olha para mim.
- Vai me contar o que é engraçado?
- Nós dois fodendo no carro em um estacionamento de bar como dois adolescentes.
- Você que não sabe esperar até chegar em casa.
- Não me lembro de você me impedindo.
Nós damos risada e ele liga o carro.
- Não coloca calça, nós vamos fazer de novo quando chegar em casa. Hoje nós vamos transar como dois coelhos pra você ficar bem relaxado amanhã.
Eu dou risada e coloco o cinto.
- Idiota!

Silêncio Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora