"Amar é sorrir por nada e ficar triste sem motivos, é sentir-se só no meio da multidão, é o ciúme sem sentido, é ser feliz de verdade“
Albert CamusParo de comer e fico ouvindo a Namtan, o Gun e o p'Leo conversando, pego o meu celular e vejo as notificações, não tem nenhuma mensagem do Ohm, eu acho estranho, então mando uma mensagem perguntando se ele está bem, ele visualiza, mas não responde, eu mando um ponto de interrogação e dessa vez ele nem visualiza.
Enquanto eu espero ele responder eu abro o Instagram e compartilho o story que o p'Leo me marcou, abro as notificações do Ohm, ele compartilhou dois storys sobre o episódio de Double Savage, quando o próximo story começa eu não consigo acreditar, fecho o Instagram e ligo para ele, mas ele não atende, tento de novo e nada.
Me levanto e pego as minhas coisas.
- Desculpe pessoal, mas eu tenho que ir.
- Aconteceu alguma coisa?
- Eu tenho que matar o Ohm, se ele já não estiver morto.
Eles olham sem entender, mas eu não tenho tempo pra explicar. Me despeço mais uma vez e saio.
Chego em casa e ele não está, guardo o carro, pego uma cadeira e sento na frente da garagem esperando, meia hora depois o portão começa a abrir, eu fico parado esperando, quando ele está completamente aberto eu escuto a risada do Ohm e o barulho do motor, ele entra pelo portão e quanto me vê freia. Olha para trás e pra mim, o Junior desce e me cumprimenta, então bate nas costas do Ohm.
- Eu vou nessa, cara, qualquer dia eu nós saímos fazer alguma coisa. Ele me olha, sorri nervoso e sai.
O Ohm fecha o portão e olha pra mim.
- Non.
- Guarda essa merda e entra!
Eu pego a cadeira e arrasto para dentro, ouço ele ligando o motor quando eu bato a porta. Vou para a cozinha, pego um pote de sorvete, mas devolvo e pego uma cerveja, abro ela e sento no balcão.
Ele aparece na porta e fica me olhando.
- Eu falei pra você não usar aquela máquina da morte quando eu não estiver junto.
Ele fecha os olhos, passa a mão pelo cabelo e depois me olha irritado.
- E quando isso vai acontecer? Porque você está muito ocupado andando por aí com os seus amigos para poder estar aqui.
Não sei se fico mais surpreso com o que ele falou ou como ele falou.
- Nós conversamos sobre isso e você disse que estava tudo bem.
Ele me olha ainda irritado, passa a mão pelo cabelo mais uma vez e sai.
- Ohm!
Eu vou atrás dele e ele para no meio da escada.
- Agora é a sua vez de não vir atrás de mim, Nanon!
Ele volta a andar.
- Espera, se você não disser qual é o problema, como eu vou saber?
Ele para, suspira e vira pra mim.
- O seu problema Nanon é que você é muito ciumento, mas você faz tudo o que você não quer que eu faça . Então se você quer sair por aí em algo que parece muito com um encontro, eu posso pegar o maldito quadriciclo e andar com ele.
Ele volta a subir a escada, entra no quarto e bate a porta, eu fico parado na escada sem saber o que fazer.
Eu olho para a porta e para trás, então vou para o quarto, eu abro a porta, mas ele não está no quarto, escuto o chuveiro e entro no banheiro, fico olhando pra ele, mas ele não olha pra mim.
- Se isso estava te incomodando, você devia ter me falado.
Ele suspira, mas não me olha.
- Falado o que, Nanon? Que eu não quero que você saia e se divirta? Eu quero que você saia e se divirta, mas não sou obrigado a gostar de ver isso acontecendo.
Eu vou até ele e o abraço.
- Você pode ir comigo quando você quiser e quando você não quiser que eu vá você tem que me dizer, eu tenho que saber como você está se sentindo.
- Eu odeio isso, é assim que eu me sinto.
- Eu sinto muito, você nunca se importou antes, eu nem imaginava.
- Antes todo mundo tinha certeza que nós estavamos juntos, agora todo mundo acha que você namora com a Namtan, com a Jan, com a Film ou com qualquer mulher que chegue perto de você. Se lembra como é? Ver as pessoas gostando de ver alguém que você gosta com outra pessoa?
Eu beijo as suas costas.
- Me desculpe, eu não tinha pensado nisso.
Ele suspira, se vira e me abraça.
- Não é sua culpa, você não fez nada demais, só é difícil, agora eu entendo o seu problema com o PP.
- Eu vou evitar ao máximo esse tipo de situação, mas você sabe que não tem muito o que eu possa fazer por causa do trabalho.
- Eu sei, me desculpe, eu não devia ter dito nada.
- Não, você tem que me dizer, eu falei sério, se você não me disser qual é o problema eu não vou saber. Não vamos ser esse tipo de casal que guarda tudo e fica remoendo, se te incomoda eu vou mudar, porque você é muito mais importante do que qualquer amigo meu.
Ele sorri e me abraça.
- Tudo bem.
- E não parecia um encontro, os fãs que são emocionados demais.
- Eu sei.
Ele sorri, se afasta e começa a tirar a minha roupa, mas como ela está molhada fica grudando no corpo. Quando consegue tirar a minha camiseta eu coloco a mão no seu rosto.
- Você está bem?
- Estou, acho que eu só tinha que colocar isso pra fora.
Eu abraço ele e beijo o seu pescoço.
- Prometo que vou sair com tantos homens a partir de agora que ninguém vai me associar a nenhuma mulher.
Ele dá risada.
- Não sei se isso é melhor ou pior, mas obrigado.
Ele abre a cinta e o botão da minha calça e começa a tirar.
- Achei que você ia ficar até mais tarde com eles.
- Eu vi o seu story... Falando nisso...
Eu termino de tirar a minha calça, pego a cinta, dobro no meio e dou um estalo alto.
- Acho que tinha deixado claro que não era pra você usar a máquina da morte. Acho que vou ter que te castigar. Se vira.
- Non...
- Vira!
Ele me olha preocupado, mas vira, eu estalo a cinta de novo e ele dá um pequeno pulo no lugar, eu fecho ela deixando um espaço só para as suas mãos passarem e me aproximo.
- Mãos pra cima.
Ele levanta as mãos e eu coloco elas acima do cano do chuveiro e prendo. Desço passando a mão pelos seus braços e pelo corpo, encosto o meu corpo no dele e falo no seu ouvido.
- Agora nós vamos brincar, depois eu penso no seu castigo.
Quando eu mordo o seu pescoço ele relaxa e geme.