"Quando fala o amor, a voz de todos os deuses deixa o céu embriagado de harmonia."
William ShakespeareAcordo e olho para o lado e o Ohm não está, olho para o banheiro e a luz está apagada. Levanto e visto o meu calção e saio para fora, ele está sentado na areia olhando para a lua, vou até ele e sento ao seu lado, ele me olha e sorri.
- É uma pena que a lua não esteja cheia, mas gosto das estrelas.
Eu fico olhando para ele que parece chateado.
- Conversa comigo.
Ele me olha mais uma vez e por um momento eu acho que não vai dizer nada, mas por fim ele diz.
- Estou preocupado com amanhã.
- Porque não vamos interagir?
- Porque os fãs sempre te atacam quando tem alguma coisa sobre nós.
Claro que no meio dessa merda toda ele estaria preocupado comigo.
- Eu não me importo.
- Mas eu me importo, não devia ser assim, você é uma pessoa incrível, devia receber só amor.
- Assim como você, mas infelizmente não podemos controlar tudo.
Ele suspira e deita no meu ombro.
- As vezes eu fico pensando se não é melhor eu desistir.
- De nós?
Ele me olha assustado.
- O que? Não! Non, não!
Ele segura o meu rosto e me beija.
- Não é isso, sério!
Eu aceno e ele me beija mais uma vez e volta a deitar no meu ombro.
- Desistir de ser ator, sei lá, tentar focar na carreira de diretor ou qualquer outra coisa.
- Você não vai fazer isso. Você ama o que você faz e não vai desistir, eu não vou deixar, nós vamos seguir com os nossos planos e nos aposentar aos 30, até lá você vai continuar dando o seu melhor.
Ele suspira, fica em silêncio e eu beijo a sua cabeça.
- Não se esqueça que você é a minha motivação, você ser melhor, me faz querer ser melhor, trabalhar juntos, crescer juntos, mesmo que trabalhar não seja uma opção por enquanto nós vamos continuar crescendo juntos.
Ele continua em silêncio.
- Ohm?
Ele suspira e acena.
- Crescendo juntos.
Eu beijo a cabeça dele mais uma vez.
- Sem contar que você me prometeu troféus, ainda estou esperando por eles, meia dúzia pelo menos.
- Você acha que eu vou ganhar só seis troféus?
- Seis por ano, no mínimo.
Ele levanta a cabeça, me olha e sorri.
- Seis por ano? Que tal um acordo?
Eu olho para ele e conheço essa cara , ele quer aprontar alguma coisa.
- Se eu ganhar seis troféus eu posso comprar uma moto?
- Ohm....
- Ah, vamos lá, você sempre anda de Uber moto por aí, sabe que não é tão perigoso assim.
Eu fecho os olhos e penso em um jeito de sair dessa, então tenho uma ideia.
- Seis troféus é muito fácil de você ganhar, para isso tem que ser algo mais difícil.
- O que?
- Você pode comprar uma moto se nós dois ganharmos um troféu como casal.
- Isso não é justo!
Eu dou risada.
- Compre a moto então.
Ele me olha desconfiado.
- Não. Um troféu pro casal e eu compro sem você surtar toda vez que eu usar?
Eu sorrio e aceno.
- É um acordo.
Ele sabe que não vai conseguir a moto, mas não discute, apenas deita novamente.
- Não vejo a hora de você conseguir vários dias de folga para a nossa lua de mel.
- Espero conseguir antes de você começar a gravar.
- Tem tempo.
- Promete que você vai ficar bem?
Eu se afasta e me olha.
- Com o que?
- Amanhã?
- Eu vou.
Ele olha para o céu.
- Nós somos como Romeu e Romeu, não é?
Eu fico olhando o seu rosto, ele não está exatamente triste, é mais como se estivesse contemplativo.
- Romeu era um adolescente idiota, nós somos como PatPran.
Ele olha para mim e para o céu mais uma vez.
- Quem diria que comecariamos não gostando um do outro como eles, nós apaixonariamos como eles e nos esconderiamos como eles.
- Você esqueceu do mais importante.
Ele me olha confuso.
- Somos felizes como eles, apesar de tudo.
Ele sorri e acena.
- Somos felizes, apesar de tudo.
Ele da aquele sorriso safado.
- Eu nunca tive uma camiseta com o cheiro do seu saco.
- Ohm!
Eu não aguento e começo a rir.
- Idiota!
- Verdade, pra quando você viajar.
- A casa toda tem o nosso cheio, Ohm.
- Mas eu gosto disso, quero uma camiseta igual ao Pat.
- Idiota!
- Você fala isso porque não sabe como o seu cheiro é maravilhoso.
Ele se aproxima e cheira o meu pescoço.
- Cada pedacinho, seu corpo tem um cheio incrível.
Ele cheira o meu peito.
- Até isso aqui.
Ele se abaixa cheira a minha virilha.
- Adoro o seu cheiro!
Ele abaixa o meu calção e olha pra mim.
- Sério que você está sem cueca, Non?
Eu sorrio e me inclino para trás me apoiando nos cotovelos.
- Nunca se sabe quando eu vou ter a sorte de ter você me chupando.
Ele sorri e lambe o meu pau.
- Acho que nesse exato momento você está com muita sorte.
- Então chupa!
Ele começa a chupar e eu me deito, quando vou gozar ele para e se levanta.
- Volta aqui e me faz gozar!
- É uma ordem do dominador?
- Ohm...
- Vem comigo!
Ele estende a mão, eu seguro e ele me ajuda a levantar, começa a me beijar enquanto abaixa o meu calção, tira a cueca que está vestido e me leva para o mar, nós entramos e andamos devagar até a água estar na altura do peito, ele fica atrás de mim, me abraça e aperta contra o seu peito, então começa a me penetrar.
A água na altura que estamos cria resistência, então ele não consegue fazer rápido, vai mantendo sempre o mesmo ritmo, eu seguro o meu pênis e me masturbo. Quando gozamos ficamos parados assim olhando para o horizonte. Ele beija o meu ombro, pescoço e rosto várias vezes, cada vez que ele faz eu fecho os olhos e guardo o sentimento dos seus lábios me beijando, eu guardo tudo, cada detalhe, porque nesse exato momento eu estou feliz.
- Eu te amo, Ohm!
- Eu te amo mais!
- Não, não ama.