Soulmates

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Histórias com final feliz são histórias que ainda não acabaram.”
― Sr. e Sra. Smith

Quando a cerimônia acabou, as luzes se acenderam iluminando tudo e os convidados começaram a vir nos parabenizar. Enquanto conversamos os outros vão para o palco e começam a cantar. As oito o serviço de buffet serve o jantar, várias pessoas fazem brindes para nós, cantamos, dançamos e nos divertimos.
A festa se arrasta pela noite e estão todos tão animados que não sei se isso não vai se arrastar por mais um dia. Até o Ohm e o Perth que sempre encerram a noite cedo não querem parar. E por falar no Ohm eu olho para ele e sorrio, ele está muito bêbado cantando no palco, quando ele faz um sinal e dão mais um copo de alguma bebida pra ele eu decido encerrar a noite.
Eu vou até o palco, quando ele me vê grita alto no microfone.
- MARIDO!
Eu sorrio e vou até ele, tiro o microfone da sua mão e ele me abraça.
- Agora você é meu marido.
- Eu sou sim.
- Vai ter que ficar comigo para o resto da vida.
- Eu vou ficar.
- Promete?
- Prometo!
Afasto ele um pouco para ver se ele está bem para andar, seguro a sua cintura e levo ele comigo. Para a minha sorte ele não está tão mal quanto parece, então consigo levar ele até o nosso hotel sem dificuldade, quando chegamos ele deita na cama do jeito que está, eu tento fazer ele levantar para tomar banho, mas ele já está dormindo. Eu vou para o banheiro e tomo um banho rápido, volto para o quarto e tiro a roupa dele, pego algumas toalhas umidas e limpo o corpo dele, então o arrumo na cama deito ao seu lado e durmo.

Acordo com o Ohm deitado encima de mim beijando o meu pescoço.
- Me deixa dormir!
- Você disse que queria sair cedo, então acorda que eu quero fazer uma coisa e preciso de você acordado.
Ele começa a se esfregar em mim e o meu pau fica duro antes mesmo de eu acordar de verdade.
- Acordou?
Eu suspiro e tento me virar, ele me olha surpreso, eu toco o seu rosto e o beijo.
- Nós não vamos fazer isso aqui, eu tenho que te dar o meu presente de casamento.
Ele suspira e me beija, então sorri e levanta.
- Então vamos que eu quero muito bater em mim mesmo por ter perdido a nossa noite de núpcias.
Eu dou risada.
- Noite de núpcias?
Ele começa a rir comigo e logo a sua risada vira aquela gargalhada gostosa.

- Non, para onde estamos indo?
- Eu já falei que é surpresa, eu esperei para ver a decoração do casamento até o fim, agora é a sua vez de ter paciência.
Ele suspira e concorda.
- Aproveita e dorme um pouco, você deve estar mal depois de ter bebido tanto.
Ele concorda novamente e se aproxima, quando o cinto trava ele solta .
- O que você está fazendo? Coloca isso de volta!
Ele sorri, me beija e coloca cinto novamente, encosta na janela e fecha os olhos, fico escutando a sua respiração enquanto presto atenção na estrada, logo ele começa a ronronar.

Paro o carro, solto o meu cinto e viro para ele, pego uma mascara de dormir do meu bolso e coloco nele.
- Non?
- Nós chegamos, fica aqui que eu vou te ajudar a sair do carro.
Eu saio e dou a volta, abro a porta do seu lado, seguro o seu braço e coloco a mão para proteger a sua cabeça.
- Venha com cuidado.
Ele sai do carro e eu fecho a porta, seguro a sua mão e ando com ele, quando paramos eu respiro fundo e tiro a máscara.
Ele pisca um pouco por causa da sua sensibilidade a luz, então finalmente olha para frente em choque.
- Ohm?
Ele não se mexe nem fala nada, eu fico na frente dele e seguro o seu rosto.
- Ohm?
Ele esfrega os olhos e pisca algumas vezes, eu dou risada e beijo ele.
- Achei que você tinha parado com essa coisa de achar que está sonhando.
- Não é um sonho?
- Não, meu amor, não é um sonho.
Ele olha por cima do meu ombro e os seus olhos enchem de lágrimas, ele dá alguns passos e levanta a mão tremendo, toca a placa e contorna cada letra, então lê a placa onde está escrito.

FAZENDA
SOULMATES

Ele sorri pra mim e depois começa a chorar.
- Quando?
- Eu aproveitei enquanto você estava fora, eu depositei a entrada e assinei o contrato e pedi autorização para já usar mesmo sem os documentos estarem prontos. Esse é o meu presente de casamento, o Nosso mundo.
Ele me abraça e beija, então se afasta e segura a minha mão
- Podemos entrar?
Eu concordo e dou a chave do carro pra ele.
- Vai lá que eu vou abrir e fechar o portão, não é automático.
Nós entramos e ele dirige os poucos metros até chegar na casa. É uma fazenda pequena com uma casa que mais parece um chalé, simples e aconchegante, mas com espaço para construir algo maior se quisermos.
Ele para o carro e desce, fica parado olhando para a casa e sorrindo.
Eu abro a porta da casa e o Nong Nao sai correndo e pula nele, o Thor e a Nutty saem também, os pequenos vem andando atrás.
O Ohm olha para todos eles encantado e senta no chão com o Nong Nao.
- Estava com saudades do papai?
Eu entro e abro a casa, quando estou descartando os tapetes higiênicos ele entra e me abraça.
- Você fez tudo isso sozinho?
- Fiz.
- Ficou perfeito!
Eu viro e abraço ele.
- Fico feliz que tenha gostado.
- Sabe que nós vamos fazer uma maratona hoje, não sabe? São muitos cantos para estrear.
- Eu estou contando com isso.
Eu o beijo, quando se afasta ele segura a minha mão e me leva para fora da casa.
- O que você está fazendo?
Ele sorri e me pega no colo.
- É uma tradição lembra?
Ele faz um malabarismo e entra comigo.
- O quarto é lá encima?
- É, agora me solta pra eu subir com você.
Ele me beija e começa a andar.
- Ohm, para com isso, você vai acabar caindo.
- Não vou.
Eu seguro firme e tento não me mexer, quando finalmente chegamos no quarto eu relaxo e ele me deita na cama, fica parado sobre mim, apoiando com a mão ao lado da minha cabeça. Eu sorrio e pergunto.
- E agora?
- Agora eu vou fazer amor com o meu marido!
Ele me beija e começa a tirar a minha roupa.

Fico sentado na varanda com o Thor no colo, olhando o Ohm brincando com o Nong Nao. Ele joga uma vareta e quando o Nong pega ele ri alto. Está tão feliz que se eu pudesse ficava com ele aqui para sempre, só para manter ele assim, feliz e protegido do mundo.
Ele olha para mim, sorri e vem na minha direção, senta ao meu lado e me beija.
- Você parece feliz, marido!
- Você está feliz, então eu estou feliz.
Ele sorri e olha para frente.
- Nós nos casamos, Non, como eu não seria feliz tendo você ao meu lado?
Eu olho para frente e sorrio, claro que ele ia dar um jeito de fazer isso ser sobre mim. Nós ficamos rindo assistindo o Nong Nao correndo atrás do próprio rabo, de repente ele suspira.
- Eu quero que seja assim para sempre, Non, que nós sejamos felizes para sempre.
- Nós vamos ser meu amor,  para sempre, eu prometo!

Silêncio Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora