"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar."
O Pequeno PríncipeEstamos deitados no quarto da praia assistindo o novo episódio do especial, é o primeiro que conseguimos assistir juntos. Eu achei que o P'Aof tinha nos exposto muito com as cenas que gravamos na cabana, mas a nossa conversa, os nossos olhares, o Ohm dizendo que não pode viver sem mim, eu deitando no seu ombro.... Nós mostramos muito mais do que deveríamos... a câmera se afasta e eu continuo olhando para a tela, mesmo já não conseguindo ver muito coisa.
- Não posso viver sem você!
Eu olho para o lado e o Ohm está me olhando sorrindo, ele se vira e limpa as minhas lágrimas e eu respondo.
- Eu também não!
Ele fica sério enquanto eu choro sem parar, levanta a minha cabeça, coloca o braço embaixo dela e me abraça.
Eu choro exaustivamente, nem sei realmente porque estou chorando, acho que por tudo e nada ao mesmo tempo. Como o Ohm disse uma vez esse mundo é cruel e nós somos apenas um brinquedinho nele.
Ele me abraça mais forte e percebo que também está chorando, porque os meus sentimentos sempre o afetam mais do que os seus próprios e saber que eu estou fazendo ele sofrer nesse exato momento é demais para mim, eu perco o pouco controle que ainda estava mantendo e desmorono de vez.Eu acordo e demoro um pouco para lembrar onde estou, olho para os lados e o Ohm não está no quarto, vejo pela janela que já amanheceu. Pego o meu celular e está descarregado, jogo ele para o lado e levanto, vou até a porta olho para fora, ele não está na areia ou no mar, não está em lugar nenhum. Vou até o banheiro e depois volto para a cama e durmo mais uma vez.
Acordo sentindo os seus braços em volta de mim, me viro, o abraço e me encaixo no seu pescoço e fico sentindo o seu cheiro, ele está cheirando a sabonete, deve ter acabado de tomar banho, provavelmente saiu para correr.
- Como você está?
- Com fome.
- Eu comprei um lanche pra você.
- Não esse tipo de fome.
Eu beijo o seu pescoço e vou subindo, quando chego no seu maxilar ele segura o meu queixo, olha nos meus olhos, então sorri e me beija, se deita sobre mim e tira a minha camiseta, se abaixa e lambe o meu umbigo, sobe mordendo a minha barriga depois o meu peito e pescoço, se deita sobre mim novamente e abaixa o meu calção e cueca, quando tira me beija, se afasta e olha nos meus olhos mais uma vez.
- Eu te amo!
- Eu também te amo!Seguro a bunda dele e aperto, enquanto volto a beijar o meu pescoço, ele encosta a testa no meu ombro, morde, então se afasta e me beija.
- Nós temos que fazer uma pausa pra comer, Non, ou pelo menos para respirar.
Ele me beija mais uma vez e tira a minha mão da sua bunda, levanta e vai até uma mesa que tem em um canto do quarto, volta com quatro sacolas de papel e tira várias embalagens de isopor de dentro.
Começa a abrir e a cada embalagem que abre mais a minha boca saliva, ele trouxe lasanha, três tipos de pizzas diferentes, batatas fritas com muito queijo em cima.
- Eu já disse que te amo hoje?
- Ja, mas pode continuar falando.
- Eu realmente te amo!
Eu começo a comer um pouco de cada coisa, ele come um pedaço de pizza e algumas batatas e me dá talheres para eu poder comer a lasanha. Nem sabia que estava com fome até começar a comer, mas quando percebi já tinha comido tudo o que ele trouxe.
Ele junta as embalagens e eu me deito, ele vai colocar na mesa e volta para deitar ao meu lado, eu olho para ele e sorrio.
- Me dá alguns minutos que nós já vamos queimar essas calorias.
Ele da risada e me beija.
- Coelho!
Eu sorrio e fico olhando para ele.
- Você parece particularmente feliz hoje.
- E como eu não estaria? Eu estou com o meu marido só pra mim por três dias, ele já acordou com muita fome e eu tive até que pedir uma pausa. Eu prevejo um dia de muito sexo.
Eu dou risada.
- Então é o sexo.
- Claro que não, eu estava preocupado por causa do jeito que você dormiu ontem, mas como você está no modo coelho é sinal de que está bem, então eu estou feliz porque você está bem.
Eu me viro e toco o seu rosto.
- Me desculpe por ontem.
- Tudo bem, se você precisa chorar, apenas chore, contanto que esteja nos meus braços para eu cuidar de você, pode chorar o quanto quiser.
Eu sorrio e o beijo.
- Já falei que você é o melhor marido do mundo?
- Já, mas pode continuar falando.
- Eu te amo!
- Eu te amo mais!
- Não, não ama.
Nós ficamos assim em silêncio por vários minutos, um deitado de frente para o outro, eu com a mão no seu rosto, a sua mão na minha cintura, apenas nós olhando, nesse exato momento as nossas almas estão conectadas e não precisamos de mais nada, apenas disso.
O telefone dele toca, eu me assusto e ele suspira, olha na tela e me mostra, então atende.
- Oi Kwang.
Ele escuta e olha pra mim.
- O celular do Nanon?
Eu nego com a cabeça.
- Não sei, deve ter acabado a bateria, porque?
Ele escuta mais uma vez e me olha novamente.
- Ele não está comigo agora.
Isso me deixa curioso. Ele levanta e passa a mão pelos cabelos.
- Escuta Kwang, vocês tem que dar um tempo pra ele, ele precisa descansar, vocês deram três dias de folga pra ele depois dele passar semanas ensaiando sem parar para o lol e para o MV, então não, eu não vou dar recado nenhum pra ele, não adianta me ligar porque eu vou deixar o meu telefone desligado e não vou deixar o Nanon ligar o dele até voltarmos, é assim que teremos um pouco de paz.
Ele escuta mais uma vez.
- Fala para o P'Tha que se ele quiser nós vamos até a sala dele quando voltarmos. Tchau Kwang.
Ele desliga na cara dela e desliga o celular.
- O que foi isso?
Ele me olha irritado, então respira fundo e sorri.
- Eles queriam que você voltasse pra substituir alguém em um programa.
- Ohm...
- Não, Non, você não vai fazer isso.
Eu suspiro e concordo, ele já arrumou a briga de qualquer jeito, eu não vou contradizer ele, depois eu limpo a bagunça, agora eu vou aproveitar com ele.
- Tudo bem, vem aqui.
Ele me olha desconfiado, mas se aproxima, eu o seguro pelo ombro o jogo na cama e monto nele.
- Acho que está na hora de queimar calorias.
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